Introdução
Na lição de hoje estudaremos como deve ser a vida
do cristão segundo a direção de Deus. Claro que já entendemos na lição anterior
que a carne milita contra o espírito e que não devemos satisfazer as
concupiscências da carne.
Para o apóstolo Paulo, a direção do Espírito não é questão
de impulsos esporádicos, mas é a experiência habitual do crente em Cristo; é o
próprio princípio de liberdade da vida cristã. “Se sois guiados pelo Espírito,
não estais sob a lei.” (Gl 5:18.) A velha escravidão da lei foi abolida; o
Espírito introduz os crentes numa nova relação como filhos de Deus, nascidos
livres. É o incentivo do Espírito que leva os cristãos a se dirigirem
espontaneamente a Deus como seu Pai, usando a mesma expressão que Jesus usou ao
falar com Deus como Seu Pai — expressão própria para a atmosfera íntima da
afeição familiar. Não admira que numa passagem parecida, em Gálatas, Paulo diga
que “enviou Deus” aos corações do Seu povo “o Espírito de seu Filho, que clama:
Aba, Pai” (Gl 4:6). Em outras palavras, eles receberam o mesmo Espírito que
desceu com poder sobre Jesus quando este foi batizado (Mc 1:10), que O levou ao
deserto (Mc 1:12), que Lhe deu energia para realizar Suas poderosas obras (Mt
12:28) e que deu alento a toda a Sua obra e ministério (Mc 1:8; Lc 4:14,18).
1) Viver na carne x viver no Espírito
a.Viver na carne: viver segundo a natureza físico-material a fim
de satisfazer os impulsos que parecem ao próprio ser humano.
b. Viver no Espírito: viver
segundo a natureza físico/espiritual, orientado pelo Espírito Santo, a fim de
satisfazer a vontade de Deus.
O genuíno cristão já vive no Espírito e, portanto, deve andar no
Espírito.
2) Conceito Bíblico de andar e viver no Espírito
a. Viver no Espírito Santo:
viver pela fé na graça de Deus; estado de comunhão com Deus e dependência de
sua orientação (Ef 2.1).
“Para
que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas
segundo o Espírito” (Rm 8.4).
“Se
vivemos em Espírito, andemos também em Espírito” (Gl 5.25).
b. Andar no Espírito Santo:
prática diária da vida no Espírito Santo; andar, falar, pensar e agir segundo a
vontade de Deus, no temor do Senhor, segundo a direção do Espírito Santo (Rm
8.16)
Andar: peripateo (grego)
seguir pegadas; portar-se, conduzir-se, comportar-se. Andar pressupõe
caminho (Jo 14.6) e passos ou pegadas (1Pe 2.21; Rm 4.12).
c. Viver e andar: “Se vivemos
no Espírito, andemos também no Espírito” (Gl 5.25).
d. Obra de Deus/dever do homem:
Deus fez pelos seres humanos o que seria impossível — ele reabilitou o homem à
sua comunhão, perdoou os pecados e deu seu Espírito Santo; mediante esta ação
da graça, o crente deve se submeter à vontade de Deus e viver segundo a vontade
de Deus.
O
viver é estado de graça — é dado gratuitamente por Deus ao crente.
O
andar é prática de obediência diária e crescente à
vontade de Deus.
e. Obedecer: derivado de ob-(para
frente) e -audire (ouvir), isto é, ouvir e seguir.
f. Compare:
“Eu
sou o caminho” (Jo 14.6) — “andai nele” e (Cl 2.6).
“Eu
sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14.6) — o Espírito guia, convence e
vivifica (Jo 16.8).
3) Aplicação da Obra de Cristo no coração do crente
(Rm 8.1-4).
Como o Espírito nos inclina agradar a Deus (vv.
5-8).
Que Ele abita em todo verdadeiro cristão (vv.
9-11).
Que Ele nos dá o poder para mortificar a carne, a
tendência pecaminosa (vv. 12,13).
Que Ele nos guia como filhos de Deus (vv.14,15).
Que Ele testifica da nossa salvação e da nossa
herança (vv.16,17).
Que Ele nos conforta em meio aos sofrimentos do
mundo presente (vv.18-25).
Que Ele intercede por nós nas nossas orações
(vv.26-27).
O cristão é livre da ira
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Esse fato, Paulo fundamenta no amor de Deus em Cristo Jesus (cap. 5)
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O cristão é livre do pecado
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Aqui Paulo se refere ao batismo, através do qual nós fomos
incorporados ao corpo de Cristo, e que o corpo do pecado pode ser destruído
(cap. 6).
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O cristão é livre da lei
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Aqui Paulo se refere à morte de Cristo. No corpo de Cristo nós
morremos para a lei (cap. 7).
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O cristão é livre da morte
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Aqui Paulo se refere ao Espírito, pneuma, o Espírito de Cristo é o
poder que faz viver (cap. 8).
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Conclusão:
Deus não nos libertou para vivermos em pecado, mas sim, para vivermos em
novidade de vida e uma vida no Espírito para que venhamos a agradar ao Senhor.
Pecado é pecado na essência e tudo quanto o homem faz de prejudicial na sua
relação com Deus e contra a Sua Palavra, afasta o homem de Deus, e,
consequentemente, da salvação.
Bibliografia
Comentário Bíblico Beacon. CPAD
Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. R.N. Champlin. Hagnos
Graça. Max Lucado. Thomas Nelson Brasil
Justiça e Graça. Natalino das Neves. CPAD
Maravilhosa Graça. José Gonçalves. CPAD
O poder e a mensagem do Evangelho. Paul Washer. Fiel
Um Verdadeiro Arrependimento. Manoel Flausino. Inteligência Editorial
Verdadeiro Evangelho. Paul Washer. Fiel
Pr. Manoel Flausino
Diretor de Ensino e Superintendente de Escola Dominica, escritor,
formado em Teologia, Pedagogia e especialista em Psicopedagogia e Gestão de
Pessoas, dirigente da Congregação Fonte das Águas MDV.
Contatos para palestras, congressos, mensagens:
(21) 99439-0392 (claro)
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