19/02/2011

Lição 08 - Quando a igreja de Cristo é perseguida

“Está provado que não há perseguição que possa impedir o avanço da Igreja de Cristo, porque esta obra é de Deus e não dos homens. Aleluia!.”

INTRODUÇÃO

• A palavra PERSEGUIÇÃO nos dá a ideia de algo que nos segue opressivamente, correndo atrás de nós, com alguma severa ou sistemática opressão, isto é, diz-nos sobre o caçador que segue após sua vítima, com a intenção de prejudicá-la ou matá-la. Geralmente, é uma tentativa constante e, por muitas vezes, sistemática, para eliminar ou prejudicar o indivíduo perseguido.

• A perseguição pode ser: mental, social e, quando os costumes sociais assim o permitem, podem ser empregados ou não meios violentos.

Após a morte de Estêvão, a Igreja de Cristo sofre forte perseguição, mas, o que parecia está vencido, aos poucos começa a surgir em outras cidades e regiões mais afastadas de Israel, ou seja, o avanço da Igreja de Cristo sobre a Terra.

Um desses perseguidores se converte ao evangelho de Cristo, torna-se perseguido, e em virtude dessa perseguição, leva o evangelho de Cristo às nações gentílicas.

Mas, a morte de Estêvão e de outros após ele não foi em vão, eles foram a “semente” e nós os “frutos”.

Se hoje estamos falando sobre isso – é porque alguém orou, alguém visitou, alguém pregou, alguém jejuou, alguém chorou, alguém clamou, alguém deixou a sua família e sua terra, alguém deu a sua vida por amor a esta grande obra a fim de nos alcançar.

Se a Igreja sofreu fortes perseguições físicas no passado; Hoje as sofre com as afrontas da promiscuidade, da imoralidade, tentando adentrar as portas da Igreja, com aprovação de leis diante das quais a Igreja de Cristo é menosprezada e insignificante.

Ainda falando da atualidade, nos chama a atenção é que os padrões morais, a conduta, a santidade, a educação, em fim os princípios da Igreja de Cristo vem sendo fortemente perseguidos através de implantações de falsas culturas, falsos ensinamentos nas escolas seculares, e principalmente na mídia.

Observe que não há perseguição com violência física; há perseguição contra os princípios cristãos da Igreja.

Devemos continuar anunciando o Evangelho do Reino até que Ele venha.

I. OS EFEITOS DA MORTE DE ESTÊVÃO

Toda CAUSA gera um EFEITO, veremos agora os efeitos produzidos após a morte de Estêvão. São eles:

1) Jornada Evangelística de Filipe aos Samaritanos (8.4-40); 2) A conversão de Paulo (9.1-30); 3) A viagem missionária de Pedro (9.32-11.8); 4) A fundação da Igreja em Antioquia da Síria (11.19).5) A Expansão da Igreja.

Entre os efeitos acima será enfatizaremos a vida de Paulo.

De fato, Deus levantou muitos ministros de honra sobre as “cinzas” dos mártires da Igreja Primitiva. Para os seus assassinos seria menos um para pregar o Evangelho; no entanto, estavam enganados.

Sem dúvida houve um milagre oculto na morte de Estêvão, foi o milagre da Vida Eterna a muitos que o ouviram, e esse tipo de milagre ainda continua acontecendo, pois a Igreja de Cristo continua crescendo.



II – CARACTERÍSTICAS DE UM SERVO PERSEGUIDO:

• Atos 7:54-60 – Essas características aprendemos através do exemplo de Estêvão:

• (1) - UM SERVO CHEIO DA PALAVRA DE DEUS – Estêvão era um profundo conhecedor das Escrituras, da história do povo de Israel, como também dos grandes feitos de Deus na vida do povo escolhido do Senhor. Isso lhe trouxe não somente autoridade, mas fúria, perseguição e morte.

• (2) – UM SERVO CHEIO DO PODER DO ESPÍRITO SANTO – At 7:55 - Diante das perseguições, a Trindade Santa sustenta o crente fiel. É nesse momento que o nosso Consolador auxilia, enche-nos com Sua paz, fazendo com que a glória de Deus se manifeste sobre as nossas vidas, trazendo-nos firmeza no testemunhar.

• (3) – UM SERVO CHEIO DE ESPERANÇA – At 7:56 – No momento mais crucial da sua vida, Estêvão colocou suas esperanças no seu Deus. É nesse momento que ele vê os céus abertos e o Filho do Homem em pé à destra de Deus. Com esperança conseguimos ver os céus abertos!

• (4) – UM SERVO CHEIO DE AMOR – At 7:60 – Estêvão demonstrou muito amor aos seus opositores, ou seja, às testemunhas que o levaram ao Sinédrio, e que agora deveriam apedrejá-lo até a morte - I Cor 13:13.

III. COMO ENFRENTAR A PERSEGUIÇÃO

1. Evangelizando e fazendo missões. Que deve o servo do Senhor fazer diante de um quadro de perseguição? Agir como agiram os irmãos da igreja primitiva e dos outros períodos da história da igreja. Temos de combater o bom combate (2Tm 4:7). Apesar de toda a oposição, continuar a proclamar e a viver o que diz a Palavra de Deus, não titubear nem vacilar, mas seguir em frente dizendo que Jesus salva, cura, batiza com o Espírito Santo e leva para o Céu.

Os “Atos dos Apóstolos” mostram que nenhuma perseguição impediu que o evangelho fosse difundido com intrepidez pela Igreja Primitiva. A despeito da perseguição, em menos de meio século a igreja, sem recursos, sem meios modernos de comunicação e transporte, sem literatura alcançou o mundo inteiro, penetrou como fermento em todo o império romano. Cada crente era uma testemunha.

2. Apresentando uma apologia de nossa fé. Se, por causa da manutenção da fé em Deus e na Sua Palavra, viermos a ser discriminados, ridicularizados, o servo do Senhor deve exultar e se alegrar, porque é grande o galardão nos céus (Mt 5:12), regozijar-se de ter sido julgado digno de padecer afronta pelo nome de Jesus (At 5:41).

3. Conservando nossa identidade como povo de Deus. Alguém disse que o “Amor é o cartão de identidade do cristão”. Na verdade, o amor é a característica de destaque de alguém que se diz Cristão, é a sua identidade principal, ou o seu distintivo. Alguém que não ama a Deus, que não ama a si próprio, que não ama ao seu próximo não pode se identificar como sendo Cristão. Jesus deixou-nos muito claro ao dizer que seus discípulos seriam reconhecidos pelo amor(João15:12; 1João 2:10,11; 3:10,11).

Nos dias atuais, cada vez mais se alastra o egoísmo - está em alta a máxima popular: “cada um por si e Deus por todos“. Como alertou o apóstolo Paulo na sua última carta, os homens são “amantes de si mesmos” (2Tm 3:2), e até mesmo os atos que fazem sob aparência de piedade são manifestações de seu egoísmo e de um individualismo.



CONCLUSÃO
O autêntico cristão é cônscio de que a perseguição faz parte da caminhada, já que Cristo nos advertiu nesse sentido (Mt 5:11,12; Lc 11:48,51; 21:12; Mc 4:17; João 15:20). Não devemos temê-las, cientes de que as venceremos pela fé em Cristo (1João 5.4). A Igreja sempre prevalecerá. Jesus, o autor da Igreja, foi enfático ao afirmar que “as portas do inferno não prevalecerão sobre a Igreja”(Mt 16:18). Que Deus abençoe o seu povo!


• Disse Tertuliano, grande defensor da fé cristã, do 2º século:

• - “O SANGUE DOS MÁRTIRES É A SEMENTE DA IGREJA”.

• Talvez não conheçamos a verdadeira História do Cristianismo ou ela ainda não foi contada sob a ótica dos mártires.

• Precisamos ter consciência de que somos herdeiros de uma história de homens e mulheres que deram suas vidas para que o Evangelho pudesse chegar até nós. Precisamos aprender a honrar essa História. Meditemos:

• (A) - ESTÊVÃO - foi apedrejado;

• (B) – PEDRO - morreu crucificado de cabeça para baixo, por dizer não merecer morrer como seu Mestre;

• (C) – TIAGO (filho de Zebedeu e irmão de João, o discípulo amado) - foi decapitado por Herodes Agripa, cerca de dez anos após a morte de Jesus;

• (D) – ANDRÉ - foi crucificado numa cruz transversalmente, daí o termo “Cruz de Santo André”, porque sua cruz era em forma de um “X”;

• (E) – FILIPE - sofreu martírio em Hierápolis: Foi açoitado, trancado em uma prisão e posteriormente crucificado em 54 d.C.;

• (F) – BARTOLOMEU - serviu como missionário na Armênia e em vários países. Traduziu o Evangelho de Mateus para a língua da Índia e o propagou naquele país. Na Armênia foi golpeado até a morte.

• (G) – TIAGO (filho de Alfeu e um dos doze apóstolos) - pregou na Palestina e no Egito e aos 94 anos foi surrado e apedrejado pelos judeus; finalmente teve seu cérebro despedaçado;

• (H) – PAULO - pregou diligentemente o Evangelho a muitas nações, chegou a ponto de evangelizar um continente inteiro. Foi muito perseguido, até ser pego por Nero e decapitado em Roma;

• (I) – JOÃO, o discípulo amado - foi colocado dentro de uma caldeira de óleo quente e não morreu! Ele escapou por milagre. Depois de obter liberdade morreu por causas naturais. João foi o único discípulo a escapar de uma morte violenta.

Observemos:

- Apesar das perseguições por parte das autoridades; os primeiros cristãos continuavam a evangelizar;
- Não tinham a vida terrena como bem maior;
- O testemunho pessoal deles, era compatível com o Evangelho de Cristo;
- Fomos chamados para ser testemunha. Testemunha aqui tem um sentido mais forte, ou seja, é a testemunha que morre por amor a Cristo. “como foi o caso de Estêvão e outros mártires”.
- Temos muitas oportunidades para evangelizar;
- Não se intimide diante das críticas e perseguições; Evangelize e seja testemunha de Cristo.

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