Orientação Pedagógica
O
processo de ensino-aprendizagem passa por várias concepções: a primeira é a
tradicional, onde os alunos são receptores de saberes que seus professores os
transmitem, nessa o que mais importa é a quantidade de conteúdos que se
trabalha, o professor tem o conhecimento acabado sendo dono da verdade, onde as
tarefas são padronizadas. Na segunda vem a comportamentalista, a qual consiste
num arranjo e planejamento de condições externas que proporcionam aos
estudantes a aprender. Nessa o professor ensina e observa o comportamento de
cada um, recebendo incentivos através de prêmios, os elementos mais importantes são o aluno e o objetivo proposto.
Na
humanística, o ensino está centrado na pessoa, onde o professor devera
orientá-lo para a vida, a fim de conseguir agir em sociedade. Aqui a
aprendizagem deve ser significativa, modificando o comportamento e as atitudes; na cognitiva os alunos recebem estímulos do meio conseguindo
organizar seus conhecimentos, sentem e resolvem problemas, adquirem conceitos e
empregam símbolos verbais, conseguindo processar e interagir informações. Por
isso o ensino é baseado no ensaio e erro, na pesquisa na investigação, na
solução de problemas por parte do aluno; e na sócio-cultural supera-se a relação
opressor-oprimido através da socialização de saberes de igual valor,
transformando a situação objetiva geradora de opressão, trabalhando
desenvolvimento da consciência crítica e da liberdade, sendo os alunos sujeitos
criadores.
Introdução:
Neste trimestre teremos o privilégio em estudar sobre estes
dois temas que muito influencia a salvação: Obras da carne e fruto do Espírito.
Com certeza, precisamos atendar para a luta que existe entre carne e espírito (Gl
5.17) e que sempre vence aquele que está mais preparado. Neste caso, para
compreendermos esta luta precisamos entender o que compõe cada lado.
Concupiscência (Gl 5.16) - no original grego, é "epithumia" que pode ter um sentido positivo ou um sentido negativo. Assim, pois, pode indicar um desejo intenso e bom (Fil. 1:23,24). Quando paixões dominam os homens I Pe 1:14; quando ilude e seduz a alma (Ef 4:22), ilude - engana, defraudar, cair ou viver em erro; seduz - atrair, encantar, fascinar, levar à rebelião, sublevar. São desejos mundanos - Tt. 2:12, sendo especialmente associados aos desejos do corpo, aos apetites proibidos, o que usualmente envolve alguma perversão do impulso sexual.
Concupiscência (Gl 5.16) - no original grego, é "epithumia" que pode ter um sentido positivo ou um sentido negativo. Assim, pois, pode indicar um desejo intenso e bom (Fil. 1:23,24). Quando paixões dominam os homens I Pe 1:14; quando ilude e seduz a alma (Ef 4:22), ilude - engana, defraudar, cair ou viver em erro; seduz - atrair, encantar, fascinar, levar à rebelião, sublevar. São desejos mundanos - Tt. 2:12, sendo especialmente associados aos desejos do corpo, aos apetites proibidos, o que usualmente envolve alguma perversão do impulso sexual.
“Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da
carne. Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne,
porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do
vosso querer. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais sob a lei” (Gl 5.16-18).
Quem anda no Espírito, não
necessita satisfazer a concupiscência da carne. Age como um cidadão dos céus e
investe no céu, não necessitando da lei (5.16). Carne e espírito são dois
extremos existentes em nós e satisfazer a carne significa egoísmo, satisfazer o
espírito é altruísmo (5.17). Guiar-se pelo Espírito é desfrutar da plena
liberdade, é esquecer-se que há lei (5.18).
A palavra grega sarx, “carne”, tem vário significado na
Bíblia, principalmente nas epístolas. Pode significar fraqueza física (Gl 4.13),
o corpo, o ser humano (Rm 1.3), o pecado (v. 24), os desejos pecaminosos (Rm
8.8).
O contexto quando corretamente
interpretado determina o significado da palavra. Aqui significa o conjunto de
impulsos pecaminosos que dominam o homem natural. Da mesma maneira a palavra
grega pneuma, “espírito” que se
aplica ao Espírito Santo, espírito humano, aos anjos e aos espíritos imundos. É
preciso atentar bem para o contexto da referência em apreço para verificar o
sentido do termo.
As obras da carne são conhecidas pelo senso natural do homem, que traz a lei escrita em seu coração, compreendendo seus preceitos pelo discernimento intuitivo (Rm 1:20,21).
As obras da carne são claramente definidas, sendo tão bem conhecidas como são os diversos aspectos do fruto do Espírito. Sendo esse o caso, todos deveriam facilmente tomar consciência do que deve ser evitado e do que deve ser cultivado. Não é mister nenhuma pesquisa elaborada para que fique demonstrado o que significa cumprir as concupiscências da carne.
I. CLASSIFICAÇÃO DAS OBRAS DA CARNE
“Ora, as obras da carne são conhecidas e são:
prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias,
ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias
e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já,
outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas
praticam” (Gl 5.19-21).
1. Pecados de ordem moral
A. Prostituição – a palavra grega usada é pornéia, que abrange todo o tipo de
impureza sexual. Aqui estão incluídos todo tipo de pornografia, como quadros
filme, produções pornográficas. Verifique ainda outros textos que apresentam a
mesma expressão: (Mateus 5.32, 19.9, Atos 15.20,29, 21.25, 1ª Coríntios 5.1).
B. Impureza – a palavra grega akatharsia se refere aos pecados sexuais, atos pecaminosos, vícios
e também pensamentos e desejos impuros. Outros textos que usam a mesma
expressão são: Efésios 5.3, Colossenses 3.5.
C. Lascívia – é a palavra grega aselgeia, que é a sensualidade. É seguir as próprias paixões a
ponto de perder a vergonha. É a porta aberta para uma vida de dissolução
completa, controlada totalmente pelas paixões carnais.
2. Pecados de ordem religiosa
A. Idolatria – do grego, eidolatria, é a adoração a espíritos, pessoas ou ídolos, ou a
confiança em pessoas, instituições ou pessoas, atribuindo-lhe força e poder.
B. Feitiçarias – o termo grego é pharmakeia, que envolve a dominação de espíritos, magia negra, adoração
de demônios e o uso de drogas e outros materiais, na prática da feitiçaria.
Você ainda pode examinar os textos de Êx 7.11,22; 8.18; Ap 9.21; 18.23.
3. Pecados de
ordem social
A. Inimizades – a palavra grega echthra envolve intenções e ações fortemente hostis; antipatia e
inimizade extremas.
B. Porfias – do grego, eris, abrange as brigas, oposição, luta por superioridade e pode
ser encontrado também em Rm 1.29; I Co 1.11; 3.3.
C. Emulações – no grego, zelos fala de ressentimento, inveja amargurada do sucesso dos outros.
Outros textos: Rm 13.13; I Co 3.3.
D. Iras – do grego, thumos é a palavra grega que significa a ira ou fúria explosiva que
irrompe através de palavras e ações extremamente violentas. Veja Cl 3.8.
E. Pelejas – do grego, eritheia é a ambição egoísta e a cobiça do poder, que pode ser
encontrada também em 2ª Co 12.20 e Fp 1.16,17.
F. Dissensões – do grego dichostasia, diz respeito aos grupos divididos dentro da
congregação, formando conluios egoístas que destroem a unidade da igreja Deus
sempre se preocupou com a unidade do seu povo, veja I Co 11.19.
G. Heresias – do grego hairesis , significa introduzir ensinos cismáticos na congregação
sem qualquer respaldo na Palavra de Deus, como em Rm 16.17.
H. Invejas – aqui encontramos o termo fthonos, significando a antipatia
ressentida contra outra pessoa que possui algo que não temos e queremos. É a
inconformidade pois “ele tem e eu não!”.
I. Homicídios – phonos
é matar o próximo por perversidade. A tradução do termo phonos na Bíblia de
Almeida está embutida na tradução de methe, a seguir, por tratar-se de práticas
conexas.
J. Bebedices – continuando a idéia anterior, methe faz referência ao descontrole das
faculdades físicas e mentais por meio de bebida embriagante.
L. Glutonarias – do grego, komos diz respeito às diversões, festas com comida e bebida de modo
extravagante e desenfreado, envolvendo drogas, sexo e coisas semelhantes.
As palavras finais de Paulo sobre as
obras da carne são severas e enérgicas: quem se diz crente em Jesus e participa
dessas atividades iníquas exclui-se do reino de Deus, não terá salvação pois
apenas se preocupou em aparentar e não em viver. Veja ainda I Co 6.9.
II. FRUTO DO ESPÍRITO
“Mas o fruto do Espírito é: amor,
alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio
próprio. Contra estas coisas não há lei” (Gl 5.19-23).
Agora passamos a verificar as
características do Fruto do Espírito, que, diferentemente das obras da carne
passa a ser apresentado como uma unidade. É O único fruto que será produzido
pelo Espírito de Deus. Não existe a possibilidade de ser diferente, pois não
depende do indivíduo, mas sim da ação específica do Espírito de Deus.
O fruto do Espírito é o resultado de
uma vida redimida pela fé em Jesus. Não é o resultado de uma imposição
religiosa ou qualquer sistema religioso legalista.
É o modo de viver íntegro e honesto
que a Bíblia chama “o fruto do Espírito”. Esta maneira de viver se realiza no
crente quando ele permite que o Espírito dirija e influencie sua vida de tal
maneira que subjugue o poder do pecado, especialmente as obras da carne, e ande
em comunhão com Deus. O Espírito Santo é quem faz essas coisas na vida do
cristão. É por isso que o apóstolo diz que: “contra essas coisas não há lei
(v.23). “...pelos frutos sois conhecidos” (Mateus 7.16).
O fruto do Espírito inclui:
1. Caridade (Amor) – A palavra grega ágape, nos fala de um amor que apresenta o interesse e a busca do
bem maior de outra pessoa sem nada querer em troca. Os textos de Romanos 5.5;
1ª Coríntios 13; Efésios 5.2 e Colossenses 3.14 ainda podem ser observados
adicionalmente.
2. Gozo – Aqui temos o termo grego chara, a sensação de alegria baseada no
amor, na graça, nas bênçãos, nas promessas e na presença de Deus, bênçãos estas
que pertencem àqueles que creem em Cristo. Leia ainda Salmo 119.16; II
Coríntios 6.10 e 12.9 e ainda I Pedro 1.8.
3. Paz – No grego eirene, que é a quietude no coração e na mente, baseados na
convicção de que tudo vai bem entre o crente e seu Pai celestial. Pode ser
ainda observada em Romanos 15.33; Filipenses 4.7; I Tessalonicenses 5.23 e
também Hebreus 13.20.
4. Longanimidade – O termo grego é makrothumia, que fala de perseverança e paciência, a capacidade de
ser tardio para irar-se ou para o desespero. Outros textos são Efésios 4.2; II
Timóteo 3.10 e também Hebreus 12.1.
5. Benignidade – No grego chrestotes significa não querer magoar a ninguém, nem mesmo lhe
provocar qualquer tipo de dor. Leia ainda Efésios 4.32; Colossenses 3.12 e I
Pedro 2.3.
6. Bondade – A palavra grega agathosune é o zelo pela verdade e pela retidão, e repulsa ao mal;
pode ser expressa em atos de bondade (Lucas 7.37-50) ou na repreensão e na
correção do mal (Mateus 21.12,13).
7. Fé – Aqui a palavra grega pistis é convicção da verdade de algo, fé; de uma convicção ou
crença que diz respeito ao relacionamento do homem com Deus e com as coisas
divinas, geralmente com a ideia inclusa de confiança e fervor santo nascido da
fé e unido com ela; a convicção de que Deus existe e é o criador e governador
de todas as coisas, o provedor e doador da salvação eterna em Cristo; fé com a ideia
predominante de confiança (ou confidência) seja em Deus ou em Cristo, surgindo
da fé no mesmo; convicção ou fé forte e benvinda de que Jesus é o Messias,
através do qual nós obtemos a salvação eterna no reino de Deus; é a lealdade
constante e inabalável a alguém com quem estamos unidos por promessa,
compromisso, fidedignidade e honestidade. Você pode ainda examinar Mateus
23.23; Romanos 3.3; I Timóteo 6.12; II Timóteo 2.2; 4.7; Tito 2.10.
8. Mansidão – No grego prautes, que é a moderação, associada à força e à coragem; descreve
alguém que pode irar-se com equidade quando for necessário, e também
humildemente submeter-se quando for preciso. Temos os exemplos de Jesus, de
Paulo e de Moisés: II Timóteo 2.25; I Pedro 3.15; para a mansidão de Jesus, cf.
Mateus 11.29 com 23; Marcos 3.5; a de Paulo, cf. 2ª Coríntios 10.1 com 10.4-6;
Gálatas 1.9; a de Moisés, cf. Números 12.3 com Êxodo 32.19,20.
9. Temperança - A palavra grega egkrateia, apresenta o controle ou domínio sobre nossos próprios
desejos e paixões, inclusive a fidelidade aos votos conjugais; também a pureza.
Leia ainda I Coríntios 7.9; Tito 1.8; 2.5.
Esse Fruto só é experimentado por
quem vive LIVRE. Sujeitar-se novamente à lei é provar algo insosso, é não
provar os sabores do fruto. Na verdade, esse fruto já foi explicado por Cristo
em João 15.2. “Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito” (5.25).
PARODIANDO: “Se vivemos na Liberdade de Cristo, Frutifiquemos os 9 sabores do
Espírito”. Por fim, Paulo nos chama a viver em humildade, respeitando e evitando
invejas e facções (5.26) porque a carne já está crucificada (5.24).
“E os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne,
com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos no Espírito, andemos também
no Espírito” (Gl 5.24-25).
Bibliografia
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal
Comentário Bíblico Beacon. CPAD
Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. R.N. Champlin. Hagnos
O poder e a mensagem do Evangelho. Paul Washer. Fiel
Um verdadeiro Arrependimento. Manoel Flausino. Inteligência Editorial
Revista Ensinador Cristão. CPAD
Verdadeiro Evangelho. Paul Washer. Fiel
Pr. Manoel Flausino
Diretor de Ensino e Superintendente de Escola Dominical, escritor, formado em Teologia, Pedagogia e especialista em Psicopedagogia e Gestão de Pessoas, dirigente da Congregação Fonte das Águas MDV.
Contatos para palestras, congressos, mensagens:
(21) 99439-0392 (claro)