16/06/2015

Lição 12 – A morte de Jesus

Escola Bíblica Dominical Ass. de Deus Ministério Despertando Vidas
2º trimestre de 2015 –
Jesus, o Homem Perfeito. O Evangelho de Lucas, o médico amado

Lição 12 – A morte de Jesus

Orientação Pedagógica

Martin Buber aplicou à Pedagogia os conceitos que usava em sua defesa da paz. Ele explica como, a seu ver, o processo educativo deve privilegiar a conversa e a cooperação entre as crianças. Para ele, saber se relacionar é mais importante do que ser individualmente bem-sucedido. "A relação eu-tu é um ato essencial do homem, atitude de encontro entre dois parceiros na confirmação mútua", destaca Newton Aquiles von Zuben, professor de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas e tradutor de Buber para o português. Essa união tem como pressuposto o nós e só existe se houver diálogo.
Podemos aprender com este teórico a valorização do nosso próximo, devemos ouvir e aprender com nossos alunos, enfim, o diálogo é importante para isso.

Introdução:
O centro da pregação cristã é a vida, obra, morte e ressurreição de Cristo, ou seja, a mensagem cristocêntrica, mesmo que muitos não a aceitem, mesmo que alguns a considere loucura: Pois a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus. 1 Co 1.18. Hoje, estudaremos sobre a morte do Salvador na cruz do Calvário.

A Crucificação ou crucifixão foi um método de execução utilizado na Antiguidade e comum tanto em Roma quanto em Cartago. Abolido no século IV, por Constantino, consistia em torturar o condenado e obrigá-lo a levar até o local do suplício a barra horizontal da cruz, onde já se encontrava a parte vertical. De braços abertos, o condenado era pregado na madeira pelos pulsos ou mãos e pelos pés e morria, depois de horas de exaustão, por asfixia e parada cardíaca (a cabeça pendida sobre o peito dificultava sobremodo a respiração): "Depois disse a Tomé: Introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no meu lado. Não sejas incrédulo, mas homem de fé." (Jo 20 .27)


1)      Momentos antes: a intensa agonia

Antes da crucificação, Jesus passou por momentos de fortes emoções, afinal, teve que enfrentar alguns momentos angustiantes:
a)      Fora traído: E Jesus lhe disse: Judas, com um beijo trais o Filho do homem? (Lc 22:48)
b)      Fora negado:  E Pedro disse: Homem, não sei o que dizes. E logo, estando ele ainda a falar, cantou o galo. E, virando-se o Senhor, olhou para Pedro, e Pedro lembrou-se da palavra do Senhor, como lhe havia dito: Antes que o galo cante hoje, me negarás três vezes.Lc 22:60,61
c)      Abandonado por alguns: E junto à cruz de Jesus estava sua mãe, e a irmã de sua mãe, Maria mulher de Clopas, e Maria Madalena. Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho.” (Jo 19:25,26)

2)      Jesus no Getsêmani

O médico amado, Lucas, é o único evangelista que narra estes detalhes. O Getsêmani, prensa de azeite em hebraico, ficava a leste de Jerusalém, no monte das Oliveiras. No lugar onde as azeitonas eram prensadas e esmagadas, Jesus também foi preso e esmagado.
O Getsêmani tem um formato de quadrilátero, medindo cerca de cinquenta metros de superfície, e está rodeado por um muro.
Jesus inicia a sua oração e sob intensa agonia e ansiedade, o duro combate se inicia na luta espiritual. Os batimentos cardíacos do Mestre se intensificam com rapidez e de tal maneira que seu suor produz grandes gotas de sangue, que lhe cobriu o corpo e correram até o chão.

"E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão." Lucas 22:44

O fenômeno é cientificamente conhecido pelo nome de hematidrose. Hêmato+hidrose hêmato = a palavra é composta pelos radicais gregos: haima (de haimatos), que significa "sangue". Hidrose = suor, transpiração.

 A pessoa quando submetida sob tensão ou ansiedade extrema, as artérias se rompem e o sangue penetra nas glândulas sudoríparas.

 A hematidrose é um fenômeno raríssimo apenas uma fraqueza física excepcional onde o corpo inteiro dói, acompanhada de um abatimento moral violento causada por uma profunda emoção, por um grande medo. Apenas um ato destes pode causar o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas onde o suor anexa-se ao sangue formando a hematidrose. A hematidrose pode ser mais entendida como uma transpiração de sangue acompanhada de suor.

Portanto, ler no evangelho que Jesus suou sangue, não se trata de uma coisa ingênua, como alguns pensam.

Nos Estados Unidos foram registrados mais de 100 casos. Por exemplo. Pessoas que antes de irem para a cadeira elétrica, sob forte tensão por saber que iam morrer, transpiraram sangue.

Pessoas com medo minutos antes da morte, em caso de naufrágios, tempestades destruidoras, etc. Também transpiraram sangue.

3)      Os julgamentos de Jesus
 Antes ainda da crucificação, o Mestre fora julgado: os seis julgamentos

1º Anãs, ex-sumo sacerdote dos judeus (Jo 18: 13-23)
Falsamente acusado de desacato a Anãs
ILEGAL – realizado à noite. Sem acusação específica. Prevenção. Violência.
Judaico e Religioso
Declarado culpado de desacato e levado às pressas a Caifás

2º Caifás, genro de Anãs (Mt 26:57-68; Mc 14:53-65; Jo 18:24)
Declarar ser o Messias, O Filho de Deus – blasfêmia (punida de morte, segundo a lei dos judeus)
ILEGAL – Preso à noite. Testemunho falsa. Prevenção. Violência.
Judaico e Religioso
Declarado culpado de blasfêmia e levado às pressas ao Sinédrio

3º O Sinédrio – formado por setenta homens que governavam Israel religiosamente. (Mc 15: 1ª Lc 23: 1-7)
Declarar ser o Filho de Deus – blasfêmia
ILEGAL – Cristo foi mantido preso, embora fosse considerado inocente. Sem advogado de defesa. Violência.
Judaico e Religioso
Declarado culpado de blasfêmia e levado às pressas ao oficial romano, Pilatos.

4º Pilatos, governador da Judéia, que já estava sendo “fritado” por Roma (Mt 27: 11-14; Mc 15:1b-5 Lc 23:1-7; Jo 18:28-38)
Traição (a acusação foi mudada, pois traição era punida com a morte por Roma)
ILEGAL – Falta de dados. Zombaria no tribunal. Sem advogado de defesa. Violência
Romano e Civil
Declarado inocente..., mas lavado às pressas a Herodes Antipas, a multidão rejeita o julgamento de Pilatos.

5º Herodes Antipas, governador da Galiléia (Lc 23:8-12)
Nenhuma acusação foi feita
ILEGAL – Sem provar a culpa
Romano e Civil
Maltratado e humilhado; retornou a Pilatos sem nenhuma decisão de Herodes Antipas

6º Pilatos (segunda vez) – (Mt 27:15-1; Mc 15:6-1; Lc. 23:18-2; Jo 18:29-19:6)
Traição, mas sem provas. (Pilatos propõe que a multidão escolha entre Cristo e um criminoso, Barrabás

4)      A importância da cruz
 A cruz tem uma extrema relevância na vida da igreja. Não existe evangelho sem cruzO pastor José Gonçalves, faz as seguintes considerações abaixo, a respeito da cruz:

a)      Na cruz Jesus cumpriu profecias (Is 53.1-12; Gn 3.15)
b)      Na cruz Jesus venceu o pecado (2 Co 5.21; Cl 2.13). O pecado corrói, é contagioso, atrai maldição, quebra a comunhão com Deus
c)      Na cruz Jesus venceu a Satanás (Cl 2.15)
d)      Na cruz Jesus destronou a nossa natureza adâmica (Rm 6.6; Ef 4.17)
e)      Na cruz Jesus nos deu filiação divina  (Jo 1.12; 1 Co 1.18-31)
  
Conclusão
Com certeza, entendemos que a crucificação de Jesus foi realizada a pedido dos líderes religiosos e conforme a lei romana, sobretudo, na esfera espiritual, sabemos que os nossos pecados, as nossas transgressões levaram Jesus à cruz. Devemos lembrar sempre deste fato importantíssimo na história, pois através da cruz, temos os nossos pecados perdoados quando agimos segundo a sua vontade!

Bibliografia
Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. R.N. Champlin. Hagnos
Ensinador Cristão. Ano 16 - nº 62. CPAD
Enciclopédia da Vida de Jesus. Louis Claude Fillion. Central Gospel
Introdução ao Novo testamento. D.A. Carson, Douglas J. Moo, Leon Morris. Vida Nova
Teologia Sistemática. Stanley M. Horton. CPAD
Lucas, O Evangelho de Jesus, o Homem Perfeito. José Gonçalves. CPAD


Pr. Manoel Flausino
Diretor de Ensino e Superintendente de Escola Dominical, escritor, formado em Teologia, Pedagogia e especialista em Psicopedagogia e Gestão de Pessoas.

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