27/05/2010

Lição 9 - Esperando contra Esperança

Subsídio Didático: Prezado professor procure incentivar a participação dos alunos durante a aula. Como se pode observar, esta lição existe um contexto histórico muito rico, como também uma abordagem apocalíptica. Faça perguntas e espere um pouco por respostas. Escute-os e promova o diálogo e debates!!!

I - A esperança é muito importante para a vida de qualquer pessoa, além disso, faz parte do tripé (virtudes principais) do cristianismo (1 Co 13). Esperança, segundo o Dicionário Aurélio significa: ato de esperar o que se deseja; Expectativa, espera; Fé, confiança em conseguir o que se deseja. É a certeza do cumprimento das promessas que nos foram feitas por Deus (2 Co 1.20).

As palavras do profeta falam de dificuldade e tristeza, mas também de esperança e consolação. Estas palavras de Jeremias diziam respeito a acontecimentos que se realizariam em um futuro próximo e em um futuro distante. Ler estas profecias é como olhar para o cume de várias montanhas. De longe parecem próximos, uns dos outros, mas, na verdade, estão separados por quilômetros. Jeremias apresentou acontecimentos próximos e distantes como se todos fossem acontecer breve. Ele viu o iminente exílio, o futuro retorno do exílio e a restauração de Jerusalém, mas também enxergou bem mais na frente, quando Cristo reinará para sempre.

Através do profeta Jeremias, Deus está dizendo que, o seu povo voltaria a viver em união sob a sua benção.

Este povo, o qual o profeta está transmitindo esta mensagem, é o povo remanescente de todas as famílias de Israel que voltariam do cativeiro. Muitos foram transportados pelos Assírios em 722 a.C. outros pelos babilônios em 605, 597, e 586 a.C.

II. A ANGÚSTIA DE JACÓ - ‘Tempo de angustia para Jacó’ é uma descrição do ‘Dia do SENHOR’, chamado de ‘tempo de angustia’ em Dn 12.1. ‘Jacó’ é nome alternativo para Israel. Israel e os gentios, logo depois do arrebatamento da Igreja, vão experimentar um período de angústia.

A angústia de Jacó. É equivalente à ‘Grande Tribulação’, ou à ‘Última Semana de Daniel’, um período de sete anos dividido em duas fases; refere-se especialmente aos últimos três anos e meio da septuagésima semana de Daniel (Mt 24.21-28).

1. A angústia de Jacó. É equivalente à ‘Grande Tribulação‘, ou à ‘Última Semana de Daniel‘, um período de sete anos dividido em duas fases; refere-se especialmente aos últimos três anos e meio da septuagésima semana de Daniel (Mt 24.21-28).

2. Profecia de Ezequiel. Ez 38 e 39 fala sobre a invasão de Israel pelas tropas de Gogue, príncipe de Magogue (a identidade de Gogue é incerta. YAHWEH é visto como um guerreiro divino, lutando por seu povo e impondo uma derrota apocalíptica aos inimigos que se houverem levantado contra a descendência de Abraão.

3. Profecia de Daniel. A revelação das 70 semanas a Daniel foi uma resposta à sua oração. É o fim dos juízos purificadores e aceitação do Messias que trará justiça eterna. Entende-se que Israel seja o ‘relógio profético’ de Deus e que o Senhor não parou de agir com Israel como nação (Rm 11). Resumidamente, temos que, a nação de Israel firmará aliança com a ponta pequena futura, o príncipe romano ou Anticristo, durante sete anos. No meio desse período, o Anticristo quebrará a aliança e exigirá que os sacrifícios de sangue restaurados por Israel naqueles dias, cessem. Então estabelecerá sua estátua no templo judeu e exigirá adoração (Mt 24.15; 2Ts 2.3-4). Israel, porém, não será abandonado; o arcanjo Miguel levantar-se-á para lutar em favor do povo eleito (Dn 12.1).

4. Profecia de Zacarias. Com uma linguagem altamente simbólica e profética, o profeta descreve fatos apocalípticos. Esse fato torna difícil determinar o que vai acontecer literalmente e o que é simbólico, o que fica claro é a volta do Messias no final dos tempos. Exércitos de todas as partes ajuntar-se-ão para lutar contra Jerusalém no Armagedom. Mas no auge da luta, revelar-se-á o Senhor (Zc 14.4). Movidos por um derramamento do Espírito de Graça, Israel reconhecerá o Senhor Jesus como o Messias prometido nas Escrituras. O Espírito Santo aniquilará toda hostilidade ao Messias, tornando os habitantes de Jerusalém (referencia à Israel) receptivos ao Messias (Zc 12.10).

III. O RESTABELECIMENTO DE ISRAEL - Esperando contra a esperança, Jeremias confia em YAHWEH: ‘Não temas, pois, tu, meu servo Jacó, diz o SENHOR, nem te espantes, ó Israel; porque eis que te livrarei das terras de longe, e a tua descendência, da terra do seu cativeiro; e Jacó tornará, e descansará, e ficará em sossego, e não haverá quem o atemorize‘ (Jr 30.10), esta admoestação - não temas - ocorre freqüentemente como uma certeza de livramento dos opressores. Sua confiança era que Deus traria completo livramento aos oprimidos e estabeleceria a justiça na terra.

A volta de Israel à sua terra. O termo ‘diáspora’ é usado em referência à dispersão do povo hebreu no mundo antigo, a partir do exílio na Babilônia no século VI a.C. e, especialmente, depois da destruição de Jerusalém em 135 d.C. Já Sionismo é um movimento político que defende o direito à autodeterminação do povo judeu e à existência de um Estado Judaico, por isso sendo também chamado de nacionalismo judaico .

APLICAÇÃO PESSOAL

É possível ter esperança quando nos lembramos de tudo o que Deus fez por nós(Jó 14.7). Talvez você esteja vivendo um momento em que tudo esteja parecendo contrário ao que Deus lhe prometeu, e sinta-se como Abraão, literalmente esperando contra a esperança, porque suas limitações físicas, emocionais, intelectuais, financeiras, aparentam um caos. Jesus é a nossa garantia de que o socorro virá (Jo 11.40; Rm 5.1, 2)

A História de Israel é um belo exemplo de espera contra a esperança. O hino nacional de Israel, Hatikvah (Esperança), nasceu de um poema de Naftali Herz Imber, poeta polonês, escrito em homenagem à fundação da colônia sionista Petach Tikvá (A Porta da Esperança), intitulado Tikavatenu (Nossa Esperança). Foi cantada durante a cerimônia de assinatura da declaração de independência do Estado de Israel, mostrando ao mundo a poderosa mão do Senhor agindo em prol do seu povo: “Enquanto no fundo do coração Palpitar uma alma judaica, E em direção ao Oriente O olhar voltar-se a Sião, Nossa esperança ainda não estará perdida, Esperança de dois mil anos: De ser um povo livre em nossa terra, A terra de Sião e Jerusalém.”

Quando estivermos desanimados, nossa esperança repousará em Cristo. (Sl 42.11; Sl 39.7; Jr 17.7)

A esperança cresce quando nos lembramos da promessa da ressurreição. 1Ts 4.13

 
É a esperança que nos motiva a fazer do cotidiano uma experiência emocionante. Ela nos faz sorrir quando tudo nos falta e, paradoxalmente, de tudo estamos fartos; Possibilita-nos a experiência da felicidade, não pelo que temos ou conquistamos, mas pelo que esperamos.  (Rm 4.18-21)


SUBSÍDIO HISTÓRICO

A Monarquia - O reinado do primeiro rei, Saul (1020 A.C.), permitiu a transição entre a organização tribal já frouxa e o

A Monarquia dividida - Após a morte de Salomão (930 A.C.) uma insurreição aberta provocou a cisão das tribos do norte e a divisão do país em dois reinos: o reino setentrional de Israel, formado pelas dez tribos do norte, e o reino meridional de Judá, no território das tribos de Judá e Benjamim.

Primeiro Exílio (586 - 538 a.c.) - A conquista babilônica foi o primeiro estado judaico (período do Primeiro Templo), mas não rompeu a ligação do povo judeu com sua terra. O exílio na Babilônia, que se seguiu à destruição do Primeiro Templo, marcou o início da Diáspora Judaica.

Dominação Estrangeira - Os Períodos Persa e Helenístico (538-142 A.C.) - Em conseqüência de um decreto do Rei Ciro, da Pérsia, que conquistou o império babilônico, cerca de 50.000 judeus empreenderam o primeiro retorno à Terra de Israel, sob a liderança de Zerobabel, da dinastia de David. Menos de um século mais tarde, o segundo retorno foi liderado por Esdras, o Escriba. Durante os quatro séculos seguintes, os judeus viveram sob diferentes graus de autonomia sob o domínio persa (538-333 A.C.) e helenístico - ptolemaico e selêucida (332-142 A.C.)

A Dinastia dos Hasmoneus ( 142-63 A.C.) Após novas vitórias dos Hasmoneus (142 a.C.), os selêucidas restauraram a autonomia da Judéia (como era então chamada a Terra de Israel) e, com o colapso do reino selêucida (129 a.C.), a independência judaica foi reconquistada.

O Domínio Romano (63 - 313 A.C.) - Quando os romanos substituíram os selêucidas no papel de grande potência regional, eles concederam ao rei Hasmoneus Hircano II autoridade limitada, sob o controle do governador romano sediado em Damasco.

O Domínio Bizantino (313-646 d.C.) - No final do sec. IV, após a conversão do imperador Constantino ao cristianismo e a fundação do Império Bizantino, a Terra de Israel se tornara um país predominantemente cristão.

Domínio Árabe (639-1099 d.C.) - A conquista do país pelos árabes ocorreu quatro anos após a morte de Maomé (632 d.C.) e durou mais de quatro séculos, sob o governo de Califas estabelecidos primeiramente em Damasco, depois em Bagdá e no Egito.

Os Cruzados (1099-1291 d.C.) - Nos 200 anos seguintes, o país foi dominado pelos Cruzados que, atendendo a um apelo do Papa Urbano II, partiram da Europa para recuperar a Terra Santa das mãos dos “infiéis”.

O Domínio Mameluco (1291-1516 d.C.) - Sob o domínio mameluco, o país tornou-se uma província atrasada, cuja sede de governo era em Damasco. O período de decadência sob os mamelucos foi obscurecido ainda por revoltas políticas e econômicas, epidemias, devastação por gafanhotos e terríveis terremotos.

O Domínio Otomano (1517-1917 d.C) - Após a conquista otomana, em 1517, o país foi dividido em quatro distritos, ligados administrativamente à província de Damasco; a sede do governo era em Istambul. No começo da era otomana, cerca de 1000 famílias judias viviam na Terra de Israel, em Jerusalém, Nablus (Sichem), Hebron, Gaza, Safed (Tzfat) e algumas aldeias da Galiléia. Ao romper a I Guerra Mundial (1914), a população judaica do país totalizava 85.000 habitantes, em contraste com os 5.000 do início do séc. XVI.

Em dezembro de 1917, as forças britânicas, sob o comando do General Allemby, entraram em Jerusalém, pondo fim a 400 anos de domínio otomano.

O Domínio Britânico (1918-1948) - Em julho de 1922, a Liga das Nações confiou à Grã-Bretanha o mandato sobre a Palestina (nome pelo qual o país era designado na época). Reconhecendo a "a ligação histórica do povo judeu com a Palestina", recomendava que a Grã-Bretanha facilitasse o estabelecimento de um lar nacional judaico na Palestina.

O Estado de Israel – 1948 - Com a resolução da ONU de 19 de novembro de 1947, em 14 de maio de 1948, data em que terminou o Mandato Britânico, a população judaica na Terra de Israel era de 650.000 pessoas, formando uma comunidade organizada, com instituições políticas, sociais e econômicas bem desenvolvidas.

A Guerra dos Seis Dias – 1967 - As esperanças por mais uma década de relativa tranqüilidade se esvaneceram com a escalada dos ataques terroristas árabes através das fronteiras como Egito e a Jordânia. Ao fim de seis dias de combates, os núcleos populacionais do norte do país ficavam livres do bombardeamento sírio, que durara 19 anos.

A Guerra de Iom Kipur – 1973 - A relativa calma ao longo das fronteiras terminaram no Dia da Expiação, o dia mais sagrado do calendário judaico, quando o Egito e a Síria lançaram um ataque de surpresa coordenado contra Israel (6 de outubro de 1973). Durante as três semanas seguintes, as Forças de Defesa de Israel mudaram o rumo da batalha e repeliram os ataques.


Fontes: atlasviagens.multiply.com
CHAMPLIN, R.N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. 8 ed. São Paulo: Hagnos, 2006.
Dicionário VINE. 3 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003

 
Baruch Habá B’Shem Adonai!
Bendito o que vem em nome do Senhor!
Ev. Manoel Flausino


Nenhum comentário:

Postar um comentário