09/06/2015

Lição 11 – A última Ceia



Escola Bíblica Dominical Ass. de Deus Ministério Despertando Vidas
2º trimestre de 2015 –
Jesus, o Homem Perfeito. O Evangelho de Lucas, o médico amado

Lição 11 – A última Ceia

Orientação Pedagógica
          Quantas vezes você já ouviu falar na necessidade de valorizar a capacidade de pensar dos alunos? De prepará-los para questionar a realidade? De unir teoria e prática? De problematizar? Se você se preocupa com essas questões, já esbarrou, mesmo sem saber, em algumas das concepções de John Dewey (1859-1952), filósofo norte-americano que influenciou educadores de várias partes do mundo. No Brasil inspirou o movimento da Escola Nova, liderado por Anísio Teixeira, ao colocar a atividade prática e a democracia como importantes ingredientes da educação.         
          Foi um dos primeiros a chamar a atenção para a capacidade de pensar dos alunos. Dewey acreditava que, para o sucesso do processo educativo, bastava um grupo de pessoas se comunicando e trocando ideias, sentimentos e experiências sobre as situações práticas do cotidiano

Introdução:
          Estamos diante de um tema muito rico, amplo e de suam importância para cada um de nós: a ceia do Senhor. Não queremos propor aqui formas de celebração, ou normas para a realização deste ato, mas sim, queremos lembrar esta importantíssima ordenança do Senhor Jesus para a vida de sua igreja.
“Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isso em memória de mim.”



1)      A Santa Ceia
          A Santa Ceia ou Ceia do Senhor foi instituída e ordenada pelo Senhor Jesus antes de ter sido traído por Judas e posteriormente negado por Pedro. Era a celebração da Páscoa judaica. O fato foi registrado nos quatro evangelhos em Mateus 26:17-30, Marcos 14:12-26, Lucas 22:7-39 e João 13:1-17:26. Além disso, ela também é tratada em 1 Coríntios 11:23-32.
          O ato da ceia do Senhor demonstra que Jesus se entregou por cada um de nós.

a)      A páscoa
          O Senhor emitiu uma ordem específica a seu povo. A obediência a essa ordem traria a proteção divina a cada família dos hebreus, com seus respectivos primogênitos. Cada família tomaria um cordeiro macho, de um ano de idade, sem defeito e o sacrificaria. Famílias menores podiam repartir um único cordeiro entre si (Ex. 12.4). Os israelitas deviam aspergir parte do sangue do cordeiro sacrificado nas duas ombreiras e na verga da porta de cada casa. Quando o destruidor passasse por aquela terra, ele não mataria os primogênitos das casas que tivessem o sangue aspergido sobre elas. Daí o termo Páscoa, do hebreu pesah, que significa “pular além da marca”, “passar por cima”, ou “poupar”. Assim, pelo sangue do cordeiro morto, os israelitas foram protegidos da condenação à morte executada contra todos os primogênitos egípcios. Deus ordenou o sinal do sangue, não porque Ele não tivesse outra forma de distinguir os israelitas dos egípcios, mas porque queria ensinar ao seu povo a importância da obediência e da redenção pelo sangue, preparando-o para o advento do “Cordeiro de Deus,” Jesus Cristo, que séculos mais tarde tiraria o pecado do mundo (Jo. 1.29).

2)      Reflexões sobre a Ceia
a)      visão retrospectiva. É um momento para lembrarmos do sacrifício de Jesus na cruz do calvário.
b)      Em segundo lugar, há uma visão prospectiva. Esse olhar é direcionado para frente, para aguardamos a volta do Senhor Jesus vivendo conforme a Sua Palavra.
c)      No entanto, em terceiro lugar, deve haver uma visão introspectiva. Somos chamados a olhar para dentro de nós mesmos, a fim de nos prepararmos para a Mesa do Senhor.

3)       Transubstanciação e Consubstanciação

          A Igreja católica Romana ensina que Cristo está presente na Ceia pela “transubstanciação”, como definida pelo Concílio Lateranense de 1215. “Transubstanciação” significa que a substância do pão e do vinho é miraculosamente transformada em corpo e sangue de Cristo. O pão e o vinho deixam de ser pão e vinho, embora pareçam ser.  De acordo com essa visão, a ceia deve ser ministrada ao povo num só elemento, a hóstia, nome dado a um pequeno pão sem fermento, de formato arredondado. Esse elemento, dizem, após ser consagrado pelo sacerdote ministrante, passa por uma transformação em sua substância. Nos tempos da Reforma, Lutero chamada de “consubstanciação” ensina que o corpo e o sangue de Cristo estão presentes “em, com e sob” a forma de pão e vinho, que em si mesmos, permanecem sendo pão e vinho, e não corpo e sangue.
          O pão representa o corpo de Cristo e o suco de uva o sangue do Salvador.
           Entendemos então, a Santa ceia, com um memorial, em que Cristo está presente não como pão ou suco de uva, mas em cada crente, através do Espírito Santo de Deus.
         
Conclusão

          Devemos participar da Santa ceia com o coração puro, demonstrando temor e obediência ao Senhor, pois não devemos fazê-lo indignamente.
          Lembremo-nos quem estava com Jesus à mesa: os discípulos que o abandonaram, Pedro que o negou e Judas que o traiu, e, apenas João, o seguiu até o Calvário.

Bibliografia
Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. R.N. Champlin. Hagnos
Ensinador Cristão. Ano 16 - nº 62. CPAD
Enciclopédia da Vida de Jesus. Louis Claude Fillion. Central Gospel
Introdução ao Novo testamento. D.A. Carson, Douglas J. Moo, Leon Morris. Vida Nova
Teologia Sistemática. Stanley M. Horton. CPAD
Lucas, O Evangelho de Jesus, o Homem Perfeito. José Gonçalves. CPAD




Pr. Manoel Flausino
Diretor de Ensino e Superintendente de Escola Dominical, escritor, formado em Teologia, Pedagogia e especialista em Psicopedagogia e Gestão de Pessoas

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