04/08/2010

Lição 6 – Profetas Maiores e Menores

O ministério profético é uma das peculiaridades que Deus destinou a Seu povo, Israel. Nenhuma outra nação teve este privilégio. No Antigo Testamento o Profeta era uma figura de Jesus - era o intermediário entre Deus e os homens. Era o porta-voz de Deus.


Dentre os profetas, houve aqueles que escreveram as suas mensagens, os chamados profetas escritos. Dentre os profetas escritos, há aqueles cujos livros são bem volumosos, os chamados profetas maiores - quatro profetas compõem este grupo. Os demais livros proféticos, cujos volumes são curtos, constituídos de doze livros, que leva o nome dos respectivos profetas, são considerados profetas menores. Estes dezesseis profetas exerceram seus Ministérios num período de cerca de 450 anos. Depois de cerca de 400 anos de silêncio profético, aparece João Batista, o último dos profetas do Antigo Testamento, que encerra a sucessão profética iniciada por Moisés e Arão, e recebe a nobre incumbência de preparar o povo para receber o Messias e, também, apresentá-lo à nação de Israel(Lc 16:16; Mc 1:2; João 1:31). Era o fim de uma era e o início de outra para Israel e para todas as nações.

Afora os profetas escritores há, também, os considerados profetas “não canônicos”, também chamados de “profetas oradores” - são aqueles que profetizaram verbalmente e que não deixaram suas mensagens escritas. O primeiro que a Bíblia menciona foi Enoque - “E destes profetizou também Enoque…” (Judas 14); dentre estes a Bíblia cita Abraão (Gênesis 20: 7), Natã, Gade, Elias, Elizeu, Micaias, etc., etc.

Nesta aula, apresentaremos uma breve explanação acerca dos “profetas maiores” e “profetas menores” e, em seguida, um breve estudo do texto de Rm 9:25-29.



CLASSIFICAÇÃO DOS LIVROS PROFÉTICOS

Os livros proféticos ocupam 2/5 dos livros do Antigo Testamento, sendo divididos entre Profetas Maiores e Menores, de acordo com o volume dos seus escritos. Mas é bom ressaltar, que a importância de um profeta na história não pode ser medida por estas duas categorias. Elias e Eliseu, por exemplo, são profetas oradores, contudo, eles, com sucesso, resistiram aos vigorosos esforços de Acabe e Jezabel em substituir Yahweh por Baal como deidade ‘oficial’ de Israel (1Rs 16; 2Rs 10).

Agostinho (354-430 d.C), o grande filósofo e teólogo cristão, foi quem criou as expressões “profetas maiores” e “profetas menores”, para designar os profetas cujos livros são mais volumosos e os demais livros, que são curtos, tão curtos que haviam sido reunidos na versão grega do Antigo Testamento (a Septuaginta) em apenas um livro, que foi chamado de “Dodecapropheton”, ou seja, “Doze Profetas. O objetivo, certamente, não foi afirmar ser este, ou aquele, mais ou menos importante. Trata-se de uma divisão material e teórica, para fins didáticos.

1. Os Profetas Maiores. São quatro os Profetas Maiores: Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel. São cinco os Livros por eles escritos, visto que Jeremias escreveu dois. Eles são chamados de “maiores” por causa do volume do seu conteúdo literário. Os três mais volumosos são Isaías, Jeremias e Ezequiel.



2. Os Profetas Menores.



Oséias, cujo nome significa “Salvação

Joel, que significa “O Senhor é Deus”.

Amós significa “carga”.

Obadias, que quer dizer “Servo de Jeová”

Jonas significa “pombo”

Miquéias, que tem como significado: “Quem é semelhante a Jeová?”

Naum, que tem por significado “consolo”

Habacuque, que significa “Abraço ardente

Sofonias, que significa “O Senhor esconde”

Ageu, cujo nome é “festivo” em hebraico

Zacarias, que significa “Jeová se lembrou”

Malaquias, ou “mensageiro de Jeová”



Para compreender a mensagem de determinado profeta, faz-se necessário identificar quando ele falou, em que lugar, e para quem. Para tanto, devemos levar em consideração o contexto e não a disposição desses na Bíblia, haja vista que o texto bíblico, e não a disposição dos livros e capítulos e versículos foram inspirados pelo Espírito Santo. Para evitar confusão, alguns estudiosos do Antigo Testamento preferem a divisão dos livros proféticos em: pré-exílicos, exílicos e pós-exílicos. Os profetas antes do exílio advertiram a respeito do julgamento de Israel e Judá: Obadias (que escreveu para Edom), Amós, Oséias e Joel (escreveram para o Reino do Norte) e Isaias, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias e Jeremias (que escreveram para Judá). Os profetas exílicos escreveram para encorajar o povo de Deus a esperar pela restauração deles: Ezequiel e Daniel escreveram da Babilônica para fortalecer a fé dos judeus exilados. Os profetas pós-exílicos escreveram para confirmar a aliança de Deus com o Seu povo: Ageu, Zacarias e Malaquias escreveram para o povo de Judá que havia retornado do cativeiro.

O ARRANJO DOS LIVROS DO ANTIGO TESTAMENTO HEBRAICO:

• O Antigo Testamento Hebraico é a Bíblia dos judeus. Ele é composto de 24 livros que correspondem aos 39 do nosso A.T.. Sua organização é diferente, por isso apresentam uma quantidade menor de livros, embora o conteúdo seja o mesmo. Vejamos referida divisão:

• (1) – LEI (A TORAH) – é o nosso Pentateuco na mesma sequencia como em nossas Bíblias: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.

• (2) – OS PROFETAS (NEVIYM) – Estão subdivididos em 2 partes:

• (A) – Os profetas anteriores – Josué, Juízes, Samuel e Reis (livros históricos cuja autoria é atribuída a profetas); e

• (B) – Os profetas posteriores – Onde fazem parte tanto os profetas maiores quanto os menores: Isaías, Jeremias, Ezequiel, Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.

• OBS: Isaías, Jeremias, Ezequiel e mais os doze profetas menores pertencem a um único livro.

• (3) – OS ESCRITOS (KETHUVYM) – Compõem a terceira seção e estão subdivididos em 3 partes:

• (A) – Livros Poéticos – Salmos, Provérbios e Jó.

• (B) – Os Cinco Rolos (Megilloth) – Rute, Cantares, Eclesiastes, Lamentações e Ester.

• (C) – Os Livros Históricos – Daniel, Esdras-Neemias e Crônicas

A ESTRUTURA DO ANTIGO TESTAMENTO:

• Em nossa Bíblia, o A.T. está dividido em quatro grupos:

• (1) – LEI – São cinco livros: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.

• São comumente chamados O PENTATEUCO.

• Tratam da origem de todas as coisas, da Lei e do estabelecimento da nação israelita.

• (2) – LIVROS HISTÓRICOS – São doze livros: Josué, Juízes, Rute, 1º e 2º Samuel, 1º e 2º Reis, 1º e 2º Crônicas, Esdras, Neemias e Ester.

• Ocupam-se da história de Israel nos seus vários períodos:

• (A) – Teocracia, sob os juízes;

• (B) – Monarquia, sob Saul, Davi e Salomão;

• (C) – Divisão do reino e cativeiro, contendo o relato dos reinos de Judá e Israel, este levado em cativeiro para a Assíria, e aquele para Babilônia.

• (D) – Pós-cativeiro, sob Zorobael, Esdras e Neeminas, em conjunto com os profetas contemporâneos.

• (3) – LIVROS POÉTICOS – São cinco livros: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares de Salomão.

• São chamados poéticos, não porque sejam cheios de imaginação e fantasia, mas devido ao gênero do seu conteúdo.

• Os livros de Jó, Provérbios e Eclesiastes são chamados também de DEVOCIONAIS e SAPIENCIAIS, ou seja, de sabedoria prática.

• (4) – LIVROS PROFÉTICOS – Estão subdivididos em:

• PROFETAS MAIORES: Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel; e

• PROFETAS MENORES: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.



JESUS E A BÍBLIA:

• Inúmeras pessoas sabem quem é Jesus, crêem que Ele fez milagres, crêem em sua ressurreição e ascensão, mas não crêem na Bíblia! Essas pessoas precisam conhecer a atitude e a posição de Jesus quanto às Sagradas Letras:

• (1) – Ele leu-a (Lc 4:16-20);

• (2) – Ele ensinou-a (Lc 24:27);

• (3) – Chamou-a “A Palavra de Deus” (Mc 7:13);

• (4) – Ele cumpriu-a (Lc 24:44);

• (5) – Ele afirmou que as Escrituras são a verdade (Jo 17:17);

• (6) – Ele viveu e procedeu de conformidade com ela (Lc 18:31);

• (7) – Ele declarou que Davi falou pelo Espírito Santo (Mc 12:35-36);

• (8) – Ao derrotar o grande inimigo no deserto, fê-lo com a Palavra de Deus (Dt 6:13, 16; 8:3 cf Mt 4:3-11)



Fontes:

CHAMPLIN, R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. 8 ed. São Paulo: Hagnos, 2006.
Comentário Bíblico Beacon: CPAD. Vol 2
Dicionário VINE. 3 ed. Rio de Janeiro: CPAD
Luloure.blogspot.com
Manual Bíblico de Halley. São Paulo: Vida, 2001
http://www.ensinodespertandovidas.blogspot.com/

Baruch Habá B’Shem Adonai!
Bendito o que vem em nome do Senhor!
Ev. Manoel Flausino

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