Introdução:
Quando o apóstolo Paulo escreveu sua Epístola aos
Gálatas, ele falou sobre os perigos das obras da
carne e a
importância do fruto do
Espírito como
uma característica natural do caráter cristão.
Entre as práticas da carne, podemos encontrar
a inveja, um terrível hábito da natureza humana corrompida pelo
pecado. Por outro lado, a alegria é destacada pelo apóstolo como fazendo
parte do fruto do Espírito.
Ao estudarmos a Epístola de Paulo aos Filipenses nos
deparamos com uma realidade que parece incoerente à compreensão humana. Paulo
estava preso na ocasião em que escreveu a carta enviando-a através de
Epafrodito (um companheiro de ministério muito amado pelo povo de Filipos). Como
pode um homem preso, escrever uma carta tão alegre? Pode um homem se
alegrar em meio ao perigo? Pode um homem louvar ao Senhor numa situação triste
ou numa prisão?
Nós encontramos nos 4 capítulos da Epístola Aos Filipenses uma quantidade
significativa das palavras “alegria”, “regozijo”, “gozo”, “regozijai” e
“alegrai”, além de muitas citações de demonstração de felicidade.
Entre as práticas da carne, podemos encontrar a inveja, um terrível
hábito da natureza humana corrompida pelo pecado. Por outro lado, a alegria é
destacada pelo apóstolo como fazendo parte do fruto do Espírito.
I- Alegria, Felicidade Interior
Paulo menciona a alegria como uma das virtudes do fruto do Espírito.
Entretanto, essa alegria é bem diferente da alegria comum, superficial e
passageira experimentada pelo mundo. Essa alegria é incomparável, ela é “indizível
e gloriosa” como escreveu o apóstolo Pedro (1Pe 1:18).
A alegria do mundo é incapaz de satisfazer as
necessidades da alma, ela serve apenas como um disfarce temporário que no final
sempre fracassa. Além disto, a alegria terrena busca prazer naquilo que é
reprovável perante a Palavra de Deus.
Por outro lado, a alegria como virtude de uma vida controlada pelo
Espírito provém do prazer em obedecer a Palavra de Deus (cf. Sl 119:16,24,35).
O mandamento da alegria está espalhado nas Escrituras Sagradas: nos
livros da lei (Dt 16.11), nos Salmos (Sl 32.11), nos profetas (Zc 9.9), nos
Evangelhos (Lc 10.20), nas Epístolas (Fp 4.4) e no Apocalipse (Ap 19.7). A
alegria é também fruto do Espírito (Gl 5.22), é consequência do perdão e da
salvação (Lc 10.20), é promessa a ser totalmente contemplada no futuro (Hb
11.39-40), é combustível e celebração da missão (Sl 126.6; Lc 15.7).
II- Inveja, o Desgosto Pela Felicidade Alheia
A inveja certamente é um dos vícios mais
destrutivos da alma. O
termo grego utilizado por Paulo para se referir à inveja como um dos furtos da
carne se enfatiza o desagrado que nasce em alguém ao ver o que o outro possui.
Além disso, a própria etimologia grega dessa palavra transmite a ideia de que
tal sentimento leva a pessoa a consumir-se.
A inveja sempre esteve presente na humanidade
desde a Queda do homem. O primeiro homem
nascido, Caim, demonstrou uma espécie de ira
invejosa quando assassinou seu irmão Abel (Gn 4).
Também foi a inveja que serviu de combustível
para que os irmãos de José o lançassem no poço. A inveja também pôde ser vista
na rebelião de Coré, Datã e Abirão contra Moisés e Arão (Nm 16-17).
Mais tarde, Saul também perseguiu Davi por
causa da inveja. Na Parábola do Filho Pródigo, a inveja também estava expressa
nas duras palavras ditas pelo filho mais velho a seu pai. Em Mateus 27:18,
vemos que a inveja estava presente como motivação para as acusações contra
Jesus.
O rei Salomão definiu a inveja como sendo a “podridão dos
ossos” (Pv 14:30). Escrevendo a Tito, Paulo destacou a inveja como sendo
um comportamento típico de uma vida não regenerada (Tt 3:3).
III- A Alegria do Espírito é Para Ser Vivida
A alegria do fruto do Espírito não significa ausência de problemas e
dificuldades. Na verdade, aos olhos humanos essa alegria pode parecer até um
paradoxo, como o apóstolo Paulo ensinou na expressão “entristecidos, mas sempre alegres” (2Co
6:10), ou seja, os verdadeiros seguidores de Cristo estão sempre
alegres mesmo nas piores circunstâncias, pois nos momentos mais dolorosos eles
podem desfrutar do consolo do Espírito Santo.
A alegria que o Espírito Santo promove em nós
deve ser vivida, aproveitada e refletida em nossas ações, com a certeza de que
a alegria que hoje sentimos se revelará ainda maior quando encontrarmos o nosso
Senhor no grande dia de sua vinda.
Conclusão:
Como cristãos verdadeiros, pessoas que foram regeneradas pelo Espírito
Santo, devemos mortificar nossa carne através de uma vida guiada pelo Espírito.
Assim, não devemos nos conformar ou aceitar os hábitos pecaminosos da nossa
velha natureza decaída, como a inveja, por exemplo, mas devemos viver a cada
dia da maneira que agrada a Deus, guardando a sua Palavra e nos deleitando na
comunhão que temos em Cristo Jesus.
Referências Bibliográficas
As Obras da Carne e o Fruto do Espírito. Osiel Gomes. CPAD
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
Bíblia de Estudo do Expositor
Bíblia de Estudo Pentecostal
Comentário Bíblico Beacon. CPAD
Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. R.N. Champlin. Hagnos
O poder e a mensagem do Evangelho. Paul Washer. Fiel
Um verdadeiro Arrependimento. Manoel Flausino. Inteligência Editorial
Revista Ensinador Cristão. CPAD
Verdadeiro Evangelho. Paul Washer. Fiel
Pr. Manoel Flausino
Diretor de Ensino e Superintendente de Escola Dominical, escritor, formado em Teologia, Pedagogia e especialista em Psicopedagogia e Gestão de Pessoas, dirigente da Congregação Fonte das Águas MDV.
Contatos para palestras, congressos, mensagens:
(21) 99439-0392 (claro)
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