“Havendo
Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos
profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho.” (Hb 1.1)
O processo de
ensino-aprendizagem passa por várias concepções: a primeira é a tradicional,
onde os alunos são receptores de saberes que seus professores os transmitem,
nessa o que mais importa é a quantidade de conteúdos que se trabalha, o
professor tem o conhecimento acabado sendo dono da verdade, onde as tarefas são
padronizadas. Na segunda vem a comportamentalista, a qual consiste num arranjo
e planejamento de condições externas que proporcionam aos estudantes a
aprender. Nessa o professor ensina e observa o comportamento de cada um,
recebendo incentivos através de prêmios, os elementos mais importantes são
o aluno e o objetivo proposto.
Na humanística, o ensino está centrado na pessoa, onde o
professor devera orientá-lo para a vida, a fim de conseguir agir em sociedade. Aqui
a aprendizagem deve ser significativa,
modificando o comportamento e as atitudes; na cognitiva os alunos recebem
estímulos do meio conseguindo organizar seus conhecimentos, sentem e resolvem
problemas, adquirem conceitos e empregam símbolos verbais, conseguindo
processar e interagir informações. por isso o ensino é baseado no ensaio e
erro, na pesquisa na investigação, na solução de problemas por parte do aluno;
e na sócio-cultural supera-se a relação opressor-oprimido através da socialização
de saberes de igual valor, transformando a situação objetiva geradora de
opressão, trabalhando desenvolvimento da consciência crítica e da liberdade,
sendo os alunos sujeitos criadores.
A
Epístola aos Hebreus tem recebido muitos
predicados: “Os conceitos da epístola são admiráveis” Orígenes (185 – 254 d.C.).
Lutero (1483-1546) classificou como “uma epístola maravilhosamente bela”. Calvino (1509-1564), por sua vez, afirmou que “não
há nenhum livre da Santa Escritura que tão claramente fale do sacerdócio de
Cristo. Adam Clarke (1760-1832) relata que “a epístola aos Hebreus é de longe,
a mais importante e útil de todos os escritos apostólicos; todas as doutrinas
do evangelho estão nela encarnadas.”
Autoria:
Esta carta, indubitavelmente, é anônima, porém, inspirada pelo Senhor. Segundo
Champlin, ao longo dos anos, muitos são as conjecturas sobre a autoria deste
livro: Barnabé, Silas, Timóteo, Áquila, Priscila, Clemente de Roma, Apolo ou o diácono
Filipe. A Carta já foi considerada de autoria paulina, (Concílio de Cartago 397 d.C.). Tertuliano
sugeria a autoria a Barnabé.
Na Idade Média, esta idéia permaneceu,
porém, com o advento do Renascimento e da Reforma Protestante, voltaram-se a
falar sobre o assunto. Lutero, por exemplo, acreditava que o autor fora Apolo
(At 18.24) e não Paulo. Reafirmamos que
o questionamento é sobre a autoria e não relacionado à inspiração divina.
Destinatários:
Na visão tradicional, a epístola foi escrita aos cristãos judeus na Palestina,
porém, alguns, como Theodor Zahn, sugere que ela se destinava ao grupo de
cristãos judeus em Roma. EM 1836, sugeriu-se pela primeira vez, que Hebreus foi
dirigida basicamente aos gentios.
A Expressão em 13.24 “os da Itália
vos saúdam”, soa como se italianos longe de casa estivessem enviando saudações
aos amigos em Roma.
Conteúdo e Propósito: Nesta carta, o autor
tem a intenção de produzir ânimo, fé e esperança, em um tempo de apostasia
(abandono da fé), como nos dias atuais e apresenta Jesus como o Sumo Sacerdote , sendo superior a
cada aspecto da religião do Antigo Testamento. A Palavra chave é “melhor” ou “superior”
ou “mais excelente”. Cristo é superior a Moisés, aos anjos ou Josué.
A Superioridade de
JESUS
A superioridade de Jesus é um dos
principais temas do livro de Hebreus, um dos mais fascinantes livros do Novo
Testamento. O autor deste livro mostra que Jesus ocupa uma posição acima dos
anjos, acima de Moisés, acima dos sacerdotes do Antigo Testamento e acima dos
sacrifícios feitos sob a velha Lei. Todos estes argumentos apoiam a conclusão
que a Aliança dada por Jesus é superior à Aliança dada por meio de Moisés.
As afirmações do
primeiro capítulo de Hebreus nos impressionam com a exaltação de Jesus. Sua palavra
é mais importante do que as revelações do Antigo Testamento, dadas aos pais e
profetas, porque ele é o Filho de Deus. Ele criou o universo e sustenta a
criação “pela palavra do seu poder” (Hebreus 1:2-3). Jesus mostra aos
homens a imagem exata do Pai, e habita atualmente na presença do Pai, para onde
voltou depois de completar seu trabalho redentor aqui na terra (Hebreus 1:3-4).
“Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (Hebreus
1:5; citação de Salmo 2:7). Alguns usam estas palavras erroneamente para negar
a eternidade de Jesus, sugerindo que ele foi gerado no sentido de ser criado
pelo Pai. Porém, o próprio contexto citado (Salmo 2) e todas as citações deste
versículo no Novo Testamento falam da exaltação de Jesus, não do seu nascimento
ou criação. Jesus, o eterno “Eu Sou” (João 8:24), não passou a
existir, mas foi “gerado” quando o Pai o exaltou.
“E todos os anjos de
Deus o adorem” (Hebreus 1:6; citação de Salmo 97:7). Este versículo é
muito interessante no estudo das afirmações da divindade de Jesus no Novo
Testamento. Adoração é reservada exclusivamente para Deus, como o próprio Jesus
ensinou (Mateus 4:10). Quando o Pai mandou que os anjos adorassem o Filho, ele
afirmou a divindade de Jesus!
“No princípio, Senhor,
lançaste os fundamentos da terra” (Hebreus 1:10; citação de Salmo 102:25).
O entendimento desta citação tira qualquer dúvida sobre a posição do autor de
Hebreus referente a Jesus Cristo. Esta é a terceira de uma série de
citações “acerca do Filho” (Hebreus 1:8). Quando voltamos a examinar
o texto citado, percebemos que este salmo de louvor foi dirigido ao SENHOR
(Salmo 102:1,12). A maioria das Bíblias utiliza a palavra SENHOR em maiúsculas
nestes versículos. É uma maneira comum de mostrar que a palavra hebraica
traduzida é o Tetragrama (YHWH), uma palavra impronunciável que era o nome mais
comum de Deus no Antigo Testamento. Alguns traduzem este nome como Yahweh,
Javé, Jeová, etc. Independente da soletração ou pronúncia, o que precisamos
entender aqui é que este nome não pertence somente ao Pai. É o nome de Deus
aplicado também ao Filho, Jesus Cristo. Em outras palavras, o autor de Hebreus
afirmou que Jesus Cristo é YHWH (Jeová, Yahweh, Javé). Todos que acreditam na
Bíblia devem reconhecer que Jesus é Deus e que ele merece a adoração das suas
criaturas!
De fato, Jesus merece
adoração, e quem recusa dar esta honra para ele desagrada ao Pai, também: “a
fim de que todos honrem o Filho do modo por que honram o Pai. Quem não honra o
Filho não honra o Pai que o enviou” (João 5:23). O modo pelo qual honramos
o Pai é chamado de adoração. O modo pelo qual devemos honrar o Filho é o mesmo:
adoração!
“Assenta-te à minha
direita, até que eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés” (Hebreus
1:13; citação de Salmo 110:1). Esta última citação do Antigo Testamento em
Hebreus 1 mostra mais uma vez a posição exaltada de Jesus. Ele é superior aos
anjos, e superior a nós. Vamos dar-lhe a devida honra e adoração!
Ele é o próprio Filho de Deus, não
apenas um homem chamado por Deus. O autor deixa claro que Jesus é Deus ( Hb
1.3), pois sua descrição jamais poderia ser aplicada a um homem mortal. O
“resplendor da sua glória” refere-se a glória de Deus que habitava no tabernáculo
e no templo ( ver Ex 40.34-38 e I Rs 8.10). Cristo é para o Pai aquilo que os
raios são para sol. Da mesma forma como não se pode separar os raios do sol,
também é impossível separar a glória de Cristo da natureza de Deus.
Ele é o Criador do universo, pois por
meio Dele, Deus fez o universo ( Hb 1.2). Cristo não apenas criou todas as
coisas pela sua palavra ( Jo 1.1-5), como também sustenta todas as coisas por
meio dessa mesma palavra poderosa ( Hb 1.3). Ele é antes de todas as coisas.
Nele, tudo subsiste ( Cl 1.17).
É fácil visualizar o contraste entre
Cristo, o Profeta, e os outros profetas. Cristo é o Filho de Deus. Os profetas
foram homens chamados por Deus. Cristo é a mensagem definitiva e completa. Os
profetas possuíam uma mensagem incompleta. É evidente que a revelação do A.T
quanto do N.T vieram de Deus; mas Jesus Cristo é a “última palavra” de Deus, no
que se refere a revelação. Cristo é a fonte, o centro e o fim de tudo o que
Deus tem para dizer.
Ele governa como Rei ( Hb 1.3). Ele
está assentado, pois terminou seu trabalho e se encontra “à direita da
majestade, nas alturas”, o lugar de honra. Isso prova que ele é igual a Deus o
Pai, pois nenhum ser criado jamais poderia assentar-se à destra de Deus
Conclusão: O termo superior é usado aproximadamente treze vezes
nessa epístola. O autor mostra a superioridade de Jesus Cristo e de sua
salvação em relação ao sistema religioso hebraico. Cristo é “superior aos
anjos” ( Hb 1.4). Ele trouxe uma “esperança superior” ( Hb 7.19), pois Ele é o
Mediador de uma “superior aliança instituída com base em superiores promessas”
( Hb 8.6). Cristo é superior a Moisés ( Hb 3.1). Ele é superior a Arão ( Hb
4.14). Seu sacrifício é superior ( Hb 10).
Outro termo que aparece repetidamente
ao longo do livro é perfeito; no original grego, é usado por
quatorze vezes. Significa uma posição perfeita diante de Deus. Essa perfeição
jamais poderia ser alcançada pelo sacerdócio levítico ( Hb 7.11), pela lei ( Hb
7.19). Jesus Cristo entregou-se como oferta única pelo pecado e, desse modo,
“aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados” ( Hb 10.14).
O adjetivo eterno é
o terceiro termo importante para a entendermos a epístola aos Hebreus. Cristo é
o “Autor da salvação eterna” ( Hb 5.9). Por meio de sua morte, ele [obteve]
eterna redenção ( Hb 9.12) e compartilha conosco “a promessa de eterna herança”
( Hb 9.15). Seu trono é “para todo sempre” ( Hb 1.8), e Ele é “sacerdote para
sempre” ( Hb 5.6; 6.20; 7.17). Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e o será
para sempre ( Hb 13.8).
Bibliografia
A Supremacia de Cristo. José Gonçalves. CPAD
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
Comentário Bíblico Beacon. CPAD
Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. R.N. Champlin. Hagnos
Manual Bíblico Vida Nova
Revista Ensinador Cristão. CPAD
Pr. Manoel Flausino
Diretor de Ensino e Superintendente de Escola Dominical,, escritor,
formado em Teologia, Pedagogia e especialista em Psicopedagogia e Gestão de
Pessoas, dirigente da Congregação Fonte das Águas MDV.
Contatos para palestras, congressos, mensagens:
(21) 99439-0392 (claro)
Nenhum comentário:
Postar um comentário