Escola Bíblica Dominical Ass. de
Deus Ministério Despertando Vidas
2º
trimestre de 2015 –
Jesus, o
Homem Perfeito. O Evangelho de Lucas, o médico amado
Lição 12 – A morte de
Jesus
Orientação Pedagógica
Martin Buber
aplicou à Pedagogia os conceitos que usava em sua defesa da paz. Ele explica
como, a seu ver, o processo educativo deve privilegiar a conversa e a
cooperação entre as crianças. Para ele, saber se relacionar é mais importante
do que ser individualmente bem-sucedido. "A relação eu-tu é um ato
essencial do homem, atitude de encontro entre dois parceiros na confirmação
mútua", destaca Newton Aquiles von Zuben, professor de Filosofia da
Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas e tradutor de Buber para o
português. Essa união tem como pressuposto o nós e só existe se houver diálogo.
Podemos aprender com este teórico a
valorização do nosso próximo, devemos ouvir e aprender com nossos alunos,
enfim, o diálogo é importante para isso.
Introdução:
O centro da pregação cristã é a vida,
obra, morte e ressurreição de Cristo, ou seja, a mensagem cristocêntrica, mesmo
que muitos não a aceitem, mesmo que alguns a considere loucura: “Pois a
mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que
estamos sendo salvos, é o poder de Deus.” 1 Co 1.18. Hoje, estudaremos sobre a morte do
Salvador na cruz do Calvário.
A Crucificação ou crucifixão foi um método de execução utilizado
na Antiguidade e
comum tanto em Roma quanto em Cartago. Abolido no século IV, por Constantino,
consistia em torturar o condenado e obrigá-lo a levar até o local do suplício a
barra horizontal da cruz, onde já se encontrava a parte vertical. De
braços abertos, o condenado era pregado na madeira pelos pulsos ou mãos e pelos
pés e morria, depois de horas de exaustão, por asfixia e parada cardíaca (a
cabeça pendida sobre o peito dificultava sobremodo a respiração): "Depois
disse a Tomé: Introduz aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos. Põe a tua mão no
meu lado. Não sejas incrédulo, mas homem de fé." (Jo 20 .27)
1) Momentos
antes: a intensa agonia
Antes da crucificação, Jesus passou
por momentos de fortes emoções, afinal, teve que enfrentar alguns momentos
angustiantes:
a)
Fora traído: “E Jesus lhe
disse: Judas, com um beijo trais o Filho do homem?” (Lc 22:48)
b)
Fora negado: “E Pedro disse: Homem, não sei o que dizes. E logo,
estando ele ainda a falar, cantou o galo. E, virando-se o Senhor, olhou para Pedro, e Pedro lembrou-se da palavra
do Senhor, como lhe havia dito: Antes que o galo cante hoje, me negarás três
vezes.” Lc 22:60,61
c)
Abandonado por
alguns: “E
junto à cruz de Jesus estava sua mãe, e a irmã de sua mãe, Maria mulher de
Clopas, e Maria Madalena. Ora
Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente,
disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho.” (Jo 19:25,26)
2) Jesus no
Getsêmani
O médico amado, Lucas, é
o único evangelista que narra estes detalhes. O Getsêmani, prensa de azeite em
hebraico, ficava a leste de Jerusalém, no monte das Oliveiras. No lugar onde as
azeitonas eram prensadas e esmagadas, Jesus também foi preso e esmagado.
O Getsêmani tem um formato de
quadrilátero, medindo cerca de cinquenta metros de superfície, e está rodeado por um muro.
Jesus inicia a sua
oração e sob intensa agonia e ansiedade, o duro combate se inicia na luta
espiritual. Os batimentos cardíacos do Mestre se intensificam com rapidez e de
tal maneira que seu suor produz grandes gotas de sangue, que lhe cobriu o corpo
e correram até o chão.
"E, posto em agonia,
orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue, que
corriam até ao chão." Lucas 22:44
O fenômeno é cientificamente conhecido pelo nome de
hematidrose. Hêmato+hidrose hêmato = a palavra é composta pelos radicais
gregos: haima (de haimatos), que significa "sangue". Hidrose = suor,
transpiração.
A pessoa quando submetida sob
tensão ou ansiedade extrema, as artérias se rompem e o sangue penetra nas
glândulas sudoríparas.
A
hematidrose é um fenômeno raríssimo apenas uma fraqueza física excepcional onde
o corpo inteiro dói, acompanhada de um abatimento moral violento causada por
uma profunda emoção, por um grande medo. Apenas um ato destes pode causar o
rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas
sudoríparas onde o suor anexa-se ao sangue formando a hematidrose. A
hematidrose pode ser mais entendida como uma transpiração de sangue acompanhada
de suor.
Portanto, ler no evangelho que
Jesus suou sangue, não se trata de uma coisa ingênua, como alguns pensam.
Nos
Estados Unidos foram registrados mais de 100 casos. Por exemplo. Pessoas que
antes de irem para a cadeira elétrica, sob forte tensão por saber que iam
morrer, transpiraram sangue.
Pessoas com medo minutos antes
da morte, em caso de naufrágios, tempestades destruidoras, etc. Também
transpiraram sangue.
3) Os julgamentos de Jesus
Antes ainda da crucificação, o Mestre
fora julgado: os seis julgamentos
1º Anãs, ex-sumo sacerdote dos judeus (Jo 18: 13-23)
Falsamente acusado de desacato a Anãs
ILEGAL – realizado à noite. Sem acusação específica. Prevenção. Violência.
Judaico e Religioso
Declarado culpado de desacato e levado às pressas a Caifás
1º Anãs, ex-sumo sacerdote dos judeus (Jo 18: 13-23)
Falsamente acusado de desacato a Anãs
ILEGAL – realizado à noite. Sem acusação específica. Prevenção. Violência.
Judaico e Religioso
Declarado culpado de desacato e levado às pressas a Caifás
2º Caifás, genro de Anãs (Mt
26:57-68; Mc 14:53-65; Jo 18:24)
Declarar ser o Messias, O Filho de Deus – blasfêmia (punida de morte, segundo a lei dos judeus)
ILEGAL – Preso à noite. Testemunho falsa. Prevenção. Violência.
Judaico e Religioso
Declarado culpado de blasfêmia e levado às pressas ao Sinédrio
Declarar ser o Messias, O Filho de Deus – blasfêmia (punida de morte, segundo a lei dos judeus)
ILEGAL – Preso à noite. Testemunho falsa. Prevenção. Violência.
Judaico e Religioso
Declarado culpado de blasfêmia e levado às pressas ao Sinédrio
3º O Sinédrio – formado por
setenta homens que governavam Israel religiosamente. (Mc 15: 1ª Lc 23: 1-7)
Declarar ser o Filho de Deus – blasfêmia
ILEGAL – Cristo foi mantido preso, embora fosse considerado inocente. Sem advogado de defesa. Violência.
Judaico e Religioso
Declarado culpado de blasfêmia e levado às pressas ao oficial romano, Pilatos.
Declarar ser o Filho de Deus – blasfêmia
ILEGAL – Cristo foi mantido preso, embora fosse considerado inocente. Sem advogado de defesa. Violência.
Judaico e Religioso
Declarado culpado de blasfêmia e levado às pressas ao oficial romano, Pilatos.
4º Pilatos, governador da Judéia,
que já estava sendo “fritado” por Roma (Mt 27: 11-14; Mc 15:1b-5 Lc 23:1-7; Jo
18:28-38)
Traição (a acusação foi mudada, pois traição era punida com a morte por Roma)
ILEGAL – Falta de dados. Zombaria no tribunal. Sem advogado de defesa. Violência
Romano e Civil
Declarado inocente..., mas lavado às pressas a Herodes Antipas, a multidão rejeita o julgamento de Pilatos.
Traição (a acusação foi mudada, pois traição era punida com a morte por Roma)
ILEGAL – Falta de dados. Zombaria no tribunal. Sem advogado de defesa. Violência
Romano e Civil
Declarado inocente..., mas lavado às pressas a Herodes Antipas, a multidão rejeita o julgamento de Pilatos.
5º Herodes Antipas, governador da
Galiléia (Lc 23:8-12)
Nenhuma acusação foi feita
ILEGAL – Sem provar a culpa
Romano e Civil
Maltratado e humilhado; retornou a Pilatos sem nenhuma decisão de Herodes Antipas
Nenhuma acusação foi feita
ILEGAL – Sem provar a culpa
Romano e Civil
Maltratado e humilhado; retornou a Pilatos sem nenhuma decisão de Herodes Antipas
6º Pilatos (segunda vez) – (Mt 27:15-1;
Mc 15:6-1; Lc. 23:18-2; Jo 18:29-19:6)
Traição, mas sem provas. (Pilatos propõe que a multidão escolha entre Cristo e um criminoso, Barrabás
Traição, mas sem provas. (Pilatos propõe que a multidão escolha entre Cristo e um criminoso, Barrabás
4) A importância
da cruz
A cruz tem uma extrema relevância na
vida da igreja. Não existe evangelho sem cruz! O pastor José Gonçalves, faz as seguintes
considerações abaixo, a respeito da cruz:
a)
Na cruz Jesus
cumpriu profecias (Is 53.1-12; Gn 3.15)
b)
Na cruz Jesus
venceu o pecado (2 Co 5.21; Cl 2.13). O pecado corrói, é contagioso, atrai
maldição, quebra a comunhão com Deus
c)
Na cruz Jesus
venceu a Satanás (Cl 2.15)
d)
Na cruz Jesus
destronou a nossa natureza adâmica (Rm 6.6; Ef 4.17)
e)
Na cruz Jesus
nos deu filiação divina (Jo 1.12; 1 Co
1.18-31)
Conclusão
Com certeza, entendemos que a
crucificação de Jesus foi realizada a pedido dos líderes religiosos e conforme
a lei romana, sobretudo, na esfera espiritual, sabemos que os nossos pecados,
as nossas transgressões levaram Jesus à cruz. Devemos lembrar sempre deste fato
importantíssimo na história, pois através da cruz, temos os nossos pecados perdoados
quando agimos segundo a sua vontade!
Bibliografia
Bíblia de Estudo
Pentecostal. CPAD
Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia.
R.N. Champlin. Hagnos
Ensinador Cristão. Ano 16 - nº 62. CPAD
Enciclopédia da Vida de Jesus. Louis Claude
Fillion. Central Gospel
Introdução ao Novo testamento. D.A. Carson,
Douglas J. Moo, Leon Morris. Vida Nova
Teologia Sistemática. Stanley M. Horton. CPAD
Lucas, O Evangelho de Jesus, o Homem Perfeito.
José Gonçalves. CPAD
Pr. Manoel Flausino
Diretor de
Ensino e Superintendente de Escola Dominical, escritor, formado em Teologia,
Pedagogia e especialista em Psicopedagogia e Gestão de Pessoas.
Contatos para palestras, congressos, mensagens:
WhatsApp (21)
99439-0392 (claro)
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