04/05/2010

Lição 6 - A Soberania e a Autoridade de DEUS

Lição 6 – A Soberania e a Autoridade de DEUS

INTRODUÇÃO – Na lição de hoje, veremos que o Senhor nos ensina sobre a sua soberania, tendo como base a descida de Jeremias à casa do oleiro para observar como este trabalhava o barro e moldava da forma que queria, assim, Deus também, tem poder sobre as nações.

A casa do oleiro, estava localizada no extremo sul de Jerusalém, no Vale dos filhos de Hinon, abaixo do monte Sião. Neste local, os oleiros trabalhavam com suas ferramentas o barro, tornando-o em vaso.

Na Bíblia este vale é constantemente mencionado em conexão com os cruéis ritos a Moloque, que foram imitados pelos reis e pelo povo de Israel (Js 15.8; 18,16; Ne 11.30, Jr 7.31; 19.2). Quando Josias derrotou esta idolatria, ele profanou o vale de Hinon, lançando no mesmo ossos de mortos, a pior poluição entre os hebreus(2 Cr 34.3-7. Desde então, o lugar tornou-se uma espécie de montouro, onde sempre havia algum lixo queimando e lançando fumaça. Foi por causa dessa circunstância que apareceu a ilustração da Geena (em hebraico vale de Hinon. De fato, certa altura das tradições dos hebreus, pensava-se que aquele lugar seria a própria entrada para o inferno.
Esta visita demonstra para o povo que todos estão debaixo da mesma autoridade (Jó 36.22,23), e que ele vai agir, independente dos nossos antepassados. Não é porque a nação de Judá era descendente de Abraão que Deus não a puniria (Rm 11.21,22)

A soberania de Deus indica o total domínio do Senhor sobre a sua vasta criação(Jó 34.14,15). Como soberano que é, Deus exerce de modo absoluto a sua vontade, sem ter de prestar contas a qualquer vontade finita (Dn 4.25; 1Tm 1.25; Jó 23.13; 42.2)

Sua soberania está baseada em sua onipotência, onipresença e onisciência.

Deus exerce autoridade total, amoldado todas as coisas e todos os acontecimentos à semelhança do que o oleiro faz com o monte de barro amassado (Rm 9.19-27). No entanto, Deus não age arbitrariamente. Ele não criou uns para salvação e outros para a salvação.

Qual autoridade tem o homem para reclamar, ou questionar a Deus (Rm 9.14,15,20,21)



A eleição e predestinação são questões que são discutidas há tempos atrás. Por um lado, os seguidores de João Calvino (1509-1564 - Teólogo protestante, francês, líder eclesiástico e denominacional) e por outro, os discípulos de Jacó Armínio (1560-1609 – Teólogo holandês, professor universitário e teve como um de seus mestres Teodoro Beza, sucessor de Calvino).

Os cinco pontos do Calvinismo:

1 – A eleição é incondicional – Vem de Deus, independente de qualquer condição.

2 – A expiação é limitada – A expiação seria somente para os eleitos e não para todos.

3 – O homem é totalmente depravado – Ele não é capaz de agradar a Deus e seus pensamentos são sempre maus.

4 – A graça divina é irresistível – A graça divina beneficia somente os eleitos e estes não tem poder e nem desejo para resisti-la.

5 – Há uma perseverança absoluta – Uma vez que atenda a chamada, a pessoa eleita pode desviar-se, mas não poderá perder a sua salvação.
Os cinco pontos do Arminianismo

1 – A eleição e condenação estão condicionados a fé ou a incredulidade do indivíduo.

2 – A expiação é universal e seus benefícios foram postos à disposição de todos os homens, mas somente os crentes são beneficiários.

3 – O homem sem a ajuda do Espírito Santo, é incapaz de vir a Deus, mas todos os homens estão sujeitos a esta ajuda. Há uma graça geral que não exclui a qualquer indivíduo.

4 – A graça não é irresistível

5 – A doutrina da perseverança dos convertidos está sujeita a maiores inquirições. Um homem pode cair do estado de graça obtido antes.

Sinergismo x Monergismo

A palavra sinergismo vem do termo grego composto que significa trabalhar junto com”. No contexto teológico essa palavra significa que a salvação do indivíduo é o resultado final de um esforço cooperativo do indivíduo com Deus.

Já o monergismo é oposto e pode atuar de dois modos diferentes: uns pensam que o homem chega a merecer sua salvação através de seus próprios esforços; e outros pensam que o espírito Santo faz tudo sem qualquer participação humana

Conclusão

De uma maneira simples, podemos entender que a predestinação é universal, ou seja, Deus predestinou todos os seres humanos, e estes devem receber ao Senhor Jesus Cristo como único, suficiente e eterno Salvador.
Predestinação é o exercício eficaz da vontade de DEUS pelo qual as coisas de antemão determinadas por ELE são levadas a acontecer. Quando aplicada à redenção, significa que, na Eleição, DEUS decidiu salvar aqueles que aceitarem SEU FILHO e em predestinação ELE determinou eficazmente cumprir esse propósito; propósito de tão somente salvar àqueles que aceitarem a CRISTO. Não conferindo com a predestinação universal defendida pelo comentarista da lição.

Entendamos nossa posição como um barro na mão de oleiro e que este irá moldar e re-moldar conforme a sua soberana vontade. Não existe determinismo por parte dos homens para Deus. Não existe a revolta contra uma situação. Aprendamos: as coisas acontecem segundo a vontade do Pai. Ele está no controle! (Rm 11.33-36).



Bibliografia: CHAMPLIN, R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. 8 ed. São Paulo: Hagnos, 2006.



Baruch Habá B’Shem Adonai!
Bendito o que vem em nome do Senhor!
Ev. Manoel Flausino

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