25/05/2015

Lição 9 – A limitação dos discípulos

Escola Bíblica Dominical Ass. de Deus Ministério Despertando Vidas
2º trimestre de 2015 –
Jesus, o Homem Perfeito. O Evangelho de Lucas, o médico amado

Lição 9 – A limitação dos discípulos

Orientação Pedagógica
          Prezado professor, estarei publicando no final desta postagem um modelo de plano de aula para você começar a familiarizar-se com o mesmo. Na próxima postagem, explicarei cada item do plano de aula, para que você possa utilizá-lo e sua aula tornar-se melhor do que já é. Vamos em frente, pois ensinar é amar!

“Não há saber mais ou saber menos: Há saberes diferentes.” Paulo Freire

Introdução:

          Os discípulos de Jesus foram homens que optaram em segui-lo e tiveram o privilégio de ver os milagres de Jesus, observar os seus comportamentos e ouvir suas maravilhosas palavras por, aproximadamente 3 anos. Apesar disso, reconhecemos e entendemos que os discípulos eram limitados, pois eram homens e, com isso, limitados. Jesus, em sua natureza hipostática, era homem e Deus.


1)      Os discípulos não puderam expulsar o demônio do menino

          Quando Jesus ouve o pai do menino que os discípulos não puderam expulsar o demônio do menino, o Mestre tomou a atitude, mostrando aos seus seguidores o que fazer e como fazer. É claro que o medo, talvez a falta de fé, naquele momento, fez com que os discípulos travassem e não conseguissem êxito (Lc 9.38-42).
          Isso ocorre quando não se tem uma vida devocional. Infelizmente, tem gente confundindo freqüentar igreja com ser cristão. Será que estamos ensinando nossos irmãos a serem discípulos ou membros de igreja? Jesus não nos mandou fazer membros e sim, discípulos:

“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém.”  (Mateus 28:19,20)
         
          Hoje, em meio às dificuldades da vida, precisamos ter fé para vencermos as batalhas e lutas diárias, principalmente com:
a)      Preparo espiritual – através de uma vida de oração. Tem gente que ora, mas não tem uma vida de oração.
b)      Preparo teológico – buscando o conhecimento da Palavra de Deus. Quanto mais estamos pertos mais conhecemos a Deus.

“Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós” (1 Pedro 3:15).

          2) Os discípulos não tinham entendido o que é Reino
         
          Os discípulos de Jesus discutiam para saber qual deles era o maior (Lc 9.46). Na verdade, quando alguém quer ser o maior ou se diz o maior ou entende que só ele faz, só ele pode, só ele é capaz, esta pessoa ainda não entendeu o que é Evangelho e nem o que é reino.
          Alguns insistem em imaginar e pensar que “são” alguma coisa, mas a Bíblia nos ensina que só Ele é: “Onde não há grego, nem judeu, circuncisão, nem incircuncisão, bárbaro, cita, servo ou livre; mas Cristo é tudo, e em todos.” (Cl 3.11).
          A grandeza de um homem não está em sua estatura, em seu poder econômico ou em seus “estatus” político ou social, mas a grandeza do homem está relacionada o quanto ele pode se doar em prol do reino e das pessoas. Quanto mais você se abaixar, mas você cresce para Jesus. Jesus nos deu o exemplo:
a)      Abaixou-se tornando forma de homem (Fp 2.6-8)
b)      Abaixou-se para lavar os pés (Jo 13.4-6)
c)       Abaixou-se para salvar uma mulher (Jo 8.6-8)

“A humildade exprime uma das raras certezas de que estou certo: a de que ninguém é superior a ninguém.” Paulo Freire

          3) Os valores ainda se invertem em alguns

          Jesus no sermão do Monte inicia seus discursos falando sobre as bem-aventuranças, e esta, por sinal, vai de encontro aos valores da sociedade, e se nós não vigiarmos, podemos cair neste erro também, em não entendermos os reais valores do reino de Deus:

“Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;
Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;
Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;
Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;
Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;
Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.”
(Mt 5.3-11)

          4) A preocupação dos discípulos

          Observamos que os discípulos de Jesus, com suas limitações humanas, tinham uma preocupação demasiada com as coisas desta vida, com isso, demonstrando certa imaturidade. Jesus deixa claro que os “gentios procuram todas essas coisas” (Mt 6.32). Citando o Pr. José Gonçalves, temos abaixo:
a)      Os gentios valorizavam mais o corpo do que a alma, mas a estética do que a ética (Mt 6.25).
b)      Os gentios entesouravam na terra, mas não possuíam reservas no céu (Mt 6.26).
c)      Os gentios buscavam as coisas grandes esquecendo-se das pequenas (Mt 6.28-30).
d)      Os gentios priorizavam a obrigação, mas esqueciam a devoção (Mt 6.33).
e)      Os gentios preocupavam-se com o futuro, mas esqueciam o presente (Mt 6.35)

          Como relatado anteriormente, alguns não estão entendendo ainda a real mensagem do evangelho, citando ainda o Pr. José Gonçalves, a mensagem pregada pela igreja primitiva (At 2.14-39; 3.12-26; 4.8-12 e 10.36-43) provocou escândalo entre judeus e tornou-se loucura para os gregos ( 1 Co 1.22-31), pode-se resumir desta maneira:

a)      Consistia no anúncio da chegada do reino de Deus.
b)      Era fundamentada no anúncio da morte e ressurreição de Jesus.
c)      Demonstrava  que o que eles pregavam era cumprimento das profecias.
d)      Era de natureza escatológica, isto é, mostra que Jesus voltará outra vez.
e)      Chamava as pessoas ao arrependimento, mostrando que dessa forma era recebido o dom do Espírito Santo.

Conclusão:

          Jesus continua esperando de seus discípulos atitudes que glorifiquem ao seu nome, inclusive através do perdão, pois este é uma forma de mostrarmos que entendemos o que é ser cristão. 

“E, se pecar contra ti sete vezes no dia, e sete vezes no dia vier ter contigo, dizendo: Arrependo-me; perdoa-lhe.”( Lc 17.4)
“Por isso te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama.” (Lc 7.47)

          Mesmo em meio as escassez da vida, mesmo em meio aos desertos e as limitações humanas, precisamos exercer a nossa fé em Cristo e entender que somos seus discípulos, representantes do reino neste mundo.


Bibliografia
Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. R.N. Champlin. Hagnos
Ensinador Cristão. Ano 16 - nº 62. CPAD
Enciclopédia da Vida de Jesus. Louis Claude Fillion. Central Gospel
Introdução ao Novo testamento. D.A. Carson, Douglas J. Moo, Leon Morris. Vida Nova
Teologia Sistemática. Stanley M. Horton. CPAD
Lucas, O Evangelho de Jesus, o Homem Perfeito. José Gonçalves. CPAD

Pr. Manoel Flausino
Diretor de Ensino e Superintendente de Escola Dominical, escritor, formado em Teologia, Pedagogia e especialista em Psicopedagogia e Gestão de Pessoas



Modelo de Plano de Aula

PLANO DE AULA
TEMA:

OBJETIVOS
GERAL
ESPECÍFICOS

CONTEÚDO


METODOLOGIA


AVALIAÇÃO


REFERÊNCIAS
·         Básica

·         Complementar



19/05/2015

Lição 8 - O poder de Jesus sobre a natureza e os demônios

Escola Bíblica Dominical Ass. de Deus Ministério Despertando Vidas
2º trimestre de 2015 –
Jesus, o Homem Perfeito. O Evangelho de Lucas, o médico amado

Lição 8 - Poder de Jesus sobre a natureza e os demônios

Orientação Pedagógica
          Prezado professor, desejo a você uma ótima aula, e a orientação de hoje é para que pesquise os assuntos abordados, pois são riquíssimos e temos um grande desafio: tirar dúvidas de nossos alunos. Com isso, não devemos pensar que sabemos o suficiente, ou ficar no campo do “eu acho”. Procure conhecer seus alunos, verificando sempre possibilidades de crescimento de cada um deles e ajude-os a crescer na Graça e no conhecimento.
          Na próxima postagem, publicarei um plano de aula para você utilizar esta ferramenta da pedagogia auxiliando sua prática docente.

Introdução:
          Todo aquele que confessa a Jesus como único, suficiente Salvador de sua vida crê na doutrina da Trindade, logo, entende que, o Messias estava na criação de tudo, inclusive quando na criação de anjos (Jo 1.1-3). Desta forma, compreende-se também que o Criador conhece na íntegra a criatura, é mais poderoso do que ela, e, com isso, tem todo poder sobre a mesma.



          1) O poder sobre a natureza
          Deus sempre esteve, está e estará acima de toda a força, seja da natureza, seja de qual ordem for, e isso podemos ver desde a criação até aos dias de hoje. Vejamos alguns exemplos no Antigo Testamento:
a)      No dilúvio (Gn capítulos 7 e 8)
b)      Na ocasião das pragas no Egito (Ex capítulos 7 a 11)
c)      As águas no deserte de Sim ( Ex 17)

“O Senhor se assentou sobre o dilúvio; o Senhor se assenta como Rei, perpetuamente.” Sl 29.10

          No Novo Testamento, o texto de nossa lição, demonstra justamente um momento em que os discípulos estavam com Jesus em uma embarcação no Mar da Galiléia, também chamado de Mar Tiberíades ou lago de Genesaré, e de repente ocorre uma grande tempestade, e os discípulos sem saber o que fazer, acordaram a Jesus que acalmou o vento e o mar, e os seguidores do Mestre ficaram maravilhados.
          Em certas histórias antigas, a água era considerada um inimigo que Deus vence. "Para Israel, as águas furiosas e incontroláveis simbolizavam os poderes que se opõem à soberania de Deus" (The Interpreter’s Dictionary of the Bible, p. 809). Aprendemos com isso que:
a)      o fato de Jesus estar na embarcação não simboliza ausência de tempestade.
b)      o fato de vir a tempestade não significa que morreremos nela.

          Ele sempre teve e terá poder sobre a natureza (Hb 13.8). Hoje, acontecem muitas coisas (terremotos, vulcões, maremotos etc, mas à luz da Palavra de Deus, entendemos que a natureza responde ao homem as mudanças que o próprio homem fez nela, além de que, o principal: Ele está no controle:
“Tu dominas o ímpeto do mar; quando as suas ondas se levantam, tu as fazes aquietar.” Sl 89.9 

          3) O poder sobre os demônios
          Jesus veio para aniquilar as obras do mal (Lc 9.38-42; Mt 12.28), que é representada por Lúcifer e seus demônios. Alguns podem pensar que demônios é fruto da imaginação humana, porém sabemos que não é. Champlin diz que: “nem os hebreus e nem os cristãos criaram as elaboradas demonologia e angelologia”. Mas quem são estes? De onde vieram?
          Os anjos não existem desde a eternidade, eles foram criados por Deus no momento de sua criação ( Ne 9:6; Sl 148.2; Cl 1.16 ). Por causa do orgulho de Lúcifer, ele, que era querubim ungido (Ez 28.14), teve a sua queda, juntamente com um terço dos anjos que o seguiu (Ap 12.4), perdendo sua santidade original e se tornaram corruptos em natureza e conduta, tornando-se demônios.
          Segundo Champlin, Tertuliano (150 D.C.) foi o primeiro pai da igreja que diz que os demônios fazem parte exclusivamente de anjos caídos.
          Berkhof relata que “há duas passagens da Escritura que dão a entender claramente que alguns anjos não mantiveram a sua condição original, mas caíram do estado em que tinham sido criados” (2 Pe 2.4; Jd 6).
        Eles tem poder, porém não mais ou igual a Deus e limitado pelo Eterno (Lc 88.29-31; Jó capítulo 1). No entanto, não cessam de realizar suas obras más. O Pr. José Gonçalves, comentarista desta lição e autor do Livro Lucas (CPAD), diz-nos que o diabo:

a)      põe a pessoa na zona de exclusão (Lc 8.26) "E navegaram para a terra dos gadarenos que está defronte da Galiléia."
b)      rouba a identidade do homem (Lc 8.27) "desde muito tempo, estava possesso de demônios."
c)       Tira todos os valores (Lc 8.27) "e não andava vestido."
d)      Tira os referenciais (Lc 8.27) "nem habitava em qualquer casa, mas nos sepulcros."
e)      Torna a vida do homem árida (Lc 8.29) "era impelido pelo demônio para os desertos."

“O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.” Jo 10.10 
        
          Em nosso meio, percebemos muitas pessoas com certo fascínio pelo demonismo, mas Stanley Horton, sobre isso relata: “o fascínio pelo demonismo não é saudável nem bíblico. A fixação que os discípulos de Jesus sentiram com a sua autoridade sobre os demônios foi corrigida. O Senhor os exortou a se regozijarem antes de mais nada pelo fato de haverem sido escolhidos pessoalmente por Deus” (Lc 10.17-20). Veja também (Mt 7.22,23)

Conclusão
          Jesus tem poder sobre todos os demônios!  Ele expulsou muitos demônios de pessoas que lhe foram trazidas em Cafarnaum com uma palavra (Mt 8:16). Ele libertou dois homens terrivelmente atormentados por espíritos malignos, na região de Gadara (Mt 8:28-33). Libertou, também, um homem que era mudo pela atuação de um demônio (Mt 9:32).
         Jesus tem poder sobre as forças da natureza. Sendo o próprio Criador, Ele demonstrou este poder ao repreender a tempestade que aterrorizava os discípulos que, no barco, atravessavam o mar da Galiléia (Mt 8:23-26).
         Em suma, devemos entender que existem muita força, mas Ele é a própria força, existem muitos poderes, mas Ele é o próprio poder!

“Dizem que o ferro é forte, mas o fogo derrete o ferro.
Dizem que o fogo é forte, mas a água apaga o fogo.
Dizem que a água é forte, mas o vento espalha a água.
Dizem que o vento é forte, mas a montanha espalha o vento.
Dizem que a montanha é forte, mas o homem derruba a montanha.
Dizem que o homem é forte, mas a morte derruba o homem.
Dizem que a morte é forte, mas JESUS venceu a morte.”

Bibliografia
Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. R.N. Champlin. Hagnos
Ensinador Cristão. Ano 16 - nº 62. CPAD
Enciclopédia da Vida de Jesus. Louis Claude Fillion. Central Gospel
Introdução ao Novo testamento. D.A. Carson, Douglas J. Moo, Leon Morris. Vida Nova
Teologia Sistemática. Stanley M. Horton. CPAD
Lucas, O Evangelho de Jesus, o Homem Perfeito. José Gonçalves. CPAD

Pr. Manoel Flausino

Diretor de Ensino e Superintendente de Escola Dominical, escritor, formado em Teologia, Pedagogia e especialista em Psicopedagogia e Gestão de Pessoas

12/05/2015

Lição 7 - Poder sobre as Doenças e Morte

Escola Bíblica Dominical Ass. de Deus Ministério Despertando Vidas
2º trimestre de 2015 –
Jesus, o Homem Perfeito. O Evangelho de Lucas, o médico amado

Lição 7 - Poder sobre as Doenças e Morte

Introdução:

          É inegável que as doenças alcançam cristãos ou não. Não podemos ser pretenciosos e pensarmos que os servos do Senhor não passam por situações adversas, inclusive em sua saúde. Basta observarmos o caso de Jó no Antigo Testamento e o de Lázaro, no Novo Testamento.
          Fato é, que Jesus tem poder para curar todo e qualquer tipo de doença, independente da gravidade, e com isso ele demonstra seu poder e o amor pelos homens.
 E toda a multidão procurava tocar-lhe, porque saía dele virtude, e curava a todos.”  (Lc 10.19)
“...porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos.”(Mateus 5.45)


          2) Origem e natureza das Doenças

          Em alguns, existe a dúvida da origem das enfermidades. Stanley M Horton (Teologia Sistemática) afirma que o sofrimento é conseqüência da queda de Adão, não da vontade de Deus, ou seja, a condição caída humana trouxe a culpa e conseqüências para todos (1 Co 15.21,22; Rm 3.23).

          3) O Poder da cura

          Sabemos que Jesus veio para trazer vida, e com abundância (Jo 10.10). Rene Latourelle, citado por Northon, sugere que consideremos os milagres de cura operados por Jesus como “sinais do reino”. Eram sinais de que Jesus cumpriria cabalmente seu ministério
          Os milagres de cura operados por Jesus podem ser divididos em três categorias:
a)      Curas físicas. (Lc 4.38,39; 6.6.10; 18.35.43)
b)      Curas espirituais. (Lc 4.31,36; 4.40,41; 6.18; 19.1-10)
c)      Ressurreições. (Lc 7.11-15)

          4) A cura em cada evangelho

Mateus – as curas visam identificar Jesus como o Messias
Marcos – 31 por cento dos versículos dizem respeito a milagres de cura operados por Jesus.
Lucas – as curas relatam Jesus como Salvador, vencendo a batalha contra o inimigo
João -  tem sua estrutura baseada nos “sinais”, a maioria dos quais são milagres de cura, registrados para ajudar as pessoas a crer  em Jesus como o Messias e \Filho de Deus.

          5) O cuidado com a confissão positiva

          Não é uma denominação nem uma seita, mas um movimento no seio das igrejas pentecostais e neo-pentecostais que enfatiza o poder do crente em adquirir tudo o que quiser. Seu surgimento foi gradual, a partir de Essek William Kenyon (1867-1948). Esta nega as realidades óbvias, o que contradiz a Bíblia, pois em Romanos 8, Paulo refere-se aos sofrimentos desta vida, que só serão completamente removidos na redenção futura do nosso corpo, quando então, seremos transformados à semelhança do cristo ressuscitado (Rm 8.18-25; 1Co 15.42).
          Por outro lado, também, não devemos entender que um crente enfermo é uma vergonha. Todas posições teológicas que não seguem a doutrina devem ser refutadas.

          6) Por que alguns são curados e outros não?

          A resposta a esta pergunta pertence à sabedoria soberana de Deus, mas cabem algumas observações: alguns estão doentes por causa do pecado, ou por conseqüência do pecado (1 Co 11.27-30). Através de uma enfermidade, o Senhor também pode ensinar alguma coisa como fez com Paulo (2 Co 12.7). Outro detalhe é que Deus tem um tempo para todas as coisas, então, às vezes, pode não ser o tempo certo para o Senhor. E, por último, nesta breve análise, a falta de fé pode impedir a cura (Tg 5.15).

Conclusão

          Jesus continua curando os enfermos, e isto, traz-nos conforto enquanto aguardamos a sua volta, e, até isso acontecer, a igreja deve pregar o evangelho inteiro à pessoa inteira, incluindo, a cura sobrenatural do corpo, bem como a da alma.
         “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje, e eternamente.” Hb 13.8

Bibliografia
Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. R.N. Champlin. Hagnos
Ensinador Cristão. Ano 16 - nº 62. CPAD
Enciclopédia da Vida de Jesus. Louis Claude Fillion. Central Gospel
Introdução ao Novo testamento. D.A. Carson, Douglas J. Moo, Leon Morris. Vida Nova
Teologia Sistemática. Stanley M. Horton. CPAD
Lucas, O Evangelho de Jesus, o Homem Perfeito. José Gonçalves. CPAD

Pr. Manoel Flausino

Diretor de Ensino e Superintendente de Escola Dominical, escritor, formado em Teologia, Pedagogia e especialista em Psicopedagogia e Gestão de Pessoas

05/05/2015

Lição 6 – Mulheres que ajudaram a Jesus

Escola Bíblica Dominical Ass. de Deus Ministério Despertando Vidas
2º trimestre de 2015 –
Jesus, o Homem Perfeito. O Evangelho de Lucas, o médico amado

Lição 6 – Mulheres que ajudaram a Jesus

Introdução:

          No Antigo Testamento observamos algumas mulheres exercendo furte influência entre os judeus. O riso de Sara, os cânticos de Mirian, Débora e Ana revelam a alegria da mulher, fazendo sua parte na história da salvação. Rute é o exemplo de solidariedade da mulher oprimida. As parteiras no Egito, com coragem e astúcia tramam um novo projeto de sociedade. Nesta nova sociedade a vida deve ser defendida e preservada. Jael é exemplos de firmeza na luta de resistência (Juízes capts 4 e 5). Ester com determinação expõe a própria vida pela salvação de seu povo. Não podemos esquecer das profetizas Débora (Jz 4:4)  e Hulda ( 2 Cr 34:22).
         No Novo Testamento, não é diferente quanto a participação feminina na caminhada do Povo de Deus. Encontramos Maria a mãe de Jesus e as outras mulheres, as discípulas que permaneceram com Jesus ao pé da Cruz.
        No tempo de Jesus a situação da mulher era desprezível e não foi muito diferente das épocas anteriores. A mulher era marginalizada pelo simples fato de ser mulher. Vivia no silêncio e na obscuridade. Não era elencada como partícipe da sociedade. Ela só estava sujeita aos mandamentos da Lei, ou seja, tinham poucos direitos.


1)      Na genealogia de Jesus
Quando observamos a Genealogia de Jesus, percebemos o nome de Raabe, que fora uma prostituta  da cidade de Jericó, que só sobreviveu ao ataque do povo de Israel, porque escondeu os espias israelitas. Em Mateus (1.6, observamos o nome de outra mulher, Bete-Seba.
Em Jesus, o papel da mulher tem a sua devida relevância!

2)      Algumas atividades das mulheres
a)      As Mulheres Serviam Jesus e os Seus Discípulos no Seu Ministério: Luc. 8:1-3.
b)     Exerciam o Ministério da Hospitalidade: At 16.14,15
c)      Serviam no Ministério da Oração: At. 1.14; At 12.12

3)       Algumas mulheres que exerceram influência no ministério de Jesus
          Verificamos várias mulheres que tiveram suas vidas impactadas e transformadas por Jesus e se tornaram mulheres de honra como:

. Maria, a mãe de Jesus (João 2). Agraciada como mãe do Salvado. Educou Jesus para servir a humanidade, não foi como nós que, às vezes, queremos só perto de nós, porque entendeu o projeto de Deus para a vida do Filho e da humanidade.
. Marta e Maria, as irmãs de Lázaro (João 11.21-32). Uma família muito querida e amiga do Senhor Jesus. Maria foi também a mulher que ungiu o Senhor e enxugou os pés com os cabelos (João 11:2).
 . Maria Madalena (Lucas 8.2). A mulher possessa de demônios que foi liberta e se tornou seguidora, de perto, de Jesus. Ela foi, também, a primeira mulher para quem Jesus apareceu após ressuscitar (Marcos 16:9).
. A mulher do fluxo de sangue (Lucas 8.43-48). Esta foi curada depois de anos de tratamento. Foi em busca do Senhor, tocou na orla do seu manto e foi curada..
. A mulher Cananéia (Mateus 15.22). Ela, com ousadia, levou a filha endemoninhada e desenvolveu uma conversa com o Senhor que, aparentemente, não começou muito bem, mas no final, recebeu o que fora buscar, porque o Mestre não deixava ninguém sem resposta.
. A viúva de Naim (Lucas 7.12). Teve seu filho ressuscitado, quando estava levando o mesmo para o sepultamento. Jesus trouxe alegria e paz para Ella com este grande milagre.
. A mulher adúltera (João 8.1-11). Levado pelos anciãos para ser condenada por Jesus, porém o Mestre do coração, conhecedor de tudo, deu uma sentença que cancelou o apedrejamento.
. A mulher samaritana (João 4). Esta teve o privilégio em ter uma longa conversa com Jesus, e, após, abandonou o pecado e levou a Palavra para a cidade.
. Salomé (Marcos 15.40). A Bíblia mostra essa discípula fiel olhava de longe tudo o que Jesus enfrentava na Cruz, e até quando expirou ela estava presente, como outras mulheres também estavam.
. Maria, mãe de Tiago e José (Mateus 27.55,56). Ela era uma das mulheres que estava assistindo o momento da crucificação.
. A filha de Jairo (Lucas 8.40-42;49-56). Essa menina, aos 12 anos, teve sua história interrompida pela morte, mas foi ressuscitada por Jesus. Com certeza, sua vida e família nunca mais foram as mesmas.

4)      Conclusão
          As mulheres ganharam espaço na sociedade e na Obra do Senhor Jesus. Não podemos ignorar o que as valorosas servas do Senhor fizeram e continuam fazendo para a propagação do Evangelho. Jesus veio para quebrar e restaurar a condição e igualdade social (Gl 3.28).

Bibliografia
Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. R.N. Champlin. Hagnos
Ensinador Cristão. Ano 16 - nº 62. CPAD
Enciclopédia da Vida de Jesus. Louis Claude Fillion. Central Gospel
Introdução ao Novo testamento. D.A. Carson, Douglas J. Moo, Leon Morris. Vida Nova
Lucas, O Evangelho de Jesus, o Homem Perfeito. José Gonçalves. CPAD

Pr. Manoel Flausino

Diretor de Ensino e Superintendente de Escola Dominical, escritor, formado em Teologia, Pedagogia e especialista em Psicopedagogia e Gestão de Pessoas.