Escola Bíblica
Dominical Ass. de Deus Ministério Despertando Vidas
3º trimestre de 2015 –
A igreja e o seu testemunho –
As ordenanças de Cristo nas cartas
pastorais
Orientação Pedagógica:
O Papel da didática:
A
didática para assumir um papel significativo na formação do educador não poderá
reduzir-se e dedicar-se somente ao ensino de meios e mecanismos pelos quais
desenvolver um processo de ensino-aprendizagem, e sim, deverá ser um modo
crítico de desenvolver uma prática educativa forjadora de um projeto histórico,
que não será feito tão somente pelo educador, mas, por ele conjuntamente com o
educando e outros membros dos diversos setores da sociedade.
A didática deve servir como mecanismo de tradução prática, no exercício educativo, de decisões filosófico-políticas e epistemológicas de um projeto histórico de desenvolvimento do povo. Ao exercer seu papel específico estará apresentando-se como o mecanismo tradutor de posturas teóricas em práticas educativas.
A didática deve servir como mecanismo de tradução prática, no exercício educativo, de decisões filosófico-políticas e epistemológicas de um projeto histórico de desenvolvimento do povo. Ao exercer seu papel específico estará apresentando-se como o mecanismo tradutor de posturas teóricas em práticas educativas.
I)
Introdução
Estamos
iniciando mais um trimestre e temos o privilégio e alegria de estudarmos as epístolas
de I e II Timóteo e Tito, chamadas de cartas pastorais. Estas missivas foram
destinadas a dois jovens pastores que cuidavam da igreja do Senhor. Paulo,
zeloso pela igreja de Cristo sentiu de perto a necessidade de escrever para
orientar aos jovens pastores, pois grandes desafios encontrariam pela frente e
precisavam da orientação de seu tutor e pastor.
II)
Autor e data
Estas epístolas
foram escritas pelo apóstolo Paulo. Este, antes de sua conversão era perseguidor
da igreja de Cristo (I Tm 1. 12,13), fora aluno de uma das melhores escolas
judaicas (escola de Hillel) e por um dos melhores mestres desta época e escola:
Gamaliel (At 5.34; 22.3); todavia após o encontro com Jesus, foi enviado pelo
Senhor a pregar o Evangelho entre os gentios e levá-lo a Roma (At 9.15,16; 19.21).
A primeira
carta a Timóteo foi escrita por volta de 64 d.C., entre a primeira e a segunda
prisão de Paulo. Em seguida, por volta de 65 d.C. foi escrita a Carta a Tito.
Já a segunda epístola a Timóteo foi escrita por volta de 67 d.C., quando em seu
segundo encarceramento, antes de sua morte, faz parte das cartas escritas na
prisão com Filipenses, Efésios, Colossenses e Filemom.
III)
Destinatários
Foram
dirigidas aos jovens pastores: Timóteo e Tito. Como Paulo não poderia estar
presente neste momento, utilizou-se de cartas para auxiliá-los. Vejamos:
a)
Timóteo
significa honrado por Deus. Provavelmente, converteu-se ao cristianismo durante
a primeira viagem missionária de Paulo (At 16.1). Notabilizou-se como exemplo
de um jovem crente (At 16.2). Champlin menciona que nenhum outro líder cristão,
dentre os companheiros de Paulo, foi tão recomendado como Timóteo,
especialmente por causa de sua lealdade (1 Co 16.10; Fp 2.19; 2 Tm 3.10). Paulo
precisava de um amigo, de um companheiro, de um assistente e viu as virtudes em
Timóteo. É mencionado em todas as epístolas de Paulo, exceto em Gálatas. Em Filipenses
1.1 é chamado de servo (ou escravo) de Cristo, o que indica a sua elevada
dedicação.
b)
Tito
– este nome tem um significado incerto e não temos muitas informações sobre ele
antes de sua chegada a Corinto, entre a primeira e segunda epístola de Paulo a
esta cidade. Em Corinto, acalmou as perturbações da igreja local (I Co 16.19; II Co 7.15; 8.16). Também, superintendeu a coleta em Corinto para os santos que
estavam em dificuldades em Jerusalém (2 Co 8.6). No entanto, cabe ainda
ressaltar que, Tito tinha um ótimo
relacionamento com Paulo, da mesma maneira que Timóteo. Compare Tt 1.4 com I Tm
1.2. Aparece no Novo Testamento como pastor ideal (II Co 8.16,17; Tt 1.5)
IV)
Propósitos
Pelo menos três foram os motivos principais que
podemos observar nas epístolas pastorais, a saber:
a)
Combater
as heresias (I Tm 1.3,4; 4.1-6). Parte destas cartas é para refutar as falsas
doutrinas tanto o judaísmo, que não entendia o significa da Nova Aliança ensinada
e vivida por Jesus quanto o gnosticismo (filosofia herética que tenta explicar
todas as coisas por meio da gnosis (gr. conhecimento).
b)
Necessidade
de encorajar a nomeação de homens espiritual e moralmente qualificados para o
ministério. Paulo tem a preocupação em orientar aos jovens pastores em relação
aos novos ministros (I Tm 3.1-14; I Tm 5.22; II Tm 2.2).
c)
A
necessidade de orientar a vida pessoal, que envolve a vida prática e moral.
Paulo entende que os jovens ministros precisavam aprender sobre como estar à
frente do rebanho de Cristo (I Tm 3.15; II Tm 2.15-26). Neste aspecto, podemos
incluir a preocupação do Apóstolo com a administração da igreja e a ética
ministerial.
Estes propósitos precisam continuar sendo observados nas igrejas hodiernas, pois surgem cada vez mais heresias, textos sem contexto entre outras histórias sobre personagens e detalhes de histórias bíblicas que não estão contidas no Livro Sagrado, porém são pregadas como se verdade fosse.
Como também, a ordenação a ministros, pois muitos não são provados e assumem responsabilidades que não estão preparados para realizarem, e prejudicam a obra de Deus.
Por fim, o cuidado que todo obreiro deve ter para viver conforme a Palavra de Deus: espiritual, pessoal, familiar, social e eclesiástico.
V)
Conclusão
Sabemos que
quando não se tem o devido cuidado com os ensinamentos bíblicos, o povo padece,
pois fica desprotegido de lobos que não tem compromisso com a Palavra da
verdade. Estas epístolas são verdadeiros manuais de Administração Eclesiástica,
contendo doutrina, exortações, ensinos práticos e diretrizes sobre e para
liderança, para obreiros.
A igreja
continua precisando de “Paulos” (pastores com mais experiência que busquem
orientar aos mais jovens), mas precisa também de “Timóteos” e “Titos” (jovens
disponíveis e comprometidos com o reino) para que a Obra do Senhor continue a
crescer e avançar.
Que o Senhor
nos ensine neste trimestre a compreendermos nossa função no Corpo de Cristo
para a edificação da Sua igreja.
Bibliografia
As ordenanças de Cristo nas Cartas Pastorais. Elienaldo Renovato de
Lima. CPAD
Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. R.N. Champlin. Hagnos
Ensinador Cristão. Ano 16 - nº 63. CPAD
Introdução ao Novo testamento. D.A. Carson, Douglas J. Moo, Leon Morris. Vida Nova
Pr. Manoel Flausino
Diretor de Ensino e Superintendente de Escola Dominica, escritor,
formado em Teologia, Pedagogia e especialista em Psicopedagogia e Gestão de
Pessoas.
Contatos para palestras,
congressos, mensagens:
(21) 99439-0392 (claro)