26/01/2017

Lição 5 - PAZ DE DEUS ANTÍDOTO CONTRA AS INIMIZADES

Introdução

Como posso sentir a paz de Deus inundando todo o meu ser quanto tenho ao meu redor com tantas coisas para realizar, com tanta pressão seja interna ou externa? As preocupações nos rodeiam, o medo vive, diariamente, ao nosso lado e a ansiedade toma conta de nós. Porém, como filhos de Deus e templo do Espírito Santo, temos um meio para driblarmos estas preocupações, este medo e esta ansiedade. Este meio é a perfeita paz de Deus que não espera por momentos perfeitos e certinhos para fazer morada em nosso coração.
O antídoto literalmente falando é uma substância que funciona como contraveneno, ou aquilo que evita, corrige ou contraria algo desagradável. Agora, espiritualmente falando, antídoto significa um remédio poderoso contra as inimizades e, esse remédio é termos o fruto da paz divina implantada em nossos corações. Nesse caso tendo o fruto da paz em nossos corações, não geraremos em nosso interior qualquer sentimento negativo que possa aflorar em determinadas circunstâncias emblemáticas que envolvam nosso relacionamento com outras pessoas.

1 - INQUIETAÇÕES E INIMIZADES
A palavra inimizade em grego é echthra, tendo essa a ver com a inimizade com Deus (Rm. 8.7), entre as pessoas (Lc. 23.12) e a hostilidade entre grupos (Ef. 2.14-16). Trata-se, portanto, de uma obra da carne (Gl. 5.20), de pessoas que não conseguem desfrutar da paz de Deus, e por isso, se inquietam com muitas coisas (Lc. 10.38-42). As pessoas estão demasiadamente preocupadas, a ansiedade pelas coisas deste mundo tornou-se uma prática comum. Por isso Jesus orientou seus discípulos não viverem inquietos, a aprenderem a confiar na provisão divina (Mt. 6.25). O desejo desenfreado pelas coisas deste mundo, que se manifesta por meio da cobiça, é uma demonstração de carnalidade (Tg. 4.2,3), que serve apenas para tirar a paz, e fomentar a segregação (Tg. 2.8,9). A igreja de Corinto estava tomada por esse sentimento de partidarismo, havia entre seus membros discórdias, principalmente em relação às lideranças eclesiásticas (I Co. 1.12,13). A inimizade é danosa para a vida da igreja, porque compromete sua unidade espiritual (Jo. 17.21). 

A PAZ QUE EXCEDE TODO ENTENDIMENTO
PAZ – DICIONÁRIO STRONG EM PORTUGUÊS - ειρηνη – eirene –
O antídoto contra as inimizades na igreja é a paz de Deus que excede todo entendimento (Fp. 4.7). Essa é uma paz diferente daquela apregoada pelo mundo, é a paz que somente Jesus pode dar, com a qual é possível encontrar tranquilidade, mesmo diante das situações mais adversas (Jo. 14.27). Essa paz, cujo termo grego é eirene, diz respeito a um estado de quietude, tranquilidade, harmonia e confiança, produzida no crente pelo Espírito Santo. Aqueles que são súditos do Reino de Deus desfrutam dessa plena paz (Rm. 14.17). Essa é uma paz que também deve ser buscada, se possível com todas as pessoas (II Co. 13.11; Hb. 12.14). Por se tratar de um fruto do Espírito, é algo que deve ser desenvolvido (Tg. 3.18). A paz, enquanto virtude do fruto do Espírito, tem início na conversão, quando passamos a desfrutar da paz com Deus (Rm. 5.1,2). Isso tem a ver com o ministério da reconciliação, que aconteceu por meio de Cristo que nos levou a Deus (II Co. 5.18-20). 

2 - PAZ QUE GERA CONFIANÇA
O profeta Isaias afirma que Deus conservará “em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti” (Is. 26.3). A fim de cultivar a verdadeira paz, precisamos investir nos valores espirituais, e aprender a confiar cada vez mais em Deus. Desfrutamos dessa paz na medida em que depositamos no Senhor nossa confiança, e estamos cientes que Ele suprirá nossas necessidades (Fp. 4.19). Muitos crentes alimentam sentimentos facciosos porque perderam Jesus de vista, e por valorizarem mais as coisas terrenas do que as celestiais (Hb. 12.2). Somente os que confiam no Senhor serão como os montes de Sião que não se abalam, mas permanecem para sempre (Sl. 125.1). 

CONCLUSÃO

Dentre as obras da carne, as inimizades se apresentam como resultado das inquietações da alma humana. Há muitas pessoas que querem se sobrepor umas sobre as outras, na maioria dos casos por causa da ostentação e da ganância. O antídoto contra essa atitude é investir na paz de Deus, relacionada à paz com Deus, que excede todo entendimento. Aqueles que desfrutam dessa paz, aprenderam a experimentar as riquezas de Cristo, por isso não se atribulam diante das águas turbulentas.

Referências Bibliográficas 

As Obras da Carne e o Fruto do Espírito. Osiel Gomes. CPAD
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
Bíblia de Estudo do Expositor
Bíblia de Estudo Pentecostal
Comentário Bíblico Beacon. CPAD
Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. R.N. Champlin. Hagnos
O poder e a mensagem do Evangelho. Paul Washer. Fiel
Um verdadeiro Arrependimento. Manoel Flausino. Inteligência Editorial
Revista Ensinador Cristão. CPAD
Verdadeiro Evangelho. Paul Washer. Fiel

Pr. Manoel Flausino
Diretor de Ensino e Superintendente de Escola Dominical, escritor, formado em Teologia, Pedagogia e especialista em Psicopedagogia e Gestão de Pessoas, dirigente da Congregação Fonte das Águas MDV.
Contatos para palestras, congressos, mensagens:
(21) 99439-0392 (claro)

19/01/2017

Lição 4 - Alegria,Fruto do Espírito; Inveja, Hábito da Velha Natureza


Introdução:

Quando o apóstolo Paulo escreveu sua Epístola aos Gálatas, ele falou sobre os perigos das obras da carne e a importância do fruto do Espírito como uma característica natural do caráter cristão.

Entre as práticas da carne, podemos encontrar a inveja, um terrível hábito da natureza humana corrompida pelo pecado. Por outro lado, a alegria é destacada pelo apóstolo como fazendo parte do fruto do Espírito.

Ao estudarmos a  Epístola de Paulo aos Filipenses nos deparamos com uma realidade que parece incoerente à compreensão humana. Paulo estava preso na ocasião em que escreveu a carta enviando-a através de Epafrodito (um companheiro de ministério muito amado pelo povo de Filipos). Como pode um homem preso, escrever uma carta tão alegre? Pode um homem se alegrar em meio ao perigo? Pode um homem louvar ao Senhor numa situação triste ou numa prisão?

Nós encontramos nos 4 capítulos da Epístola Aos Filipenses uma quantidade significativa das palavras “alegria”, “regozijo”, “gozo”, “regozijai” e “alegrai”, além de muitas citações de demonstração de felicidade.

Entre as práticas da carne, podemos encontrar a inveja, um terrível hábito da natureza humana corrompida pelo pecado. Por outro lado, a alegria é destacada pelo apóstolo como fazendo parte do fruto do Espírito.



I- Alegria, Felicidade Interior

Paulo menciona a alegria como uma das virtudes do fruto do Espírito. Entretanto, essa alegria é bem diferente da alegria comum, superficial e passageira experimentada pelo mundo. Essa alegria é incomparável, ela é “indizível e gloriosa” como escreveu o apóstolo Pedro (1Pe 1:18).

A alegria do mundo é incapaz de satisfazer as necessidades da alma, ela serve apenas como um disfarce temporário que no final sempre fracassa. Além disto, a alegria terrena busca prazer naquilo que é reprovável perante a Palavra de Deus.

Por outro lado, a alegria como virtude de uma vida controlada pelo Espírito provém do prazer em obedecer a Palavra de Deus (cf. Sl 119:16,24,35).

O mandamento da alegria está espalhado nas Escrituras Sagradas: nos livros da lei (Dt 16.11), nos Salmos (Sl 32.11), nos profetas (Zc 9.9), nos Evangelhos (Lc 10.20), nas Epístolas (Fp 4.4) e no Apocalipse (Ap 19.7). A alegria é também fruto do Espírito (Gl 5.22), é consequência do perdão e da salvação (Lc 10.20), é promessa a ser totalmente contemplada no futuro (Hb 11.39-40), é combustível e celebração da missão (Sl 126.6; Lc 15.7).

II- Inveja, o Desgosto Pela Felicidade Alheia

A inveja certamente é um dos vícios mais destrutivos da alma. O termo grego utilizado por Paulo para se referir à inveja como um dos furtos da carne se enfatiza o desagrado que nasce em alguém ao ver o que o outro possui. Além disso, a própria etimologia grega dessa palavra transmite a ideia de que tal sentimento leva a pessoa a consumir-se.
A inveja sempre esteve presente na humanidade desde a Queda do homem. O primeiro homem nascido, Caim, demonstrou uma espécie de ira invejosa quando assassinou seu irmão Abel (Gn 4).

Também foi a inveja que serviu de combustível para que os irmãos de José o lançassem no poço. A inveja também pôde ser vista na rebelião de Coré, Datã e Abirão contra Moisés e Arão (Nm 16-17).

Mais tarde, Saul também perseguiu Davi por causa da inveja. Na Parábola do Filho Pródigo, a inveja também estava expressa nas duras palavras ditas pelo filho mais velho a seu pai. Em Mateus 27:18, vemos que a inveja estava presente como motivação para as acusações contra Jesus.

rei Salomão definiu a inveja como sendo a “podridão dos ossos” (Pv 14:30). Escrevendo a Tito, Paulo destacou a inveja como sendo um comportamento típico de uma vida não regenerada (Tt 3:3).

III- A Alegria do Espírito é Para Ser Vivida

A alegria do fruto do Espírito não significa ausência de problemas e dificuldades. Na verdade, aos olhos humanos essa alegria pode parecer até um paradoxo, como o apóstolo Paulo ensinou na expressão “entristecidos, mas sempre alegres” (2Co 6:10), ou seja, os verdadeiros seguidores de Cristo estão sempre alegres mesmo nas piores circunstâncias, pois nos momentos mais dolorosos eles podem desfrutar do consolo do Espírito Santo.

A alegria que o Espírito Santo promove em nós deve ser vivida, aproveitada e refletida em nossas ações, com a certeza de que a alegria que hoje sentimos se revelará ainda maior quando encontrarmos o nosso Senhor no grande dia de sua vinda.

Conclusão:

Como cristãos verdadeiros, pessoas que foram regeneradas pelo Espírito Santo, devemos mortificar nossa carne através de uma vida guiada pelo Espírito. Assim, não devemos nos conformar ou aceitar os hábitos pecaminosos da nossa velha natureza decaída, como a inveja, por exemplo, mas devemos viver a cada dia da maneira que agrada a Deus, guardando a sua Palavra e nos deleitando na comunhão que temos em Cristo Jesus.


Referências Bibliográficas 

As Obras da Carne e o Fruto do Espírito. Osiel Gomes. CPAD
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
Bíblia de Estudo do Expositor
Bíblia de Estudo Pentecostal
Comentário Bíblico Beacon. CPAD
Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. R.N. Champlin. Hagnos
O poder e a mensagem do Evangelho. Paul Washer. Fiel
Um verdadeiro Arrependimento. Manoel Flausino. Inteligência Editorial
Revista Ensinador Cristão. CPAD
Verdadeiro Evangelho. Paul Washer. Fiel

Pr. Manoel Flausino
Diretor de Ensino e Superintendente de Escola Dominical, escritor, formado em Teologia, Pedagogia e especialista em Psicopedagogia e Gestão de Pessoas, dirigente da Congregação Fonte das Águas MDV.
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10/01/2017

Lição 3 - O Perigo das Obras da Carne

Orientação Pedagógica: A didática é considerada arte e ciência do ensino, ela não objetiva apenas conhecer por conhecer, mas procura aplicar seus princípios com a finalidade de desenvolver no individuo as habilidades cognitivas para torná-los críticos e reflexivos. É dever do professor garantir  uma relação didática entre ensino e aprendizagem, tendo em mente a formação individual da personalidade do aluno . Por meio da aula o docente organiza esse processo de ensino e transmite aos alunos o conhecimento adquirido durante seu processo de formação. O trabalho docente é parte integral do processo educativo aos quais os indivíduos são preparados para viver em sociedade, o educador deve formar alunos que sejam cidadãos ativos, reflexivos, críticos e participativos na sociedade em que vivem. A didática tem grande relevância no processo educativo de ensino e aprendizagem, pois ela auxilia o docente a desenvolver métodos que favoreça o desenvolvimento de habilidades cognoscitivas tornando mais fácil o processo de aprendizagem dos indivíduos.

Introdução.

No Novo Testamento, temos a descrição da plena vida no Espírito Santo: "Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós; acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição" - Colossenses 3.12-14.

I - A concupiscência da carne.

A palavra concupiscência é um termo usado teologicamente para expressar os desejos malignos e libidinosos que assediam as pessoas que vivem em vida pecaminosa. Expressamente, a palavra significa "desejos físicos", diz respeito aos interesses lascivos que dominam a mente humana. É a velha natureza manifestando as ações do velho homem, suas piores ações voluptuosas e abominações que, com certeza desagradam a Deus.

Carnal: esta palavra aparece somente no Novo Testamento, embora o termo "carnalmente" seja encontrado três vezes no Antigo Testamento. "Carnal" aparece onze vezes no Novo Testamento, e "carnalmente" apenas uma vez. "Carnal" significa "pertinente à carne". O substantivo em grego (sarx) significa basicamente o corpo de um animal ou de uma pessoa, ou a carne de um animal. No entanto, no Novo Testamento, o termo "carnal" algumas vezes está literalmente relacionado à carne, e algumas vezes à antiga natureza humana corrompida por Adão, que é encontrada em todos os homens.

II  A VIDA CONDUZIDA PELA CONCUPISCÊNCIA DA CARNE
 
1 Jo 2.16 “Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não vem do Pai, mas sim do mundo.”
 
Mundanismo- [Do lat. mundanus] Conformação ideológica e emocional ao sistema implantado por Satanás, cujo principal objetivo é levar o ser humano a deificar o material em detrimento do espiritual. O apelo básico do mundanismo é realçar o que se vê, o que se pega e o que se sente. É, portanto, um sistema diametralmente oposto ao Reino de Deus, cuja maior virtude acha-se na fé que devotamos ao Senhor Nosso Deus.
Três coisas caracterizam o mundanismo: a concupiscência dos olhos, a concupiscência da carne e a soberba da vida. Esta última é a tônica de todos os que fazem do mundanismo a norma de sua vida.


 
1. A concupiscência da carne. 

Concupiscência 1 -
A palavra luxúria, empregada em várias versões da Bíblia Sagrada, abrange uma grande variedade de desejos.
a. Forte desejo. Pode ser um desejo ardente (heb. nephesh), como o do exército egípcio para alcançar e destruir Israel no Mar Vermelho (Êx 15.9); ou dos negociantes ansiosos (epithumias) para auferir os lucros de seus empreendimentos comerciais (Ap 18.14); ou simplesmente um desejo (gr. epithumia) ou uma ambição por outras coisas (Mc 4.19).
b. Desejo excessivo, forte anseio, luxúria no sentido de excesso (heb. ta'awa, Nm 11.4,34; SI 78.30). Muitas coisas boas quando feitas em excesso para a autogratificação se tornam luxúria, como por exemplo, comer demais, gastar tempo demais com o prazer (Rm 13.14).
c. Um desejo consumidor pelo que é bom, isto é, zelo pelo que é correto. O termo gr. epithumia, quando usado para o que é verdadeiramente um zelo piedoso, foi traduzido como "desejo" em Lucas 22.15; Filipenses 1.23; 1 Tessalonicenses 2.17. Este uso do termo grego mostra claramente que é o objeto de desejo de uma pessoa ou sua motivação (e não sua intensidade), que torna esse desejo certo ou errado.
d. A luxúria como um anseio por aquilo que é proibido. Esse é o uso mais comum do termo. Paulo revela que Deus entregou o homem caído às suas próprias concupiscências (epithumiais, Rm 1.24). Ele cita o mandamento do AT, "Não cobiçarás" (Êx 20.17; Dt 5.21), em Romanos 7.7, mostrando que cobiçar aquilo que não é seu é uma forma de luxúria. Aparentemente, esse era o próprio pecado costumeiro de Paulo com o qual ele teve que lutar mais vigorosamente após sua conversão (Rm 7.7-25).
A concupiscência {epithumia), Tiago declara, é uma causa raiz do pecado (Tg 1.14,15), que por sua vez leva à morte. O caminho de derrocada da luxúria é retratado em Romanos 1.24-32. Tiago também usa um outro termo, o gr. hedone, em 4.1,3 para explicar que as discussões e conflitos entre os crentes resultam da luxúria e dos prazeres que combatem nos próprios membros de seus corpos. A palavra também ocorre como "deleites da vida" em Lucas 8.14 e como "escravos de toda sorte de paixões [epithumiais] e prazeres" ou "servindo a várias concupiscências [epithumiais] e deleites" em Tito 3.3. 
 
Concupiscência – 2
 
Um termo usado teologicamente para expressar os desejos malignos e lascivos que assediam os homens caídos (Rm 7.8; Cl 3.5; 1 Ts 4.5).
A opinião bíblica Reformada vê a concupiscência como a lascívia que leva a pecar, desenvolvida quando o homem rebelou-se contra Deus e caiu. Ela é pecaminosa em si, e revela a corrupção de toda a natureza do homem e o pecado que está nele. Não só as ações voluntárias são pecado, mas os pensamentos intencionais (Gn 6.5; Mt 5.28). Paulo fala disto em Romanos 7 quando reconhece sua própria fraqueza e tendência a pecar. A concupiscência só pode ser vencida através do reconhecimento de que a natureza caída em nós está julgada (Rm 8.3); e então devemos passar a andar no Espírito, e deixar que Ele mantenha a lei de Deus em nós (Rm 8.4). Isto significa ter uma vida cheia do Espírito.
A velha natureza precisa ser controlada pelo ESPÍRITO para que não venhamos a cair em péssimas ações e abominações. Se vivemos vigiando e vivemos constantemente cheios do ESPÍRITO SANTO (Ef 5.18) então somos mais do que vencedores. Quem semeia na carne, ou seja, vive segundo a velha natureza, da carne ceifará corrupção (Gl 6.8).  Só há um viver que agrada a DEUS - viver no Espírito. Isso significa vitória sempre sobre o pecado e seus domínios maléficos.
Concupiscência (Dicionário Teológico)
[Do lat. concupiscentia] Apetite carnal exagerado e insaciável. Como a concupiscência advém da cobiça, os Dez Mandamentos encerram-se justamente com uma advertência contra o desejo de se possuir o que não se tem direito (Ex 20.1-17). Embora associada à sexualidade, a concupiscência tem o cerne no orgulho e na altivez do espírito. Pois delicia-se em quebrantar as ordenanças divinas quanto à satisfação dos instintos básicos: fome, sexo, segurança etc.A concupiscência é condenada energicamente pela Bíblia (1 Jo 2.15-17). É tida como algo efêmero, passageiro e tremendamente prejudicial à vida piedosa.
 
2. A vida guiada pela concupiscência da carne. (Eva achou o fruto desejável de se comer)
No homem natural já habita a concupiscência da carne e o domínio é de Satanás, mas no crente a concupiscência da carne está debaixo do domínio do Espírito, portanto não podemos ceder aos apetites da carne, mas refreá-los e vencermos pela ajuda do ESPÍRITO SANTO em nós. Quando chega o pensamento, a intenção, ai já começa a batalha. É hora de orarmos repreendendo esse mal em nós e se preciso, repreender o inimigo que se aproxima. Podemos nesta hora lermos na bíblia ou nos lembrarmos do que já lemos sobre este desejo pecaminoso. Às vezes será necessário buscar ajuda de um líder.
Na concupiscência da carne as tentações acontecem no corpo, pelos 5 sentidos.
Na soberba da vida o ataque é no espírito, é no desejo de ser grande, famoso, de ser rico, etc... (Eva pegou o fruto e o comeu porque queria ser igual a DEUS).
 
3. A vida conduzida pela concupiscência dos olhos. (Eva olhou o fruto e achou bonito)
O desejo entra pelos olhos, pela cobiça, pelo desejo de possuir o que se vê e se acha belo ou prazeroso.
 
Sem manter sua comunhão com DEUS, o ser humano dá asas a seus sentimentos mais perversos e os permite em sua mente até que os liberta da prisão em que estavam depois de se converter.
 
Um crente que não vive sendo controlado pelo ESPÍRITO SANTO e sim por seus instintos, torna-se semelhante aos animais. Não existe nele mais o desejo pelas coisas de cima e agora só anseia pelas temporais, humanas e diabólicas.
Davi viu e desejou a mulher de Urias, e o seu desejo descontrolado o levou a cometer um adultério e um homicídio (2Sm 11.1-4).
Sansão antes de se tornar cego dos olhos naturais já estava cego espiritualmente. Brincou com Satanás e o resultado foi funesto.
 
III. A DEGRADAÇÃO DO CARÁTER CRISTÃO
 
1. O caráter. 
No grego, caráter é charaktēr e significa “estampa”, “impressão” e “marca”. Qualidade do crente que o faz agir de acordo com o que, pela lei de Deus, é considerado certo, justo e próprio; integridade (Sl 25.21; Ef 4.24, RA
Segundo o Dicionário Houaiss é “um conjunto de traços psicológicos e, ou morais, que caracterizam um indivíduo”. O caráter não é inato e pode ser mudado.
 
2. O caráter moldado pelo ESPÍRITO. 
Uma nova vida em Cristo. Um novo caráter deve vir a velha natureza deve morrer, uma vez que a pessoa se revista da nova natureza (3.5-14); novos princípios de vida devem ser adotados - a paz dominando o coração, a Palavra habitando no salvo, e a graça inspirando a canção do coração (3.15-17); uma nova conduta deve ser mostrada nos relacionamentos domésticos, e no evangelismo entre aqueles que são do mundo (3.18-4.6).
Ao darmos autorização ao ESPÍRITO SANTO de nos guiar, conduzir, dominar, então Este nos molda à semelhança de JESUS. As qualidades do fruto do ESPÍRITO (Gl 5. 22), que já está em nós desde o dia em que nos convertemos, passam a ser vistas e a produzirem vidas para o reino de DEUS. Nosso novo caráter agora é de um cristão e nossas ações (Mt 5.16) demonstram que tivemos um encontro real com o Salvador. Na igreja, vemos  que existem aqueles que são transformados por JESUS mais rapidamente e constatamos que a maioria não.
Quem está em CRISTO é uma nova criatura e como tal procura andar em novidade de vida, pois já se despiu do velho homem, da natureza adâmica (2Co 5.17).

CONCLUSÃO 
A vida conduzida pela concupiscência da carne é uma vida sem DEUS. A concupiscência da carne é sempre morte. A vida guiada pela concupiscência da carne é uma vida desprovida de alegria e paz. A vida conduzida pela concupiscência dos olhos é uma vida de atrações pecaminosas. A degradação do caráter cristão se dá pela falta de condução do ESPÍRITO SANTO. As qualidades do fruto do ESPÍRITO não desabrocham. O caráter é o resultado de uma vida. O caráter moldado pelo espírito produz vida em abundância e aparência de CRISTO no cristão. Podem acontecer ataques ao caráter cristão, se o crente ceder terá uma vida que não agrada a DEUS. O Viver segundo a carne é seguir o caminho da perdição e condenação eterna. não continue vivendo como espinheiro que só serve para espetar os outros e não produz nada no reino espiritual de DEUS, não tenha uma vida infrutífera para DEUS. 
Quem vive segundo a carne não pode agradar a DEUS. E a vida sem DEUS torna-se infrutífera.

Referências Bibliográficas 

As Obras da Carne e o Fruto do Espírito. Osiel Gomes. CPAD
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
Bíblia de Estudo do Expositor
Bíblia de Estudo Pentecostal
Comentário Bíblico Beacon. CPAD
Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. R.N. Champlin. Hagnos
O poder e a mensagem do Evangelho. Paul Washer. Fiel
Um verdadeiro Arrependimento. Manoel Flausino. Inteligência Editorial
Revista Ensinador Cristão. CPAD
Verdadeiro Evangelho. Paul Washer. Fiel

Pr. Manoel Flausino
Diretor de Ensino e Superintendente de Escola Dominical, escritor, formado em Teologia, Pedagogia e especialista em Psicopedagogia e Gestão de Pessoas, dirigente da Congregação Fonte das Águas MDV.
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04/01/2017

Lição 2 - O Propósito do Fruto do Espírito

Orientação pedagógica: A importância do Plano de aula

Apesar de todos entenderem o planejamento como algo fundamental para a ação de qualquer indivíduo, para efetivar algum projeto e apesar de ser fundamental para os professores, alguns ainda ministram suas aulas improvisadas. O planejamento de aula é de fundamental importância para que se atinja êxito no processo de ensino-aprendizagem. A sua ausência pode ter como conseqüência, aulas monótonas e desorganizadas, desencadeando o desinteresse dos alunos pelo conteúdo e tornando as aulas desestimulantes. De acordo com Libâneo “o planejamento escolar é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das atividades didáticas em termos de organização e coordenação em face dos objetivos propostos, quanto a sua revisão e adequação no decorrer do processo de ensino”. 
Entre os elementos que devem compor um plano de aula estão:
-clareza e objetividade;
- Atualização do plano periodicamente;
- Conhecimento dos recursos disponíveis da escola;
- Noção do conhecimento que os alunos já possuem sobre o conteúdo abordado;
- Articulação entre a teoria e a prática;
- Utilização de metodologias diversificadas, inovadoras e que auxiliem no processo de ensino-aprendizagem;
- Sistematização das atividades com o tempo;
- Flexibilidade frente a situações imprevistas;
- Realização de pesquisas buscando diferentes referências, como revistas, jornais, filmes entre outros;
- Elaboração de aulas de acordo com a realidade sociocultural dos estudantes.

INTRODUÇÂO

Nesta lição estudaremos a definição de Fruto do Espírito como também estudaremos a vida pautada e direcionada pelo Espírito, como ainda mencionaremos o propósito do Fruto na vida do Cristão.


I– DEFINIÇÃO DA PALAVRA “FRUTO”

O termo fruto no Novo Testamento é a tradução do original “karpos”, que tanto pode significar “o fruto”, quanto “dar fruto”, “frutificar” ou ser “frutífero” (Mt 12.33; 13.23; At 14.17). Na Bíblia, também é empregado em sentido figurado para indicar o resultado de algo, por exemplo: o produto do ventre e dos animais (Dt 28.11); o caráter do justo (Sl 1.30; Pv 11.30); a índole do ímpio e as atitudes dos homens (Pv 1.29-32; Jr 32.19); a mentira (Os 10.13); a santificação (Rm 6.22); a justiça (Fp 1.11), o arrependimento (Lc 3.8) etc.

Segundo Champlin, o Fruto do Espírito apesar de estar no singular provavelmente por causa das virtudes e qualidades morais e espirituais cultivadas pelo Espírito de Deus na vida do cristão

Para Jimmy Swaggart o Fruto deve considerar-se como inteiro, quer dizer que cresçam igualmente. Neste sentido, Champlin nos informa que o Fruto é implantado de uma vez só, em que todos os seus aspectos são apenas partes integrantes de um único desenvolvimento espiritual.

O “Fruto do Espírito” é um termo bíblico que engloba nove atributos visíveis de uma vida cristã verdadeira.

II– O FRUTO DO ESPÍRITO E O CARÁTER CRISTÃO

Na epístola aos Gálatas o apóstolo Paulo apresenta as evidentes marcas daqueles que experimentam o novo nascimento. Aqueles que se deixam dominar pelo Espírito Santo dão “fruto”. Um conjunto de virtudes (nove ao total) que autenticam a vida daquele que é regenerado: (Gl 5.22-23). Notemos alguns princípios do fruto do Espírito:

2.1 O princípio das virtudes (Gl 5.22,23). Nove virtudes advindas de um mesmo Espírito. Virtudes indissociáveis que compõe uma unidade essencial nesse fruto. Virtudes que contrastam obrigatoriamente as chamadas “obras da carne”. Não são adornos para sofisticar nossa imagem, são qualidades essenciais que escancaram a relevante ação do Espírito Santo na vida do cristão.

2.2 O princípio da frutificação. Se somos cristãos temos que produzir fruto daquele quem nos criou, afinal, quando olhamos o fruto em uma árvore reconhecemos o nome da mesma (Lc 6.44).  Logo, o crente regenerado pelo Espírito Santo deve originar fruto que dignifique e reflita o caráter moral de Cristo, e a frutificação espiritual segue a mesma regra.

2.3 O princípio das atitudes (Mt 7.15-20). No sentido bíblico, o fruto está associado com nossas atitudes, com a vida na prática. O fruto do Espírito deve estar sempre de acordo com os ensinos de Cristo (Lc 6.43-49), para que possamos estar sempre como uma vara ligada em Cristo para que possamos dar muitos frutos (Jo 15. 2-5). “Sou o que ora devolvo ao mundo, não com minhas palavras, elas me escondem; mas com os meus gestos, eles me revelam.” Álvaro de Campos

2.4 O princípio da santificação (Jo 15.3). O Fruto do Espírito Santo produz santificação e ajuda o crente a ser mais submisso ao senhorio de Cristo, através de uma limpeza pela palavra, o que conduzirá o homem à santificação (Jo 17.17), apresentando a verdade (Jo 8.32, 36), tornando o salvo um eterno discípulo de nosso Senhor (Jo 8.31), o que ajudará o crente a dominar a sua velha natureza (2Co 5.17; Gl 5.16-17). O que culminará em uma santificação de dentro para fora, ou seja, do espírito, alma e corpo, ensinando-nos o que é realmente andar no espírito (Gl 5.16), manifestando assim a verdadeira santidade.

III – A VIDA CONTROLADA PELO ESPÍRITO
Em João 15.1,2 Jesus usou a metáfora da videira para comunicar a necessidade de um relacionamento vital entre ele e o crente a fim de que haja a produção do fruto Espírito Santo. Esta é a maneira que evidencia que somos discípulos de Cristo. (Mt 7.16; 5.13-16) É através do fruto do Espírito Santo que Deus é glorificado em nossa vida, e assim muitos são abençoadas através de nosso bom testemunho (Jo 15.8). O fruto do Espírito desenvolve no crente um caráter semelhante ao de Cristo, que reflete a imagem de sua pessoa e a natureza santa de Deus. Notemos o que acontece com uma vida controlada pelo Espírito Santo:

3.1 Uma vida frutífera. Quando o crente não se submete ao Espírito Santo, cede aos desejos da natureza pecaminosa. Mas, ao permitir que Ele controle sua vida, torna-se um solo fértil, onde o fruto é produzido. Mediante o Espírito, conseguimos vencer os desejos da carne e viver uma vida frutífera. Para mostrar o quanto é acentuado o contraste entre as obras da carne e o fruto do Espírito, o escritor aos Gálatas alistou-os no mesmo capítulo (Gl 5).

3.2 Uma vida com maturidade e equilíbrio. A Palavra de Deus afirma que o crente é recompensado ao dar toda a liberdade ao Espírito Santo para produzir, em seu interior, as qualidades de Cristo. O capítulo 1 de 2 Pedro trata da necessidade de o crente desenvolver as dimensões espirituais da vida cristã. Com este crescimento, vem a maturidade e a estabilidade fundamentais para uma vida vitoriosa sobre a natureza velha e pecaminosa do homem (2Pe 1.10b.11).

3.3. Uma vida com os dons espirituais junto ao fruto do Espírito. Os dons espirituais e o Fruto do Espírito devem caminhar juntos para que a Igreja seja plenamente edificada e o nome do Senhor, glorificado (Ef 2.10). Portanto, só viremos a aferir a espiritualidade de um crente através de suas obras realizadas mediante o fruto do Espírito e não apenas por seus dons espirituais (1Tm 5.25). Os dons estão relacionados ao que fazemos para Deus, enquanto que o fruto está relacionado ao que Deus, através do Espírito Santo, realiza em nós, moldando-nos o caráter de acordo com a entrega do nosso inteiro ser a Ele, e de conformidade com as demandas de sua Palavra (Mt 5.16).

IV – OS PROPÓSITOS DA FRUTIFICAÇÃO ESPIRITUAL
A Bíblia fala de diferentes níveis de frutificação: o fruto (Jo 15.2a); mais fruto (Jo 15.2b); muito fruto (Jo 15.5,8) e o fruto permanente (Jo 15.16). Todos nós que já possuímos uma aliança com Deus fomos designados para darmos o fruto do Espírito Santo a fim de que sejamos espirituais e não mais carnais. O caminho para a frutificação é ser sensível à voz do Espírito Santo em nosso interior. Vejamos quais os propósitos da frutificação espiritual na vida do crente salvo:

5.1 Expressar o caráter de Cristo. Todo fruto revela sua árvore de origem (Gn 1.11), e da mesma maneira, como membros do corpo de Cristo, devemos refletir naturalmente o seu caráter para que o mundo o veja em nós. Quando as pessoas tomam conhecimento de nossa confissão cristã, podemos vir a ser a única “bíblia” que muitas delas “lerão”. O fruto do Espírito mostra que somos pessoas diferentes em todo o nosso padrão de vida, tais como: modo de viver, agir, pensar, etc. O fruto do Espírito dá resultado de uma transformação total de vida (Fp 4.8,9; Mt 12.33; Rm 12.2).

5.2 Evidenciar o discipulado. Jesus ensinou que devemos dar “muito fruto” a fim de confirmarmos que somos seus discípulos (Jo 15.8). Ele ressaltou que todo discípulo bem instruído será como o seu mestre (Lc 6.40). Isto significa que não é o bastante aceitar Jesus. Ele deseja que produzamos muito fruto. Se assim fizermos, estaremos demonstrando que verdadeiramente somos seus discípulos.

CONCLUSÃO

Se entregarmos todo o controle de nossa vida ao Espírito Santo, Ele, infalivelmente, vai produzir o seu fruto em nós através de uma ação contínua e abundante. Como cristão, tudo que concerne ao caráter santificado, ou seja, a nossa semelhança com Cristo, é obra do Santo Espírito “até que Cristo seja formado em vós” (Gl 4.19).


Referências Bibliográficas 

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
Bíblia de Estudo do Expositor
Bíblia de Estudo Pentecostal
Comentário Bíblico Beacon. CPAD
Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. R.N. Champlin. Hagnos
O poder e a mensagem do Evangelho. Paul Washer. Fiel
Um verdadeiro Arrependimento. Manoel Flausino. Inteligência Editorial
Revista Ensinador Cristão. CPAD
Verdadeiro Evangelho. Paul Washer. Fiel

Pr. Manoel Flausino
Diretor de Ensino e Superintendente de Escola Dominical, escritor, formado em Teologia, Pedagogia e especialista em Psicopedagogia e Gestão de Pessoas, dirigente da Congregação Fonte das Águas MDV.
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