26/12/2016

Lição 1 As Obras da Carne e o Fruto do Espírito

Orientação Pedagógica

O processo de ensino-aprendizagem passa por várias concepções: a primeira é a tradicional, onde os alunos são receptores de saberes que seus professores os transmitem, nessa o que mais importa é a quantidade de conteúdos que se trabalha, o professor tem o conhecimento acabado sendo dono da verdade, onde as tarefas são padronizadas. Na segunda vem a comportamentalista, a qual consiste num arranjo e planejamento de condições externas que proporcionam aos estudantes a aprender. Nessa o professor ensina e observa o comportamento de cada um, recebendo incentivos através de prêmios, os elementos mais importantes são o aluno e o objetivo proposto.
Na humanística, o ensino está centrado na pessoa, onde o professor devera orientá-lo para a vida, a fim de conseguir agir em sociedade. Aqui a aprendizagem deve ser significativa, modificando o comportamento e as atitudes; na cognitiva os alunos recebem estímulos do meio conseguindo organizar seus conhecimentos, sentem e resolvem problemas, adquirem conceitos e empregam símbolos verbais, conseguindo processar e interagir informações. Por isso o ensino é baseado no ensaio e erro, na pesquisa na investigação, na solução de problemas por parte do aluno; e na sócio-cultural supera-se a relação opressor-oprimido através da socialização de saberes de igual valor, transformando a situação objetiva geradora de opressão, trabalhando desenvolvimento da consciência crítica e da liberdade, sendo os alunos sujeitos criadores.


Introdução:
Neste trimestre teremos o privilégio em estudar sobre estes dois temas que muito influencia a salvação: Obras da carne e fruto do Espírito. Com certeza, precisamos atendar para a luta que existe entre carne e espírito (Gl 5.17) e que sempre vence aquele que está mais preparado. Neste caso, para compreendermos esta luta precisamos entender o que compõe cada lado. 

Concupiscência (Gl 5.16)  - no original grego, é "epithumia" que pode ter um sentido positivo ou um sentido negativo. Assim, pois, pode indicar um desejo intenso e bom (Fil. 1:23,24). Quando paixões dominam os homens I Pe 1:14; quando ilude e seduz a alma (Ef 4:22), ilude - engana, defraudar, cair ou viver em erro; seduz - atrair, encantar, fascinar, levar à rebelião, sublevar. São desejos mundanos - Tt. 2:12, sendo especialmente associados aos desejos do corpo, aos apetites proibidos, o que usualmente envolve alguma perversão do impulso sexual.

“Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei” (Gl 5.16-18).

Quem anda no Espírito, não necessita satisfazer a concupiscência da carne. Age como um cidadão dos céus e investe no céu, não necessitando da lei (5.16). Carne e espírito são dois extremos existentes em nós e satisfazer a carne significa egoísmo, satisfazer o espírito é altruísmo (5.17). Guiar-se pelo Espírito é desfrutar da plena liberdade, é esquecer-se que há lei (5.18).

A palavra grega sarx, “carne”, tem vário significado na Bíblia, principalmente nas epístolas. Pode significar fraqueza física (Gl 4.13), o corpo, o ser humano (Rm 1.3), o pecado (v. 24), os desejos pecaminosos (Rm 8.8).

O contexto quando corretamente interpretado determina o significado da palavra. Aqui significa o conjunto de impulsos pecaminosos que dominam o homem natural. Da mesma maneira a palavra grega pneuma, “espírito” que se aplica ao Espírito Santo, espírito humano, aos anjos e aos espíritos imundos. É preciso atentar bem para o contexto da referência em apreço para verificar o sentido do termo.

As obras da carne são conhecidas pelo senso natural do homem, que traz a lei escrita em seu coração, compreendendo seus preceitos pelo discernimento intuitivo (Rm 1:20,21).

As obras da carne são claramente definidas, sendo tão bem conhecidas como são os diversos aspectos do fruto do Espírito. Sendo esse o caso, todos deveriam facilmente tomar consciência do que deve ser evitado e do que deve ser cultivado. Não é mister nenhuma pesquisa elaborada para que fique demonstrado o que significa cumprir as concupiscências da carne.


I. CLASSIFICAÇÃO DAS OBRAS DA CARNE



“Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam” (Gl 5.19-21).







1. Pecados de ordem moral

A. Prostituição – a palavra grega usada é pornéia, que abrange todo o tipo de impureza sexual. Aqui estão incluídos todo tipo de pornografia, como quadros filme, produções pornográficas. Verifique ainda outros textos que apresentam a mesma expressão: (Mateus 5.32, 19.9, Atos 15.20,29, 21.25, 1ª Coríntios 5.1).

B. Impureza – a palavra grega akatharsia se refere aos pecados sexuais, atos pecaminosos, vícios e também pensamentos e desejos impuros. Outros textos que usam a mesma expressão são: Efésios 5.3, Colossenses 3.5.

C. Lascívia – é a palavra grega aselgeia, que é a sensualidade. É seguir as próprias paixões a ponto de perder a vergonha. É a porta aberta para uma vida de dissolução completa, controlada totalmente pelas paixões carnais.

2. Pecados de ordem religiosa

A. Idolatria – do grego, eidolatria, é a adoração a espíritos, pessoas ou ídolos, ou a confiança em pessoas, instituições ou pessoas, atribuindo-lhe força e poder.

B. Feitiçarias – o termo grego é pharmakeia, que envolve a dominação de espíritos, magia negra, adoração de demônios e o uso de drogas e outros materiais, na prática da feitiçaria. Você ainda pode examinar os textos de Êx 7.11,22; 8.18; Ap 9.21; 18.23.

3. Pecados de ordem social

A. Inimizades – a palavra grega echthra envolve intenções e ações fortemente hostis; antipatia e inimizade extremas.

B. Porfias – do grego, eris, abrange as brigas, oposição, luta por superioridade e pode ser encontrado também em Rm 1.29; I Co 1.11; 3.3.

C. Emulações – no grego, zelos fala de ressentimento, inveja amargurada do sucesso dos outros. Outros textos: Rm 13.13; I Co 3.3.

D. Iras – do grego, thumos é a palavra grega que significa a ira ou fúria explosiva que irrompe através de palavras e ações extremamente violentas. Veja Cl 3.8.

E. Pelejas – do grego, eritheia é a ambição egoísta e a cobiça do poder, que pode ser encontrada também em 2ª Co 12.20 e Fp 1.16,17.

F. Dissensões – do grego dichostasia, diz respeito aos grupos divididos dentro da congregação, formando conluios egoístas que destroem a unidade da igreja Deus sempre se preocupou com a unidade do seu povo, veja I Co 11.19.

G. Heresias – do grego  hairesis , significa introduzir ensinos cismáticos na congregação sem qualquer respaldo na Palavra de Deus, como em Rm 16.17.

H. Invejas – aqui encontramos o termo fthonos, significando a antipatia ressentida contra outra pessoa que possui algo que não temos e queremos. É a inconformidade pois “ele tem e eu não!”.

I. Homicídios – phonos é matar o próximo por perversidade. A tradução do termo phonos na Bíblia de Almeida está embutida na tradução de methe, a seguir, por tratar-se de práticas conexas.

J. Bebedices – continuando a idéia anterior, methe faz referência ao descontrole das faculdades físicas e mentais por meio de bebida embriagante.

L. Glutonarias – do grego, komos diz respeito às diversões, festas com comida e bebida de modo extravagante e desenfreado, envolvendo drogas, sexo e coisas semelhantes.

As palavras finais de Paulo sobre as obras da carne são severas e enérgicas: quem se diz crente em Jesus e participa dessas atividades iníquas exclui-se do reino de Deus, não terá salvação pois apenas se preocupou em aparentar e não em viver. Veja ainda I Co 6.9.


II. FRUTO DO ESPÍRITO


“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei” (Gl 5.19-23).









Agora passamos a verificar as características do Fruto do Espírito, que, diferentemente das obras da carne passa a ser apresentado como uma unidade. É O único fruto que será produzido pelo Espírito de Deus. Não existe a possibilidade de ser diferente, pois não depende do indivíduo, mas sim da ação específica do Espírito de Deus.

O fruto do Espírito é o resultado de uma vida redimida pela fé em Jesus. Não é o resultado de uma imposição religiosa ou qualquer sistema religioso legalista.

É o modo de viver íntegro e honesto que a Bíblia chama “o fruto do Espírito”. Esta maneira de viver se realiza no crente quando ele permite que o Espírito dirija e influencie sua vida de tal maneira que subjugue o poder do pecado, especialmente as obras da carne, e ande em comunhão com Deus. O Espírito Santo é quem faz essas coisas na vida do cristão. É por isso que o apóstolo diz que: “contra essas coisas não há lei (v.23). “...pelos frutos sois conhecidos” (Mateus 7.16).

O fruto do Espírito inclui:

1. Caridade (Amor) – A palavra grega ágape, nos fala de um amor que apresenta o interesse e a busca do bem maior de outra pessoa sem nada querer em troca. Os textos de Romanos 5.5; 1ª Coríntios 13; Efésios 5.2 e Colossenses 3.14 ainda podem ser observados adicionalmente.

2. Gozo – Aqui temos o termo grego chara, a sensação de alegria baseada no amor, na graça, nas bênçãos, nas promessas e na presença de Deus, bênçãos estas que pertencem àqueles que creem em Cristo. Leia ainda Salmo 119.16; II Coríntios 6.10 e 12.9 e ainda I Pedro 1.8.

3. Paz – No grego eirene, que é a quietude no coração e na mente, baseados na convicção de que tudo vai bem entre o crente e seu Pai celestial. Pode ser ainda observada em Romanos 15.33; Filipenses 4.7; I Tessalonicenses 5.23 e também Hebreus 13.20.

4. Longanimidade – O termo grego é makrothumia, que fala de perseverança e paciência, a capacidade de ser tardio para irar-se ou para o desespero. Outros textos são Efésios 4.2; II Timóteo 3.10 e também Hebreus 12.1.

5. Benignidade – No grego chrestotes significa não querer magoar a ninguém, nem mesmo lhe provocar qualquer tipo de dor. Leia ainda Efésios 4.32; Colossenses 3.12 e I Pedro 2.3.

6. Bondade – A palavra grega agathosune é o zelo pela verdade e pela retidão, e repulsa ao mal; pode ser expressa em atos de bondade (Lucas 7.37-50) ou na repreensão e na correção do mal (Mateus 21.12,13).

7. Fé – Aqui a palavra grega pistis é convicção da verdade de algo, fé; de uma convicção ou crença que diz respeito ao relacionamento do homem com Deus e com as coisas divinas, geralmente com a ideia inclusa de confiança e fervor santo nascido da fé e unido com ela; a convicção de que Deus existe e é o criador e governador de todas as coisas, o provedor e doador da salvação eterna em Cristo; fé com a ideia predominante de confiança (ou confidência) seja em Deus ou em Cristo, surgindo da fé no mesmo; convicção ou fé forte e benvinda de que Jesus é o Messias, através do qual nós obtemos a salvação eterna no reino de Deus; é a lealdade constante e inabalável a alguém com quem estamos unidos por promessa, compromisso, fidedignidade e honestidade. Você pode ainda examinar Mateus 23.23; Romanos 3.3; I Timóteo 6.12; II Timóteo 2.2; 4.7; Tito 2.10.

8. Mansidão – No grego prautes, que é a moderação, associada à força e à coragem; descreve alguém que pode irar-se com equidade quando for necessário, e também humildemente submeter-se quando for preciso. Temos os exemplos de Jesus, de Paulo e de Moisés: II Timóteo 2.25; I Pedro 3.15; para a mansidão de Jesus, cf. Mateus 11.29 com 23; Marcos 3.5; a de Paulo, cf. 2ª Coríntios 10.1 com 10.4-6; Gálatas 1.9; a de Moisés, cf. Números 12.3 com Êxodo 32.19,20.

9. Temperança - A palavra grega egkrateia, apresenta o controle ou domínio sobre nossos próprios desejos e paixões, inclusive a fidelidade aos votos conjugais; também a pureza. Leia ainda I Coríntios 7.9; Tito 1.8; 2.5.

Esse Fruto só é experimentado por quem vive LIVRE. Sujeitar-se novamente à lei é provar algo insosso, é não provar os sabores do fruto. Na verdade, esse fruto já foi explicado por Cristo em João 15.2. “Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito” (5.25). PARODIANDO: “Se vivemos na Liberdade de Cristo, Frutifiquemos os 9 sabores do Espírito”. Por fim, Paulo nos chama a viver em humildade, respeitando e evitando invejas e facções (5.26) porque a carne já está crucificada (5.24).

“E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito” (Gl 5.24-25).


Bibliografia

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
Comentário Bíblico Beacon. CPAD
Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. R.N. Champlin. Hagnos
O poder e a mensagem do Evangelho. Paul Washer. Fiel
Um verdadeiro Arrependimento. Manoel Flausino. Inteligência Editorial
Revista Ensinador Cristão. CPAD
Verdadeiro Evangelho. Paul Washer. Fiel

Pr. Manoel Flausino
Diretor de Ensino e Superintendente de Escola Dominical, escritor, formado em Teologia, Pedagogia e especialista em Psicopedagogia e Gestão de Pessoas, dirigente da Congregação Fonte das Águas MDV.
Contatos para palestras, congressos, mensagens:
(21) 99439-0392 (claro)


21/12/2016

As Obras da Carne e Fruto do Espírito

Segue o tema e as lições para o 1º trimestre de 2017 da Revista Lições Bíblicas  - Adultos da CPAD

Assunto: As Obras da Carne e o Fruto do Espírito - Como o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente.

Comentarista: Pastor. Osiel Gomes.

Sumário:

Lição 1 - As Obras da Carne e o Fruto do Espírito  
Lição 2 - O Propósito do Fruto do Espírito
Lição 3 - O Perigo das Obras da Carne
Lição 4 - Alegria, Fruto do Espírito; Inveja, Hábito da Velha Natureza
Lição 5 - Paz de Deus: Antídoto contra as Inimizades
Lição 6 - Paciência: Evitando as Dissensões
Lição 7 - Benignidade: um Escudo Protetor contra as Porfias
Lição 8 - A Bondade que Confere Vida
Lição 9 - Fidelidade, Firmes na Fé
Lição 10 - Mansidão: Torna o Crente Apto para Evitar Pelejas
Lição 11 - Vivendo de Forma Moderada
Lição 12 - Quem Ama Cumpre plenamente a Lei Divina
Lição 13 - Uma Vida de Frutificação

13/10/2016

Lição 3 - Abraão, a Esperança do Pai da Fé



Pensamento para o Professor:
"A tarefa do professor é despertar a mente do aluno, é estimular idéias através do exemplo, da simpatia pessoal e de todos os meios que puder utilizar para isso. Isto é, fornecendo-lhe lições objetivas para os sentidos e fatos para a inteligência. Jesus, o maior dos mestres disse: A semente é a Palavra. O verdadeiro professor é o que revolve a terra e planta a semente."
(John Milton Gregory)

Introdução

A história de Abraão é uma das mais importantes descritas na Bíblia, e é fundamental para entendermos a origem do povo hebreu, porém, também está diretamente ligada à Igreja de Cristo, não se resumindo apenas ao povo hebreu.
Poucos homens tiveram tanta influência nas religiões do mundo. Reverenciado por judeus, muçulmanos e também por cristãos, Abraão* é considerado “um gigante das Escrituras” e “um exemplo notável de fé”. A Bíblia o chama de “pai de todos os que têm fé” (Rm 4.11)
Por que Abraão é tão respeitado? Um dos motivos é que ele é a única pessoa a quem a Bíblia se refere especificamente como amigo de Deus — e ela faz isso três vezes! (2 Cr 20.7; Is 41.8; Tg 2.23).
No entanto, em outros sentidos, Abraão era uma pessoa comum, assim como nós. Ele enfrentou muitas das dificuldades que nós enfrentamos — e foi bem-sucedido em lidar com elas.

1 - A vida de Abraão:

O pai de Abraão se chamava Terá, e sua família era natural da cidade de Ur dos Caldeus, localizada na Mesopotâmia. Após a morte do irmão de Abraão, a família saiu de Ur em direção à terra de Canaã, e foram até Harã, e habitaram ali (Gn 11:31). Tanto Ur quanto Harã, eram cidades pagãs e centros de adoração ao deus da lua.
É muito difícil de afirmar com exatidão o período do nascimento Abraão, mas a maioria dos estudiosos estabelece o início do segundo milênio antes de Cristo como data aproximada para seu nascimento, o que estaria de acordo com uma possível cronologia utilizando os personagens bíblicos, além das descobertas arqueológicas que atestam um paralelo impressionante com o relato bíblico.
No livro do Gênesis capítulo 12, a Bíblia nos mostra Deus convocando a Abraão para que ele saísse do meio daquele cenário de paganismo, deixando sua parentela e partindo para uma terra prometida pelo próprio Deus. Com setenta e cinco anos, ele partiu em direção a terra de Canaã levando consigo sua esposa Sarai, seu sobrinho Ló, todos os seus servos e bens que havia adquirido.
Após chegar à Palestina, Abraão ficou nas proximidades de Betel, Hebrom e Berseba, porém devido à fome que castigava a terra, Abraão desceu até o Egito. Temendo por sua vida, ele não apresentou Sarai como sua esposa, o que gerou alguns problemas para ele no Egito (Gn 12:13).
Saindo do Egito, Abraão subiu para o lado do sul, e retornou para as proximidades de Betel. Tanto Abraão quanto Ló eram muito ricos, gerando até mesmo contenda entre seus servos, e a terra ali não comportava os dois habitando juntos. Ló e Abraão então se separam, preferindo Ló residir nas planícies verdes do Jordão, onde as cidades de Sodoma e Gomorra estavam situadas. Já Abraão viajou para uma planície nas montanhas chamada Manre (Hebrom) ao sul.
A mudança de nome, a promessa de Deus e o significado do nome Abraão:
Inicialmente Abraão se chamava “Abrão”, que significa “pai exaltado” ou “grande pai”. Em Gênesis 17, o nome do então Abrão, é mudado para Abraão, dando maior ênfase à ideia de exaltação, significando “pai de muitos” ou “pai de uma multidão”. Abraão tinha noventa e nove anos quando teve seu nome mudado por Deus.
Não foi apenas o nome de Abraão que foi mudado naquela ocasião, mas o nome de sua esposa também, que, de Sarai, passou a se chamar Sara, porque também seria mãe de uma grande nação.
Tais mudanças nos nomes tem haver com a promessa feita por Deus a Abrão, começando ainda no capítulo 12, depois no capítulo 15 de Gênesis, quando Deus promete a Abraão que ele ainda seria pai, e que seu servo Eliézer não seria o herdeiro de sua casa, mas que sua descendência seria incontável como as estrelas do céu.
Novamente no capítulo 17 de Gênesis, mesmo após o nascimento de Ismael, Deus reafirma sua promessa a Abraão de que ele seria pai de muitas nações e que de Sara (na ocasião com noventa anos) ainda seria mãe. Deus então fez um pacto com Abraão, selado pelo sinal da circuncisão e, por fim, com o nascimento de Isaque, o filho da promessa.


2        2 - Abraão enfrenta problemas e provas em Canaã (Gn.12:9,10).

Deus tinha uma promessa na vida de Abraão, mas isso não impediu que ele enfrentasse problemas e provações. O crente fiel também enfrenta crises e provações. Veja, a seguir, três provas, dentre muitas que Abrão enfrentou em sua jornada.

– A primeira prova à qual Deus submeteu a Abraão foi a separação de sua pátria e de sua família. Tinha de voltar as costas para a idolatria a fim de poder ter comunhão com Deus. A vida de fé começa com a obediência e a separação. “Ou nossa fé nos separa do mundo, ou o mundo nos separa de nossa fé”. Abraão saiu, sem saber para onde ia (Hb.11:8). Tinha de confiar incondicionalmente no Senhor.
Abrão chegou à terra que Deus lhe havia indicado. Agora vivia como estrangeiro e peregrino, viajando de um lugar para outro. Nunca foi dono de um metro quadrado de terra, a não ser o local de sua sepultura. Siquém, a encruzilhada da Palestina, situada a 50 km ao norte de Jerusalém, foi sua primeira parada. Depois chegou ao carvalho de Moré, considerado centro de adivinhação e idolatria. Ali Deus apareceu a Abraão, assegurando-lhe de novo sua presença e confirmando-lhe que sua descendência herdaria Canaã. Assim Deus o recompensou por sua obediência. Abraão respondeu construindo um altar e oferecendo culto público ao Senhor. Aonde quer que ia, levantava sua tenda e edificava um altar. De modo que Abraão tinha comunhão com Deus, e ao mesmo tempo testificava perante o mundo.
A segunda prova: a fome (Gn.12:10-20). Abraão era um homem que estava em plena comunhão com o Senhor, que crescia espiritualmente, pois Deus estava se revelando a ele gradativamente. Entretanto, quando havia esta comunhão e esta crescente intimidade entre Abrão e Deus, surge um sério problema na vida do patriarca: a fome. Dizem as Escrituras, em Gn.12:10, que havia fome naquela terra. Era uma situação muito difícil e ameaçadora. Estava em terra estranha, habitada por gente que não era boa, sem residência fixa, com uma promessa de que aquela terra seria dada à sua semente, sendo que nem um filho sequer Abrão tinha e, agora, vê-se ameaçado o seu patrimônio. Devido à fome, Abraão tomou a decisão de ir para o Egito. Na Bíblia, o Egito é símbolo do mundo. A fartura que existia no Egito era semelhante a fartura do mundo, ilusória.
O fato de Deus não ter impedido que Abrão sofresse as consequências da fome sobre a terra de Canaã é mais um episódio que desmente os teólogos da prosperidade, que, desde os tempos do patriarca Jó, propalam que o servo de Deus jamais pode passar por dificuldades econômico-financeiras. Deus é o dono de todo o ouro e de toda a prata, não há dúvida alguma sobre isto, mas está muito mais interessado em que aprendamos a depender dEle inteiramente, a termos comunhão com Ele do que venhamos a ter riquezas e abundância de bens nesta vida, correndo, inclusive, o risco de nos apegarmos a estas coisas e, por conta disto, a exemplo do mancebo de qualidade (Mt.19:16-22), virmos a perder a nossa salvação.
Para que Abrão pudesse continuar crescendo espiritualmente, necessário se fazia que viesse a lição da dependência também nos assuntos materiais. Mas, lamentavelmente, Abrão não aprendera, ainda, esta lição. Sobrevindo a dificuldade econômico-financeira, não invocou a Deus, como fizera em Betel, nem esperou que o Senhor lhe aparecesse, como fizera em Siquém, mas decidiu “descer para o Egito”, então o país mais promissor do mundo, que começava a se apresentar como nova potência mundial, onde a abundante água do rio Nilo, o maior rio do mundo, não permitia que houvesse dificuldades econômico-financeiras. Era uma decisão acertadíssima do ponto-de-vista humano, uma grande demonstração de sabedoria e inteligência humana, mas um verdadeiro desastre sob o aspecto espiritual. Com efeito, Deus não participou dessa decisão, Abrão decidiu ir para uma terra que não era a mostrada nem a prometida por Deus e, ainda mais, sem consultar ao Senhor.
Deus não lhe havia ordenado sair da Palestina. No Egito, por pouco não perdeu sua esposa, pois, com medo, mentiu dizendo que Sara era sua irmã (ainda que houvesse um elemento de verdade no que disse – ver Gênesis 20:12). Em nossa jornada, também somos passíveis de cometer erros. Mas não temos mais prazer no pecado. Abraão não duvidou por incredulidade das grandes promessas, porém tropeçou nas pequenas coisas. Até a escrava egípcia Hagar e o aumento de gados obtidos no Egito lhe causaram problemas mais tarde. Aprendeu quão perigoso é afastar-se de Deus.
“Descer ao Egito” passou a ser, por causa disto, uma expressão metafórica para toda decisão humana sem a orientação e a direção divinas. Passou a significar uma atitude de comprometimento com os valores humanos, com os princípios deste mundo, sem qualquer preocupação com a vontade divina. Infelizmente, muitos são os crentes que estavam caminhando muito bem com o Senhor e, por uma dificuldade ou outra, acabam resolvendo “descer ao Egito”. Não nos iludamos com a abundância material, com o caráter promissor ou com a hospitalidade e boa aparência do Egito. O Egito é o mundo e nele não há o essencial, o fundamental para a vida de qualquer crente, a saber, a presença, a direção e a aprovação de Deus.
– A terceira prova: a esterilidade de Sara. Deus prometeu que Abraão teria uma família numerosa, porém ele já estava com 99 anos e Sara com 89 anos e ainda era estéril (Gn.17:1), e não tinha herdeiros. Esperar o tempo de Deus nem sempre é fácil. As Escrituras Sagradas afirmam que a “esperança demorada enfraquece o coração…” (Pv.13:12). Ao ouvir a promessa de que Sara daria à luz um filho, Abraão riu-se; e o riso de Abraão seria secundado pelo riso de Sara (Gn.18:12). O riso de Abraão pôs em dúvida a capacidade geradora de si mesmo e de sua esposa – “Então, caiu Abraão sobre o seu rosto, e riu-se, e disse no seu coração: A um homem de cem anos há de nascer um filho? E conceberá Sara na idade de noventa anos? E disse Abraão a Deus: Tomara que viva Ismael diante de teu rosto! E disse Deus: Na verdade, Sara, tua mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome Isaque…” (Gn.17:17-19).
Parecia inacreditável que Abraão e Sara, em idade avançada (99 e 89 anos, respectivamente – Gn 17:1) – ainda mais, Sara era estéril (Gn.11:30) -, pudessem ter um filho. Mas, Deus disse a Abraão: “Haveria coisa alguma difícil ao Senhor?” (Gn.18:14). Deus queria que eles soubessem que o cumprimento da promessa não seria o resultado de esforços humanos, mas da pura graça, um milagre.
Conclusão

Abraão, o homem considerado justo devido a sua fé, teve problemas para acreditar na promessa de Deus. No entanto, a despeito de suas dúvidas, Abraão obedeceu aos mandamentos de Deus (Gn.17:22-27). Mesmo as pessoas de grande fé podem passar por momentos de dúvida. Todavia, sabemos que o Senhor vela pela Sua Palavra para a cumprir (Jr.1:12). Ele é fiel.
Bibliografia

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
Comentário Bíblico Beacon. CPAD
Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. R.N. Champlin. Hagnos
O Deus de Toda a Provisão. Elienai cabral, CPAD
O poder e a mensagem do Evangelho. Paul Washer. Fiel
Não se Admire Ele sempre estará contigo. Manoel Flausino. Inteligência Editorial
Revista Ensinador Cristão. CPAD
Verdadeiro Evangelho. Paul Washer. Fiel

Pr. Manoel Flausino
Diretor de Ensino e Superintendente de Escola Dominical,, escritor, formado em Teologia, Pedagogia e especialista em Psicopedagogia e Gestão de Pessoas, dirigente da Congregação Fonte das Águas MDV.
Contatos para palestras, congressos, mensagens:
(21) 99439-0392 (claro)

05/10/2016

Lição 2 - A Provisão de Deus em Tempos Difíceis

Orientação Pedagógica

A relação Professor/Aluno no processo de ensino e aprendizagem


          As relações humanas, embora complexas, são peças fundamentais na realização comportamental e profissional de um indivíduo. Desta forma, a análise dos relacionamentos entre professor/aluno envolve interesses e intenções, sendo esta interação o expoente das consequências, pois a educação é uma das fontes mais importantes do desenvolvimento comportamental e agregação de valores nos membros da espécie humana.
          Neste sentido, a interação estabelecida caracteriza-se pela seleção de conteúdos, organização, sistematização didática para facilitar o aprendizado dos alunos e exposição onde o professor demonstrará seus conteúdos.
          No entanto este paradigma deve ser quebrado, é preciso não limitar este estudo em relação comportamento do professor com resultados do aluno; devendo introduzir os processos construtivos como mediadores para superar as limitações do paradigma processo-produto.
Segundo GADOTTI (1999: 2), o educador para pôr em prática o diálogo, não deve colocar-se na posição de detentor do saber, deve antes, colocar-se na posição de quem não sabe tudo, reconhecendo que mesmo um analfabeto é portador do conhecimento mais importante: o da vida.
          Desta maneira, o aprender se torna mais interessante quando o aluno se sente competente pelas atitudes e métodos de motivação em sala de aula. O prazer pelo aprender não é uma atividade que surge espontaneamente nos alunos, pois, não é uma tarefa que cumprem com satisfação, sendo em alguns casos encarada como obrigação. Para que isto possa ser melhor cultivado, o professor deve despertar a curiosidade dos alunos, acompanhando suas ações no desenvolver das atividades.
          O professor não deve preocupar-se somente com o conhecimento através da absorção de informações, mas também pelo processo de construção da cidadania do aluno.  Apesar de tal, para que isto ocorra, é necessária a conscientização do professor de que seu papel é de facilitador de aprendizagem, aberto às novas experiências, procurando compreender, numa relação empática, também os sentimentos e os problemas de seus alunos e tentar levá-los à auto-realização.
          De modo concreto, não podemos pensar que a construção do conhecimento é entendida como individual. O conhecimento é produto da atividade e do conhecimento humano marcado social e culturalmente. O papel do professor consiste em agir com intermediário entre os conteúdos da aprendizagem e a atividade construtiva para assimilação.
          O trabalho do professor em sala de aula, seu relacionamento com os alunos é expresso pela relação que ele tem com a sociedade e com cultura. ABREU & MASETTO (1990: 115), afirma que “é o modo de agir do professor em sala de aula, mais do que suas características de personalidade que colabora para uma adequada aprendizagem dos alunos; fundamenta-se numa determinada concepção do papel do professor, que por sua vez reflete valores e padrões da sociedade”.
Segundo FREIRE (1996: 96), “o bom professor é o que consegue, enquanto fala, trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma cantiga de ninar. Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas”.
          Ainda segundo o autor, “o professor autoritário, o professor licencioso, o professor competente, sério, o professor incompetente, irresponsável, o professor amoroso da vida e das gentes, o professor mal-amado, sempre com raiva do mundo e das pessoas, frio, burocrático, racionalista, nenhum deles passa pelos alunos sem deixar sua marca”.
          Apesar da importância da existência de afetividade, confiança, empatia e respeito entre professores e alunos para que se desenvolva a leitura, a escrita, a reflexão, a aprendizagem e a pesquisa autônoma; por outro, SIQUEIRA (2005: 01), afirma que os educadores não podem permitir que tais sentimentos interfiram no cumprimento ético de seu dever de professor. Assim, situações diferenciadas adotadas com um determinado aluno (como melhorar a nota deste, para que ele não fique de recuperação), apenas norteadas pelo fator amizade ou empatia, não deveriam fazer parte das atitudes de um “formador de opiniões”.
          Logo, a relação entre professor e aluno depende, fundamentalmente, do clima estabelecido pelo professor, da relação empática com seus alunos, de sua capacidade de ouvir, refletir e discutir o nível de compreensão dos alunos e da criação das pontes entre o seu conhecimento e o deles. Indica também, que o professor, educador da era industrial com raras exceções, deve buscar educar para as mudanças, para a autonomia, para a liberdade possível numa abordagem global, trabalhando o lado positivo dos alunos e para a formação de um cidadão consciente de seus deveres e de suas responsabilidades sociais.
(Revista Espaço Acadêmico)
    

 Introdução

          Segundo o dicionário, provisão é o ato ou efeito de prover, abastecer. Podemos inferir que a provisão é quando alguém recebe algo que teria necessidade.
          Pela Palavra de Deus entendemos que Deus, como nosso pai provê tudo o que precisamos. Cabe ressaltar que, necessidade é diferente de vaidade. Sendo assim, podemos pensar que, Deus satisfaz as nossas necessidades, não nossas vontades.

          Por mais que a situação pareça impossível, ainda que todos virem contra, mesmo que o mundo contra você se revolte, não se admire: Ele sempre estará contigo.
           Ele é mestre em ser companheiro. Ele é expert em estar sempre com alguém, mesmo em condições complicadas. Quando mais precisamos, quanto mais clamamos, mas perto ele fica.
           Para ele não importa o problema. Não importa a situação que esteja vivendo. Se cova de leões, se fornalha de fogo, se no meio de uma tempestade em mar alto, ou em meio ao Euroaquilão. Quem sabe cercados por inimigos em frente a um grande mar, enfim, ele sempre estará presente. Ela acalma a tempestade, garante-nos a companhia, nos faz descansar em segurança. Assim como foi no passado, ele é no presente e será no futuro.
"Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente." (Hb 13.8)
          Sua infalível palavra garante a sua presença. Jesus disse que iria para o Pai, mas enviaria o consolador, e que estaria conosco até a consumação do século (Mt 28.20). (Retirado do Livro: Não se admire Ele sempre estará contigo)



1.Deus pode suprir todas as nossas necessidades: 
A. Ele prometeu suprir as nossas necessidades:
Fil.4:19 Deus, segundo a Suas riquezas, suprirá toda sas vossas necessidades
Mat.6:33 Buscai primeiro o Reino de Deus... e todas estas coisas vos serão acrescentadas
Sal.23:1 O Senhor é o meu pastor, nada me faltará
Sal.34:10 Aqueles que buscam ao Senhor de nada têm falta
Sal.37:25 Nunca vi desamparado o justo nem... a mendigar o pão
Mat.7:7-11 Aquele que pede recebe... vosso Pai... dará bens aos que lhos pedirem
Rom.8:32 Aquele que nem mesmo o Seu próprio Filho poupou... como nos não dará também... todas as coisas?
(V. também Deu.2:7; Sal.68:19; 81:10; Mal.3:10; Mat.6:8,25-34)

B. Deus é a fonte de toda provisão:
Sal.145:15,16 Abres a Tua mão e satisfazes os desejos de todos os viventes
1Crô.29:14 Tudo vem de Ti, e da Tua mão To damos
Sal.104:13-15 Faz crescer... a verdura para o serviço do homem para que tire da terra o alimento
Tiago 1:17 Toda a boa dádiva... vem do alto, descendo (de Deus)
(V. também Sal.65:9-13; Gên.1:29; 9:3)

C. Ele é dono do mundo inteiro:
Êxo.19:5 Toda a Terra é Minha
Sal.24:1 Do Senhor é a Terra e a sua plenitude
Sal.50:10,11 Meu é todo o animal... e as alimárias (animais) sobre milhares de montanhas
Sal.89:11 Tua é a Terra, o mundo e a sua plenitude

2.Deus pode fazer milagres para suprir:
Núm.11:21-23 [Deus prometeu carne por um mês, Moisés duvidou, então] o Senhor disse a Moisés: Seria pois encurtada a mão do Senhor?
2Re.4:1-6 [A viúva do profeta pediu vasilhas emprestadas e estas se encheram milagrosamente de azeite suficiente para pagar as suas dívidas]

A. Comida:
Êxo.16:12-15 [Deus supriu milagrosamente codornas e maná no deserto]
Núm.11:18-21 [Deus enviou codornas para um mês] (V. vers.31,32)
Sal.78:23-39 (Abriu) as portas dos céus e (fez) chover sobre eles o maná... trigo do Céu... pão dos anjos ... carne como pó (VA) (V. também Sal.105:40)
Sal.132:15 Abençoarei abundantemente o seu mantimento; fartarei de pão os seus necessitados
1Re.17:4 Tenho ordenado aos corvos que ali te sustentem
1Re.17:16 Da panela, a farinha se não acabou, e da botija o azeite não faltou (durante 3-1/2 anos de fome)
1Re.19:5-8 O anjo... disse (a Elias): Levanta-te e come... e eis... um pão cozido sobre as brasas e uma botija de água
2Re.4:42,43 [Eliseu alimentou 100, multiplicando 20 pães e um pouco de milho]
Mar.6:34-44 [Jesus alimentou 5.000, multiplicando 5 pães e 2 peixes. 5.000 homenssem contar as mulheres e crianças Mat.14:21]
Mar.8:1-9 [Jesus alimentou 4.000, multiplicando 7 pães]
Apoc.12:6,14 [A Igreja é alimentada por 3-1/2 anos no deserto]
(V. também Sal.23:5; Luc.5:4-7; João 21:5,6,11)

B. Água:
Gên.21:14-19 [Hagar morria de sede e Deus lhe mostrou um poço]
Êxo.17:1-6 [Em Horebe, o Senhor fez brotar água de uma pedra]
Núm.20:2,7-11 [Em Meribá, Deus brotou outra vez água de uma pedra]
Juí.15:15-19 [Deus de uma queixada supriu água para Sansão]
2Re.3:9,17,20 [Deus supriu milagrosamente água para um exército]
(V. também Sal.78:15,16; 105:41; Isa.41:17,18)

C. Deus até pode purificar comida e águas impuras:
Êxo.15:23-25 [As águas amargas de Mara milagrosamente ficaram doces]
2Re.2:19-22 [Ás águas salobras de Jericó foram purificadas]

D. Roupa e outras necessidades:
Deu.29:5 40 anos vos fiz andar... não se envelheceram... os vossos vestidos... nem se envelheceu no teu pé o teu sapato
Mat.6:25, 26,30 Se Deus... veste a erva... não vos vestirá... a vós?
(V. também Gên.3:21)

3. O ENSINO DE JESUS SOBRE AS NOSSAS NECESSIDADES

Todas as pessoas, no percurso da vida, enfrentam dificuldades e passam por alguma necessidade. Há necessidades de afeto, de carinho, de reconhecimento, de amor, de coisas materiais, de pão… Jesus ensinou aos seus discípulos: “…
no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo." (Jo 16.33). Ele começou o seu ministério no deserto. Ali Jesus foi tentado por satanás nas coisas em que somos tentados como homens (Hb 4.15). Ele teve fome (Mt 4.2), sede (Jo 19.28), cansaço (Jo 4.6) e enfrentou dura batalha contra o tentador, mas, no poder do Espírito Santo, Ele venceu tudo (Fp 2.8-9).

4. O ENSINO DOS APÓSTOLOS SOBRE AS NOSSAS NECESSIDADES

As cartas dos apóstolos que foram escritas para as igrejas fazem parte do Novo Testamento e estão cheias de ensino sobre o suprimento de Deus para o seu povo (Fp 4.19). Paulo nos ensina a orar com súplicas e ações de graça quando tivermos qualquer necessidade (Fp 4.6). Deus deve ser o primeiro a saber o que estamos passando (Mt 6.33). Há pessoas que ficam muito tempo vivendo situações de necessidade financeira, porque elas contam para os outros o que estão passando. Dizem: “
Ah, irmãos, orem por mim, pois lá em casa não temos nada para comer, as contas estão acumuladas e estamos passando por provas difíceis demais…” É claro que os irmãos irão ajudá-lo e dar cesta básica ou dinheiro. Mas, será que esse irmão venceu a sua prova de fé? Não. Ele vai continuar em necessidade até que aprenda a não contar aos outros, mas a Deus. Deus quer ter a honra e o prazer de ser o nosso Provedor (Sl 40.17, 37.25).
Certa irmã estava com o marido desempregado e viviam de “biscates”. Eles não comiam carne há meses. Ela levantou naquele dia com muita vontade de comer carne e orou. Bem cedo, ela foi ao supermercado com uma nota de um real para comprar pão e pensou: “vou à seção de carnes, pelo menos para olhar e tocar nelas”. E teve uma surpresa ao ver os preços das carnes. Todas estavam com preços de centavos! Ela separou duas belas peças de bisteca e bifes e foi ao caixa. A moça olhou o valor das carnes e chamou o gerente. Este disse: “Esses preços estão errados, mas como a senhora escolheu a mercadoria, vai levá-los pelo preço das etiquetas”. Ela glorificou o nome do Senhor, que ouvira a sua oração naquela manhã. Deus se alegra em nos atender.  

Conclusão

As necessidades são provas para a nossa fé e se tornam importantes para o nosso crescimento espiritual. Cada vez que somos provados e aprovados, subimos um degrau na caminhada cristã. Cada degrau nos faz ver a vida de modo mais amplo e podemos ver mais longe. O apóstolo Tiago nos diz: “Meus irmãos, tende grande gozo quando passardes por várias provações; sabendo que a prova da vossa fé produz perseverança. Ora a perseverança deve ter a sua obra completa, para que sejais íntegros e perfeitos, em nada deficientes.” (Tg 1.2-4).


Bibliografia

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
Comentário Bíblico Beacon. CPAD
Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. R.N. Champlin. Hagnos
O Deus de Toda a Provisão. Elienai cabral, CPAD
O poder e a mensagem do Evangelho. Paul Washer. Fiel
Não se Admire Ele sempre estará contigo. Manoel Flausino. Inteligência Editorial
Revista Ensinador Cristão. CPAD
Verdadeiro Evangelho. Paul Washer. Fiel

Pr. Manoel Flausino
Diretor de Ensino e Superintendente de Escola Dominical,, escritor, formado em Teologia, Pedagogia e especialista em Psicopedagogia e Gestão de Pessoas, dirigente da Congregação Fonte das Águas MDV.
Contatos para palestras, congressos, mensagens:
(21) 99439-0392 (claro)