06/04/2012

LIÇÃO 02 - A VISÃO DO CRISTO GLORIFICADO

A paz do Senhor!

No início da lição leiamos Isaías 53.4 e 5 e pensemos como Cristo está sendo apresentado - ferido e humilhado.

- Em seguida, leiamos em Apocalipse 1.9 a 12 sobre a visão de Cristo glorificado, observando os detalhes da descrição de João.

INTRODUÇÃO

Durante a sua vida, o apóstolo João contemplou ao Senhor Jesus de diversas maneiras. Ele O viu como homem, às margens do mar da Galileia, quando foi chamado para segui-lo (Jo 4. 21,22); também revestido de glória, quando Ele transfigurou-se (Mt 17.1,2); viu a Jesus como o cordeiro de Deus, quando Ele foi crucificado (Jo 19.26); e da mesma forma a Cristo depois que Ele ressuscitou (Jo 20.19-26); e quando Ele foi e ascendeu ao céu (At 1.9-11). Porém, uma das experiências mais gloriosas de João foi a visão do Cristo Glorificado, registrada no primeiro capítulo do livro do Apocalipse.

I - A PESSOA E OBRA DE DE CRISTO

1.1. A Encarnação de Cristo. O apóstolo João inicia o evangelho falando acerca da eternidade de Cristo, o Verbo de Deus (Jo 1.1-3). Porém, no versículo 14 ele diz: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós…” o que significa dizer que Cristo, o Deus eterno (Rm 9.5), tornou-se humano (Fp 2.5-9). Foi por meio desse milagre que Deus introduziu no mundo o Primogênito (Hb 1.6); que fez com que Jesus viesse ao mundo em semelhança de carne (Rm 8.3). A encarnação deu a Jesus condições de ser o Mediador entre Deus e os homens (I Tm 2.5) e ser o fiel sumo sacerdote, para expiar os pecados do povo (Hb 2.17).

1.2. A morte de Cristo. Durante Seu ministério, Jesus fez muitos milagres: Ele curou enfermos (Mt 8.16,17; 9.35; At 10.38); ressuscitou mortos (Lc 7.11-16; Jo 11.41-45); acalmou tempestades (Mt 8.24-26); multiplicou pães e peixes (Mt 14.13-20) e operou muitos outros sinais e maravilhas. Porém, uma das maiores e mais importantes obras realizadas por Ele foi a Sua morte na cruz do Calvário. Assim como o cordeiro pascoal no Egito foi degolado em favor dos hebreus (Ex 12.13,23), assim também Cristo, nosso “Cordeiro Pascoal” (I Co 5.7) foi sacrificado por nós (I Pe 3.18). Ele morreu como nosso substituto (Rm 5.6-8; 8.32; Gl 2.20; 3.13; Ef 5.25; I Ts 5.10; I Tm 2.6; Tt 2.14).

1.3. A Ressurreição de Cristo. A ressurreição física e corporal do Senhor Jesus Cristo é o fundamento inabalável do Evangelho e da nossa fé (I Co 15.13-23) e é também o milagre mais significativo das Escrituras, pois dela dependem todas as promessas para os crentes, bem como a esperança da vida eterna (I Co 15).

1.4. A Ascensão de Cristo. Durante o Seu ministério, o Senhor Jesus falou diversas vezes sobre a sua ascensão, e que se assentaria à direita de Deus (Mc 14.62; Jo 6.62; 7.33; 13.33). E, quarenta dias após a Sua ressurreição (At 1.3), à vista de seus discípulos (Mc 16.19; Lc 24.51), Ele subiu aos céus numa nuvem (Lc 24.51) e foi recebido em cima (At 1.3) como o Rei da glória (Sl 24.7-10). Ao retornar ao céu, Ele foi coroado de honra e de glória (Hb 2.7) e foi exaltado soberanamente (Fp 2.9), e encontra-se à destra do Pai a interceder por nós (Rm 8.34; Hb 7.25).

II - A VISÃO DO CRISTO GLORIFICADO

A palavra para Glória no grego é “Doxa” que é aplicada para descrever a natureza de Deus em sua automanifestação, ou seja, o que Ele essencialmente é e faz (Jo 17.5,24; Ef 1.6,12,14; Hb 1.3; Rm 6.4; Cl 1.11; 1Pe 1.17; 5.1; Ap 21.11). Já a palavra grega “Doxazõ” significa magnificar, engrandecer, atribuir honra, exaltar. (Mt 5.16; 9.8; 15.31; Rm 15.6,9; Gl 1.24; 1Pe 4.16). A visão do Cristo glorificado ocorreu quando João estava exilado na ilha de Patmos, por causa da Palavra de Deus e do testemunho de Jesus Cristo (Ap 1.9). João diz que foi arrebatado em espírito no dia do Senhor, e ouviu uma voz, como de trombeta, que lhe disse que escrevesse em num livro o que visse, e enviasse às sete igrejas da Ásia. Quando João virou-se para ver quem lhe falava, ele viu sete castiçais de ouro, e, no meio dos sete castiçais, um ser semelhante ao Filho do Homem (Ap 1.10-13).

CONCLUSÃO
Após a Sua ressurreição, o Senhor Jesus disse acerca do apóstolo João: “… eu quero que ele fique até que eu venha” (Jo 21.22). Muitos cristãos chegaram a pensar que João não morreria. No entanto, esta promessa do Senhor Jesus dizia respeito, exatamente, a Sua aparição a João na ilha de Patmos. Segundo os historiadores, esta gloriosa experiência ocorreu por volta do ano 90-96 d.C., quando os demais apóstolos já haviam morrido. No entanto, a promessa de Jesus à João estava firme: “… eu quero que ele fique até que eu venha”. E, naquela ilha, exilado e solitário, o Senhor Jesus apareceu a ele para lhe dar uma das mais gloriosas experiências de sua vida. Esta experiência foi registrada nas páginas da Bíblia, não apenas para que saibamos o que João viu, mas também, para alimentar a nossa esperança de um dia também ver o Cristo ressurreto.

Ergo sum Alpha et Omega 

REFERÊNCIAS

  • BÍBLIA de Estudo Aplicação Pessoal. CPAD.
  • ANDRADE, Claudionor de. Os Sete castiçais de ouro. CPAD.
  • LOPES, Hernandes Dias. Estudos no livro de Apocalipse. Hagnos.
  • VINE, W. E. Dicionário. Vine: o significado exegético e expositivo das palavras do AT e NT. CPAD.



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