Escola Bíblica Dominical Ass. de Deus Ministério Despertando Vidas
3º trimestre de 2015 –
A igreja e o seu testemunho –
INTRODUÇÃO
A Segunda Epístola de Paulo, foi sua última
epístola pastoral, quando estava preso em Roma, antes de ser martirizado.
Depois de Primeira a Timóteo Paulo escreveu a Tito. Na aula de hoje nos
voltaremos para a primeira seção de II Timóteo, ressaltando a necessidade da
intercessão pelos ministros, a importância da convicção do obreiro em relação à
doutrina, e a realidade do sofrimento para aqueles que seguem piedosamente a
Cristo.
1.
INTERCESSÃO PELOS MINISTROS
Depois de identificar-se como
“enviado de Cristo Jesus”, Paulo se dirige a Timóteo como “amado filho”,
mostrando interesse pelo seu ministério. Os pastores devem ser acompanhados por
outros pastores, é preciso reconhecer as agruras da obra, e a necessidade de
ter um ombro amigo, alguém que realmente seja digno de confiança, para quem o
ministro pode se dirigir, principalmente nos momentos mais difíceis. Sabemos
que essa não é uma tarefa fácil nos dias atuais, marcados por tanta disputa
eclesiástica. Muitos pastores carregam traumas e marcas na alma, porque não
conseguem se abrir, e não confiam nas pessoas que, ao invés de ajudarem,
almejam se apropriar dos seus cargos. O receio de perder a posição também está
adoecendo muitos obreiros, que se apegam demasiadamente aos recursos materiais,
e por isso se tornam escravos da condição na qual se encontram. É digna de
destaque a identificação do Apóstolo com seu filho na fé. É gratificante quando
testemunhamos casos de convivência saudável entre os ministros de Deus. Paulo
destaca a fé de Timóteo, que diferentemente da dos falsos mestres de Éfeso,
estava alicerçada na Palavra de Deus, que ele havia aprendido dos seus
familiares, e também do próprio Apóstolo (II Tm. 1.5). A formação bíblica, inicialmente
na família, é fundamental para o crescimento na fé, e contribui para o
desenvolvimento do ministério. Alguns dos mais dedicados obreiros na casa de
Deus tiverem seus primeiros ensinamentos em casa, junto aos pais e mães
dedicados ao evangelho, que repassarem os fundamentos da verdade cristã.
2.
A CONVICÇÃO DO OBREIRO CRISTÃO
O ministro de Deus, diante das
oposições pelas quais passa, pode vir a querer desfalecer em algum momento da
vida. Paulo sabia que Timóteo, mesmo sendo um obreiro dedicado, corria esse
tipo de risco, principalmente por causa da sua timidez (II Tm. 1.6-8). Por
isso, o incentiva a despertar o dom de Deus que estava sobre ele, é provável
que Paulo tenha sido informado que Timóteo estava tendo dificuldade para lidar
com a oposição em Éfeso. Esse não era o caso, mas há ministros que fazem
concessões do evangelho quando se veem ameaçados. Nos dias atuais, nos quais
predomina o humanismo materialista, há obreiros querendo trocar o evangelho por
ideologias humanas. A verdade das Escrituras está sendo substituída por
pensamentos humanos, que nada têm de escriturísticos. Em contextos mais
acadêmicos esse risco é maior ainda, principalmente quando queremos
racionalizar o evangelho, ou mesmo dá-lhe uma conotação meramente social. Os
ministros de Deus são chamados para permanecer naquilo que foram instruídos e
inteirados, sabendo que o que aprenderam veio de Cristo, não de homens (II Tm.
3.16,17). Paulo dá exemplo assumindo que sabe em quem creu, e muito mais que
isso, que Jesus dará, em tempo oportuno, o bom depósito espiritual, prometido a
todos aqueles que forem fieis no ministério (II Tm. 1.12). Em outra
oportunidade Paulo deixou claro que não se envergonhava do evangelho, isso
porque era poder de Deus e salvação para todo o que crê (Rm. 1.16). A mensagem
do evangelho é simples, e na maioria das vezes escandalizadora, e não se
coaduna à lógica deste mundo. Por causa disso somos tentados, a todo instante,
a negar a sua loucura. Os judeus sempre foram afeitos aos sinais, e os gregos à
sabedoria, mas o evangelho de Jesus Cristo é crucificação (I Co. 1.18-25).
Paulo admoesta Timóteo a não fazer concessão em relação ao evangelho. Os
obreiros de Deus, em todos os tempos, não foram chamados para pregar uma
mensagem agradável ao mundo. A contextualização na pregação da palavra é
necessária, mas sem subverter os princípios eternos do evangelho de Jesus
Cristo.
3.
OS SOFRIMENTOS POR CAUSA DE
CRISTO
Nesse trecho da Epístola Paulo ora
pelo pastor-filho e amigo Timóteo. Sobretudo para que ele seja fortalecido na
graça que há em Cristo Jesus, considerando que esse passava por momentos de
adversidade e sofrimento (II Tm. 2.1). É sempre necessário lembrar,
principalmente aos que tem aspiração ao ministério, que essa é uma obra de
sacrifício (II Tm. 3.12). Na verdade, Cristo não prometeu que a vida cristã,
especialmente a do ministro, estaria isenta de sofrimento (Jo. 16.33). Isso nos
instiga a fazer os mesmo pelos pastores, principalmente nos dias atuais,
marcados por tanto descaso e perseguição ao ministério. Muitos estão sofrendo o
preconceito resultante dos excessos de líderes aproveitadores. Mas devemos
reconhecer a seriedade daqueles que labutam na organização da igreja, e
principalmente na palavra e na doutrina (I Tm. 5.17). Existem obreiros fiéis na
seara do mestre, pastores que são dignos do nome que carregam, que realmente
apascentam o rebanho. Muitos deles são esquecidos pela mídia, não estão nos
programas de televisão, preferem viver em surdina, sacrificando-se pelo
evangelho no anonimato. Esses se esmeram para dar o melhor para a edificação da
casa de Deus, para a maturidade do Corpo de Cristo. Esses são soldados
valorosos, alistados no exército de Cristo (II Tm. 2.3). Como bons
soldados do Senhor, não se embaraçam com as coisas terrenas, pois o alvo deles
é conduzir os súditos do Reino ao céu. Muitos obreiros atuais não são soldados
do exército divino, servem ao reino de Mamom, querem saber apenas do dinheiro
dos crentes. Eles militam em prol dos seus interesses, não dos de Deus, fazem
fortuna através do evangelho falacioso que pregam. Os pastores dedicados são
como os agricultores, que plantam a semente da palavra no coração das pessoas,
na esperança que ela germine, e produza frutos para a glória de Deus (II Tm.
2.6).
CONCLUSÃO
Essa Segunda Epístola de Paulo a
Timóteo é uma advertência séria em relação à importância da fidelidade no
ministério, sobretudo à Palavra de Deus. Como ministros precisamos permanecer
cientes do nosso chamado, sobretudo do conteúdo daquilo que recebemos, não de
homens, mas de Deus em Jesus Cristo. Os ministros precisam estar convictos do
que creram, devem ser conhecedores da mensagem, e não se apartarem dela, ainda
que não agrade aos padrões do mundo. Esses obreiros, que sabem em Quem têm
crido, e são fiéis à mensagem de Cristo, receberão do Senhor o bom depósito,
por ocasião da Sua vinda.
http://subsidioebd.blogspot.com.br/2015/08/licao-07.html
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