10/01/2017

Lição 3 - O Perigo das Obras da Carne

Orientação Pedagógica: A didática é considerada arte e ciência do ensino, ela não objetiva apenas conhecer por conhecer, mas procura aplicar seus princípios com a finalidade de desenvolver no individuo as habilidades cognitivas para torná-los críticos e reflexivos. É dever do professor garantir  uma relação didática entre ensino e aprendizagem, tendo em mente a formação individual da personalidade do aluno . Por meio da aula o docente organiza esse processo de ensino e transmite aos alunos o conhecimento adquirido durante seu processo de formação. O trabalho docente é parte integral do processo educativo aos quais os indivíduos são preparados para viver em sociedade, o educador deve formar alunos que sejam cidadãos ativos, reflexivos, críticos e participativos na sociedade em que vivem. A didática tem grande relevância no processo educativo de ensino e aprendizagem, pois ela auxilia o docente a desenvolver métodos que favoreça o desenvolvimento de habilidades cognoscitivas tornando mais fácil o processo de aprendizagem dos indivíduos.

Introdução.

No Novo Testamento, temos a descrição da plena vida no Espírito Santo: "Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós; acima de tudo isto, porém, esteja o amor, que é o vínculo da perfeição" - Colossenses 3.12-14.

I - A concupiscência da carne.

A palavra concupiscência é um termo usado teologicamente para expressar os desejos malignos e libidinosos que assediam as pessoas que vivem em vida pecaminosa. Expressamente, a palavra significa "desejos físicos", diz respeito aos interesses lascivos que dominam a mente humana. É a velha natureza manifestando as ações do velho homem, suas piores ações voluptuosas e abominações que, com certeza desagradam a Deus.

Carnal: esta palavra aparece somente no Novo Testamento, embora o termo "carnalmente" seja encontrado três vezes no Antigo Testamento. "Carnal" aparece onze vezes no Novo Testamento, e "carnalmente" apenas uma vez. "Carnal" significa "pertinente à carne". O substantivo em grego (sarx) significa basicamente o corpo de um animal ou de uma pessoa, ou a carne de um animal. No entanto, no Novo Testamento, o termo "carnal" algumas vezes está literalmente relacionado à carne, e algumas vezes à antiga natureza humana corrompida por Adão, que é encontrada em todos os homens.

II  A VIDA CONDUZIDA PELA CONCUPISCÊNCIA DA CARNE
 
1 Jo 2.16 “Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não vem do Pai, mas sim do mundo.”
 
Mundanismo- [Do lat. mundanus] Conformação ideológica e emocional ao sistema implantado por Satanás, cujo principal objetivo é levar o ser humano a deificar o material em detrimento do espiritual. O apelo básico do mundanismo é realçar o que se vê, o que se pega e o que se sente. É, portanto, um sistema diametralmente oposto ao Reino de Deus, cuja maior virtude acha-se na fé que devotamos ao Senhor Nosso Deus.
Três coisas caracterizam o mundanismo: a concupiscência dos olhos, a concupiscência da carne e a soberba da vida. Esta última é a tônica de todos os que fazem do mundanismo a norma de sua vida.


 
1. A concupiscência da carne. 

Concupiscência 1 -
A palavra luxúria, empregada em várias versões da Bíblia Sagrada, abrange uma grande variedade de desejos.
a. Forte desejo. Pode ser um desejo ardente (heb. nephesh), como o do exército egípcio para alcançar e destruir Israel no Mar Vermelho (Êx 15.9); ou dos negociantes ansiosos (epithumias) para auferir os lucros de seus empreendimentos comerciais (Ap 18.14); ou simplesmente um desejo (gr. epithumia) ou uma ambição por outras coisas (Mc 4.19).
b. Desejo excessivo, forte anseio, luxúria no sentido de excesso (heb. ta'awa, Nm 11.4,34; SI 78.30). Muitas coisas boas quando feitas em excesso para a autogratificação se tornam luxúria, como por exemplo, comer demais, gastar tempo demais com o prazer (Rm 13.14).
c. Um desejo consumidor pelo que é bom, isto é, zelo pelo que é correto. O termo gr. epithumia, quando usado para o que é verdadeiramente um zelo piedoso, foi traduzido como "desejo" em Lucas 22.15; Filipenses 1.23; 1 Tessalonicenses 2.17. Este uso do termo grego mostra claramente que é o objeto de desejo de uma pessoa ou sua motivação (e não sua intensidade), que torna esse desejo certo ou errado.
d. A luxúria como um anseio por aquilo que é proibido. Esse é o uso mais comum do termo. Paulo revela que Deus entregou o homem caído às suas próprias concupiscências (epithumiais, Rm 1.24). Ele cita o mandamento do AT, "Não cobiçarás" (Êx 20.17; Dt 5.21), em Romanos 7.7, mostrando que cobiçar aquilo que não é seu é uma forma de luxúria. Aparentemente, esse era o próprio pecado costumeiro de Paulo com o qual ele teve que lutar mais vigorosamente após sua conversão (Rm 7.7-25).
A concupiscência {epithumia), Tiago declara, é uma causa raiz do pecado (Tg 1.14,15), que por sua vez leva à morte. O caminho de derrocada da luxúria é retratado em Romanos 1.24-32. Tiago também usa um outro termo, o gr. hedone, em 4.1,3 para explicar que as discussões e conflitos entre os crentes resultam da luxúria e dos prazeres que combatem nos próprios membros de seus corpos. A palavra também ocorre como "deleites da vida" em Lucas 8.14 e como "escravos de toda sorte de paixões [epithumiais] e prazeres" ou "servindo a várias concupiscências [epithumiais] e deleites" em Tito 3.3. 
 
Concupiscência – 2
 
Um termo usado teologicamente para expressar os desejos malignos e lascivos que assediam os homens caídos (Rm 7.8; Cl 3.5; 1 Ts 4.5).
A opinião bíblica Reformada vê a concupiscência como a lascívia que leva a pecar, desenvolvida quando o homem rebelou-se contra Deus e caiu. Ela é pecaminosa em si, e revela a corrupção de toda a natureza do homem e o pecado que está nele. Não só as ações voluntárias são pecado, mas os pensamentos intencionais (Gn 6.5; Mt 5.28). Paulo fala disto em Romanos 7 quando reconhece sua própria fraqueza e tendência a pecar. A concupiscência só pode ser vencida através do reconhecimento de que a natureza caída em nós está julgada (Rm 8.3); e então devemos passar a andar no Espírito, e deixar que Ele mantenha a lei de Deus em nós (Rm 8.4). Isto significa ter uma vida cheia do Espírito.
A velha natureza precisa ser controlada pelo ESPÍRITO para que não venhamos a cair em péssimas ações e abominações. Se vivemos vigiando e vivemos constantemente cheios do ESPÍRITO SANTO (Ef 5.18) então somos mais do que vencedores. Quem semeia na carne, ou seja, vive segundo a velha natureza, da carne ceifará corrupção (Gl 6.8).  Só há um viver que agrada a DEUS - viver no Espírito. Isso significa vitória sempre sobre o pecado e seus domínios maléficos.
Concupiscência (Dicionário Teológico)
[Do lat. concupiscentia] Apetite carnal exagerado e insaciável. Como a concupiscência advém da cobiça, os Dez Mandamentos encerram-se justamente com uma advertência contra o desejo de se possuir o que não se tem direito (Ex 20.1-17). Embora associada à sexualidade, a concupiscência tem o cerne no orgulho e na altivez do espírito. Pois delicia-se em quebrantar as ordenanças divinas quanto à satisfação dos instintos básicos: fome, sexo, segurança etc.A concupiscência é condenada energicamente pela Bíblia (1 Jo 2.15-17). É tida como algo efêmero, passageiro e tremendamente prejudicial à vida piedosa.
 
2. A vida guiada pela concupiscência da carne. (Eva achou o fruto desejável de se comer)
No homem natural já habita a concupiscência da carne e o domínio é de Satanás, mas no crente a concupiscência da carne está debaixo do domínio do Espírito, portanto não podemos ceder aos apetites da carne, mas refreá-los e vencermos pela ajuda do ESPÍRITO SANTO em nós. Quando chega o pensamento, a intenção, ai já começa a batalha. É hora de orarmos repreendendo esse mal em nós e se preciso, repreender o inimigo que se aproxima. Podemos nesta hora lermos na bíblia ou nos lembrarmos do que já lemos sobre este desejo pecaminoso. Às vezes será necessário buscar ajuda de um líder.
Na concupiscência da carne as tentações acontecem no corpo, pelos 5 sentidos.
Na soberba da vida o ataque é no espírito, é no desejo de ser grande, famoso, de ser rico, etc... (Eva pegou o fruto e o comeu porque queria ser igual a DEUS).
 
3. A vida conduzida pela concupiscência dos olhos. (Eva olhou o fruto e achou bonito)
O desejo entra pelos olhos, pela cobiça, pelo desejo de possuir o que se vê e se acha belo ou prazeroso.
 
Sem manter sua comunhão com DEUS, o ser humano dá asas a seus sentimentos mais perversos e os permite em sua mente até que os liberta da prisão em que estavam depois de se converter.
 
Um crente que não vive sendo controlado pelo ESPÍRITO SANTO e sim por seus instintos, torna-se semelhante aos animais. Não existe nele mais o desejo pelas coisas de cima e agora só anseia pelas temporais, humanas e diabólicas.
Davi viu e desejou a mulher de Urias, e o seu desejo descontrolado o levou a cometer um adultério e um homicídio (2Sm 11.1-4).
Sansão antes de se tornar cego dos olhos naturais já estava cego espiritualmente. Brincou com Satanás e o resultado foi funesto.
 
III. A DEGRADAÇÃO DO CARÁTER CRISTÃO
 
1. O caráter. 
No grego, caráter é charaktēr e significa “estampa”, “impressão” e “marca”. Qualidade do crente que o faz agir de acordo com o que, pela lei de Deus, é considerado certo, justo e próprio; integridade (Sl 25.21; Ef 4.24, RA
Segundo o Dicionário Houaiss é “um conjunto de traços psicológicos e, ou morais, que caracterizam um indivíduo”. O caráter não é inato e pode ser mudado.
 
2. O caráter moldado pelo ESPÍRITO. 
Uma nova vida em Cristo. Um novo caráter deve vir a velha natureza deve morrer, uma vez que a pessoa se revista da nova natureza (3.5-14); novos princípios de vida devem ser adotados - a paz dominando o coração, a Palavra habitando no salvo, e a graça inspirando a canção do coração (3.15-17); uma nova conduta deve ser mostrada nos relacionamentos domésticos, e no evangelismo entre aqueles que são do mundo (3.18-4.6).
Ao darmos autorização ao ESPÍRITO SANTO de nos guiar, conduzir, dominar, então Este nos molda à semelhança de JESUS. As qualidades do fruto do ESPÍRITO (Gl 5. 22), que já está em nós desde o dia em que nos convertemos, passam a ser vistas e a produzirem vidas para o reino de DEUS. Nosso novo caráter agora é de um cristão e nossas ações (Mt 5.16) demonstram que tivemos um encontro real com o Salvador. Na igreja, vemos  que existem aqueles que são transformados por JESUS mais rapidamente e constatamos que a maioria não.
Quem está em CRISTO é uma nova criatura e como tal procura andar em novidade de vida, pois já se despiu do velho homem, da natureza adâmica (2Co 5.17).

CONCLUSÃO 
A vida conduzida pela concupiscência da carne é uma vida sem DEUS. A concupiscência da carne é sempre morte. A vida guiada pela concupiscência da carne é uma vida desprovida de alegria e paz. A vida conduzida pela concupiscência dos olhos é uma vida de atrações pecaminosas. A degradação do caráter cristão se dá pela falta de condução do ESPÍRITO SANTO. As qualidades do fruto do ESPÍRITO não desabrocham. O caráter é o resultado de uma vida. O caráter moldado pelo espírito produz vida em abundância e aparência de CRISTO no cristão. Podem acontecer ataques ao caráter cristão, se o crente ceder terá uma vida que não agrada a DEUS. O Viver segundo a carne é seguir o caminho da perdição e condenação eterna. não continue vivendo como espinheiro que só serve para espetar os outros e não produz nada no reino espiritual de DEUS, não tenha uma vida infrutífera para DEUS. 
Quem vive segundo a carne não pode agradar a DEUS. E a vida sem DEUS torna-se infrutífera.

Referências Bibliográficas 

As Obras da Carne e o Fruto do Espírito. Osiel Gomes. CPAD
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
Bíblia de Estudo do Expositor
Bíblia de Estudo Pentecostal
Comentário Bíblico Beacon. CPAD
Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. R.N. Champlin. Hagnos
O poder e a mensagem do Evangelho. Paul Washer. Fiel
Um verdadeiro Arrependimento. Manoel Flausino. Inteligência Editorial
Revista Ensinador Cristão. CPAD
Verdadeiro Evangelho. Paul Washer. Fiel

Pr. Manoel Flausino
Diretor de Ensino e Superintendente de Escola Dominical, escritor, formado em Teologia, Pedagogia e especialista em Psicopedagogia e Gestão de Pessoas, dirigente da Congregação Fonte das Águas MDV.
Contatos para palestras, congressos, mensagens:
(21) 99439-0392 (claro)


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