“Porque todos pecaram e
destituídos estão da glória de Deus; Sendo
justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus.” Romanos
3:23,24
Na lição de hoje, estudaremos a respeito da justificação. A Justificação
é gratuita e essa é a primeira característica que devemos lembrar. Não custa
nada ao justificado, mas custou tudo ao justificador. O homem não teria
condição nenhuma de pagar qualquer tipo de fiança. A dívida, o crime, o delito
do pecado é alto demais. Por isso a justificação é gratuita! Em Rm 1:18-3:20,
Paulo defende a tese da necessidade absoluta da justificação pela fé, uma vez
que se julgado pelas obras o homem está irremediavelmente perdido, pois todos
pecaram e destituídos estão da glória de Deus.
I - A imputação da justiça:
A justificação trata-se de um ato
externo de Deus. Uma declaração legal sobre a pessoa justificada. Deus, pelos
méritos de Cristo, imputa justiça sobre a vida de pecadores como nós. De forma
gratuita e externa a justiça age totalmente da parte de Deus. A justiça de
Cristo passa a ser a nossa justiça, e nossos pecados foram imputados a ele na
cruz do calvário.
A teologia reformada chama isso de “A Grande Troca”: “Pois também Cristo sofreu pelos pecados uma vez por todas, o justo
pelos injustos, para conduzir-nos a Deus. Ele foi morto no corpo, mas
vivificado pelo Espírito.” 1 Pedro 3:18
Sobre isso o puritano Horatius Bonar concluiu: “A justiça é atribuída ou
imputada a todos os que creem; de forma que eles são tratados por Deus como se
essa justiça fosse, nada verdade, deles… Ela não se torna nossa gradualmente ou
em partes, ou em gotas; mas ela é toda transferida a nós imediatamente. Não
significa que uma boa parte dela nos seja atribuída na proporção da força de
nossa fé, ou do calor do nosso amor, ou do fervor de nossas orações; mas toda a
justiça nos é passada por meio da imputação, a “qual nos fez agradáveis a si no
Amado (Ef 1:6)”.
2. Os Benefícios da Justificação
Vida vertical: relacionamento com Deus
A) Paz com Deus – “temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (v.1)
Romanos 3:17, ao descrever a injustiça humana
afirma que não conhecemos o caminho da Paz. Da mesma forma Romanos 5:10 no
chama de inimigos de Deus antes da reconciliação. E esse é o primeiro benefício
da justificação: Fomos reconciliados com Deus. De inimigos fomos transformados
em amigos.
• Cristo no livrou da ira vindoura.
Não somos mais filhos da ira, mas de Deus. É
por meio da justificação que Deus nos adota em sua família e temos paz com Ele.
B) Livre acesso a Graça de Deus – “por
intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça” (v.2)
Com a paz ganharmos um privilégio especial.
Acesso direto ao Pai. Estamos em paz e reconciliado, podemos nos achegar como
quem se achega a um pai, não a um inimigo.
• O véu do templo que separava Deus do povo
se rasgou de alto a baixo (Marcos 15:38)
• O parede que separava judeu e gentios do templo e da mente foi derrubada por Cristo (Efésios 2:14)
• O parede que separava judeu e gentios do templo e da mente foi derrubada por Cristo (Efésios 2:14)
Podemos dizer que temos livre acesso ai Pai.
O livro de Hebreu diz que Cristo é nosso sumo sacerdote perfeito e eterno,
dando base para a doutrina do sacerdócio real de todos os crentes. Contrariando
mais uma vez o ensino católico. Além disso, não a mais separação de judeus e
não judeus, todos somos um só povo de Deus. Temos livre acesso ao Pai, e temos
não sozinhos, mas também como igreja, sem distinção de pessoas.
C) Firmeza na fé - “na qual estamos firmes” (v.2)
A justificação é um ato eterno. A justiça de
Cristo imputada a nós é perfeita e eterna. Não existe “desjustificação”.
Podemos estar firmes na justiça de Cristo. Nossos pecados já foram pagos nele e
sua justiça já foi contada como nossa. Está consumado!
D) Esperança
da glória – “e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus” (v.2)
No lugar da carência da glória em Romanos
3:23 agora temos esperança da glória! Paulo conecta a esperança com a firmeza.
Nos gloriamos na esperança eterna de estarmos face a face com Deus um dia.
Calvino comentando esse versículo faz uma defesa apologética em relação a
doutrina dos sofistas, derrubando dois ensinamentos. O primeiro: que o crente
deve esperar apenas por uma transformação moral. O segundo: que o crente deve
viver num estado de incerteza sobre seu futuro
Aplicações para a vida vertical:
• A paz com
Deus e seu amor lançam fora o medo. Podemos lançar nossa ansiedade nele. A
Igreja tem paz em meio aos conflitos. (1Pe5:7)
Vida
horizontal: relacionamento social
Tribulações frutíferas – “E
não somente isso, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo
que a tribulação produz perseverança, e a perseverança, experiência, e a
experiência, esperança” (v.3-4)
O
justificado sabe que todas as coisas cooperam para que ele seja mais parecido
com Cristo (Rm 8:28). Ele confia em suas tribulações não como obstáculos, mas
como degraus para sua glorificação. Por isso a provação para o crente produz
perseverança, experiência e paciência.
•
Perseverança: Sabemos que nossa salvação está sendo desenvolvida por Deus.
Confiamos na sua justiça
• Experiência: Aprendemos e nos tornamos cristãos mais maduros. Não dando passos para trás, pois confiamos na justiça de Cristo.
• Paciência: Sabemos que Deus está no controle e que somos justificados, isso destrói a angústia e no mantém paciente esperando a manifestação certa da glória.
• Experiência: Aprendemos e nos tornamos cristãos mais maduros. Não dando passos para trás, pois confiamos na justiça de Cristo.
• Paciência: Sabemos que Deus está no controle e que somos justificados, isso destrói a angústia e no mantém paciente esperando a manifestação certa da glória.
3. As bases da nossa segurança
Nossa certeza vem do amor de Deus (o amor de
Deus para o crente, não o do crente para Deus) derramado em nossos corações e
pelo penhor do Espírito Santo, que testifica ao nosso espírito que realmente
somos justificados e filhos de Deus. Não usamos nossas boas obras para termos
certeza.
O amor de Deus: Esse é combustível de tudo
isso. O amor de Deus o moveu a entregar seu filho unigênito para salvar um povo
pra si. É amor de Deus por nós que mais importa, não o nosso por ele. (Romanos
5:6-8)
É o amor divino que nos mantém em segurança, não o humano. Ele nos amou
primeiro. Devemos ter a certeza que a justificação e seus benefícios são frutos
do constante, perfeito e eterno amor de Deus por nós, não do nosso por ele. Não
estamos em posição de pedir benefícios em troca do nosso amor.
Espírito Santo: O Espírito é o selo da nossa
justificação e segurança. Ele é o nosso penhor (2 Co 1:22). O Espírito Santo
testifica ao nosso espírito que somos realmente amados, justificados e adotados
por Deus (Rm 8:16). Ele nos dá a segurança que estamos em Cristo.
Conclusão
Entregue sua a vida para aquele que tem amor suficiente para justificar
pecadores através da morte do seu próprio filho. O convite do evangelho é para
deixarmos a inimizade e termos paz com Deus, termos livre acesso a ele, estarmos firmes, esperarmos pela glória e para vencer o mundo através de
Cristo e tudo para a glória do Pai, do Filho e do Espírito Santo!
“E não apenas isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso
Senhor Jesus Cristo, por intermédio de quem recebemos, agora, a reconciliação.” Romanos 5:11
Bibliografia
Comentário Bíblico Beacon. CPAD
Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. R.N. Champlin. Hagnos
Graça. Max Lucado. Thomas Nelson Brasil
Justiça e Graça. Natalino das Neves. CPAD
Maravilhosa Graça. José Gonçalves. CPAD
O poder e a mensagem do Evangelho. Paul Washer. Fiel
Um Verdadeiro Arrependimento. Manoel Flausino. Inteligência Editorial
Verdadeiro Evangelho. Paul Washer. Fiel
Pr. Manoel Flausino
Diretor de Ensino e Superintendente de Escola Dominica, escritor, formado em Teologia, Pedagogia e especialista em Psicopedagogia e Gestão de Pessoas, dirigente da Congregação Fonte das Águas MDV.
Contatos para palestras, congressos, mensagens:
(21) 99439-0392 (claro)
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