05/04/2016

Lição 2 - A Necessidade Universal da Salvação em Cristo


Orientação Pedagógica:
O Papel da didática:


     A didática para assumir um papel significativo na formação do educador não poderá reduzir-se e dedicar-se somente ao ensino de meios e mecanismos pelos quais desenvolver um processo de ensino-aprendizagem, e sim, deverá ser um modo crítico de desenvolver uma prática educativa forjadora de um projeto histórico, que não será feito tão somente pelo educador, mas, por ele conjuntamente com o educando e outros membros dos diversos setores da sociedade.
      A didática deve servir como mecanismo de tradução prática, no exercício educativo, de decisões filosófico-políticas e epistemológicas de um projeto histórico de desenvolvimento do povo. Ao exercer seu papel específico estará apresentando-se como o mecanismo tradutor de posturas teóricas em práticas educativas.

Introdução

“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” Romanos 3.23

Na lição de hoje, lembraremos que todas as pessoas necessitam, carecem do perdão de Deus. Através do arrependimento e a fé em Cristo Jesus, temos a garantia da nossa salvação; porém, sem a Graça de Deus, não nos resta esperança alguma.

“Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma certa expectação horrível de juízo, e ardor de fogo, que há de devorar os adversários.” (Hb 10.26,27)

I – Definindo o pecado

O vocábulo pecado vem do lat. Peccatu e significa falta de conformidade com a lei de Deus, em estado, disposição ou conduta. No grego, é hamartia, errar o alvo (fracassar), significando fracasso em não atingir um padrão conhecido, mas antes, desviando-se do mesmo.

De acordo com Champlin (Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, pág 145) nossos pecados são passos falsos, isto é, paraptoma, no grego (Mt 6.14; Ef 2.1).

Na definição de Berkhof (Teologia Sistemática pág 215), pecado é o resultado de uma escolha livre, porém má, do homem. Este é o ensino claro da Palavra de Deus (Gn 3.1-6; Is 48.8; Rm 1.18-32; 1 Jo 3.4)

“O pecado que marca a vida de todos os homens é a própria antítese de glorificar a Deus, e isso demonstra quão inapropriado e inadequado o homem se tornou.[5] Ele se arrancou do propósito para o qual Deus o fez e se desligou da única razão de sua existência. Ele deixou a glória do Deus incorruptível e fez para si um objeto de adoração.[6] Ele rejeitou a vontade de Deus e submeteu-se a si mesmo.” Paul Washer

Todas as formas do pecado, ou seja, todo o pecado nos levam ao caminho oposto ao de Deus. O pecado nos separa de Deus e nos leva para longe Dele. Todo pecado gera consequências; a Bíblia diz que a consequência mais terrível do pecado é a morte (que significa a morte física e a separação total de Deus, que é o inferno) (Rm 6:23). O pecado tem o poder de nos levar ao inferno (Is 59.1,2)

II – Destituídos da Glória de Deus

Toda e qualquer maneira do homem se reconciliar com o Senhor, sem Jesus Cristo, é vão. Destituídos da Glória de Deus significa que não participam da Salvação Divina.

‘O que significa ”destituídos da glória de Deus”? Significa que nenhum de nós confiou e estimou a Deus da maneira que deveríamos. Nós não ficamos satisfeitos com a sua grandeza e não andamos em seus caminhos. Temos buscado nossa satisfação em outras coisas, e as tratamos como mais valiosas do que Deus, e isso é a essência da idolatria (Romanos 1:21-23). Desde que o pecado entrou no mundo todos nós temos sido profundamente resistentes a ter Deus como nosso tesouro todo-satisfatório (Efésios 2:3). Isto é uma ofensa terrível contra a grandeza de Deus (Jeremias 2:12-13).’ John Piper

Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.” (Rm 5:12)

Se houvesse um só ponto ou característica do ser humano que o pudesse justificar, existiriam outros caminhos para se alcançar a justificação além do caminho da morte e cruz apresentado por Jesus, e certamente os homens escolheriam o caminho mais simples. Paulo descarta qualquer possibilidade de o ser humano se gloriar diante de Deus e, semelhante à prática usual de Jesus, usou da autoridade da Escritura para esta afirmação.

Na visão do Rev. Hernandes Dias Lopes, o homem rejeita conscientemente o conhecimento de Deus de duas formas:

a) Deixando de glorificá-lo por quem Ele é. O homem deveria olhar para a natureza e ver nela a glória de Deus. Deixar de reconhecer os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua divindade nas obras da criação é privar Deus da sua própria glória. Portanto, quando o ser humano, seja nos grandes centros urbanos, seja nas selvas mais remotas, dá glória aos seus ídolos, ele não faz isso de forma inocente. Trata-se de uma rebelião deliberada.

b) Deixando de agradecer-lhe pelo que fez. Glorificamos a Deus por quem ele é e damos graças a Deus por aquilo que ele faz. A criatura deixa de ser grata para ser ingrata. Deus criou a terra e a encheu de fartura. Deus deu ao homem vida, saúde, pão, as estações e tudo mais para o seu aprazimento. Contudo, a resposta do homem a todo esse bem é uma consciente e deliberada ingratidão.

Conclusão

Sem o homem não reconhecer a Graça do Senhor não existe a possibilidade de salvação. No entanto, cabe ressaltar que, se a culpabilidade é universal, a salvação também é, porém, não existe salvação se a pessoa não optar por seguir a Jesus.

O que deve o homem fazer para ser salvo? Em primeiro lugar, se expor à Palavra de Deus. Ouvir a Palavra com atenção, com reflexão, com reverência, com interesse, com sede de conhecer a Verdade: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará… se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8:32,36); “De sorte que a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Rm 10:17). Em segundo lugar, arrepender-se de seus pecados, confessá-los e deixá-los: “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia” (Pv 28:13). Jesus iniciou o Seu ministério dizendo: “Arrependei-vos, pois está próximo o reino dos céus”(Mt 3:2); “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham, assim, os tempos do refrigério pela presença do Senhor” (Atos 3:19). Em terceiro lugar, aceitar o convite de Jesus e permitir que Ele more no seu coração: “Eis que estou à porta, e bato. Se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo” (Ap 3:20); “Se, com a tua boca, confessares ao Senhor Jesus e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo” (Rm 10:9). Em quarto lugar, permanecer na fé, permanecer no caminho: “Mas aquele que persevera até o fim será salvo” (Mt 24:13); “Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito” (João 15:7).

“Porque, se pela ofensa de um só, a morte veio a reinar por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e o dom da justiça, reinarão em vida por um só, Jesus Cristo.” Rm 5.17


Bibliografia
Comentário Bíblico Beacon. CPAD
Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. R.N. Champlin. Hagnos
Graça. Max Lucado. Thomas Nelson Brasil
Justiça e Graça. Natalino das Neves. CPAD
Maravilhosa Graça. José Gonçalves. CPAD
O poder e a mensagem do Evangelho. Paul Washer. Fiel
Um Verdadeiro Arrependimento. Manoel Flausino. Inteligência Editorial
Verdadeiro Evangelho. Paul Washer. Fiel



Pr. Manoel Flausino
Diretor de Ensino e Superintendente de Escola Dominica, escritor, formado em Teologia, Pedagogia e especialista em Psicopedagogia e Gestão de Pessoas, dirigente da Congregação Fonte das Águas MDV.

Contatos para palestras, congressos, mensagens:
(21) 99439-0392 (claro)

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